O árbitro de vídeo (VAR) teve influência bem diferente nos jogos de ida e volta das semifinais da Libertadores. Nos primeiros confrontos de River Plate x Grêmio e Boca Juniors x Palmeiras, o recurso foi praticamente deixado de lado, mas virou protagonista nos jogos seguintes.
Na semana passada, o Grêmio fez 1 a 0 contra o River, na Argentina, em uma partida sem grandes polêmicas. O árbitro peruano Victor Carrillo ouviu duas vezes as orientações do VAR. Primeiro, Ramiro reclamou de cotovelada. Depois, os argentinos pediram mão de Kannemman, mas a arbitragem manteve as marcações de campo.
Já na vitória do Boca por 2 a 0 contra o Palmeiras, também na Argentina, o árbitro chileno Roberto Tobar até parou para escutar o que o VAR tinha a dizer em uma suposta bola na mão de Gustavo Gómez, mas mandou seguir.
Tudo mudou nesta semana. Na última terça-feira (30), o Grêmio acabou eliminado após derrota por 2 a 1 contra o River e deixou o campo reclamando do árbitro de vídeo. O técnico Renato Gaúcho disse até mesmo que o clube gaúcho foi "roubado" após decisão do VAR de não revisar o primeiro gol do time argentino, marcado por Borré.
O recurso também alertou o árbitro uruguaio Andrés Cunha sobre pênalti após a bola desviar no braço de Bressan no lance que garantiu a vitória dos visitantes. O juiz reviu a jogada na TV à beira do campo e decidiu pela penalidade máxima.
O VAR também apareceu no segundo jogo entre Palmeiras e Boca, nessa quarta-feira (31). Logo aos 10 minutos, Deyverson recebeu em posição irregular e tocou para Dudu, que cruzou para Bruno Henrique completar para as redes. O auxiliar não marcou impedimento, mas o árbitro colombiano Wilmar Roldán foi informado pelo árbitro de vídeo da irregularidade do lance e anulou o gol. Pouco depois, o Boca abriu o placar no Allianz Parque. O jogo terminou 2 a 2, e os argentinos se classificaram à final.