Sem programar o futuro, Dudu garante que torcerá para o Palmeiras "pelo resto da vida"

2/12/2018 09:43

Sem programar o futuro, Dudu garante que torcerá para o Palmeiras "pelo resto da vida"

Sem programar o futuro, Dudu garante que torcerá para o Palmeiras

Foto: Tossiro Neto



A volta olímpica de Dudu neste domingo, depois da partida contra o Vitória, poderá fechar um ciclo que começou no Palmeiras também com uma volta ao redor do gramado da arena alviverde. Em janeiro de 2015, então recém-contratado, ele foi apresentado no estádio e caminhou perto da arquibancada para saudar a torcida.







– Foi muito emocionante para mim. Eu estava chegando num grande clube, e a torcida tinha uma grande expectativa – recorda-se, em entrevista ao GloboEsporte.com.



Em quatro anos, a expectativa se confirmou com três títulos nacionais (Copa do Brasil de 2015 e duas edições do Campeonato Brasileiro). Além das conquistas coletivas, os feitos individuais de Dudu também inserem seu nome na história do Palmeiras.



Com 55 gols, o camisa 7 se tornou o maior artilheiro do clube no século. Especificamente na arena, palco da partida deste domingo, são 98 jogos, 27 gols e 24 assistências.



– Sou mais feliz ainda de ter conquistado títulos. Aquela confiança que o torcedor demonstrou no primeiro dia da apresentação, eu pude aumentar ainda mais – disse o jogador, que tem contrato até o fim de 2022, mas vê a torcida se preocupar com uma possível saída.



Independentemente de seu futuro, Dudu tem uma certeza:



– Eu me cobro muito a dar sempre meu melhor dentro de campo para defender esse clube. Um clube que eu aprendi a gostar. Vou carregar esse clube para o resto da minha vida, vou torcer para o Palmeiras pelo resto da minha vida.



Veja outros trechos da entrevista:



Você é o jogador com mais gols pelo Palmeiras neste século, vai para o jogo de número 99 na arena. Sua identificação com o clube é muito grande. Você tem noção do seu peso na história do Palmeiras?

– Ainda nem caiu essa ficha, mas a gente sabe que o torcedor gosta, tem carinho por mim, pela minha família, pelos meus filhos. Fico feliz por isso, por ter conquistado esse carinho do torcedor fazendo grandes jogos, conquistando títulos e sendo importante para o clube dentro de campo.



Teve um jogo em que a gente filmou seu filho cantando "Meu Palmeiras" durante o hino, uma imagem que repercurtiu. A torcida tem seus filhos quase como ídolos também.

– Fico feliz pelo carinho que eles têm por meus filhos. Às vezes, a gente sai nos lugares, o pessoal pede até para tirar foto com meus filhos e não pede para tirar foto comigo. Espero que eles possam seguir meu caminho, que possam jogar no Palmeiras um dia. Quem sabe? Ia ser o maior orgulho, a maior felicidade para mim.







Você não era palmeirense, mas é um jogador que hoje em dia parece sentir muito nas vitórias e nas derrotas, como o torcedor. Como aconteceu isso?

– É de mim isso. Eu me cobro muito a dar sempre meu melhor dentro de campo para defender esse clube. Um clube que eu aprendi a gostar. Vou carregar esse clube para o resto da minha vida, vou torcer para o Palmeiras pelo resto da minha vida, porque aqui a gente tem aqui carinho dos funcionários, da torcida. Estou muito feliz por ter conquistado essas coisas aqui.



Você é o jogador que mais jogou, que mais fez gols, que mais deu assistências na arena. São marcas especiais?

– Fico feliz por meu desempenho no nosso estádio ser bom. Consegui fazer gols importantes, dar passes para gol, jogar. Agradeço muito a Deus por me dar saúde, por me proteger das lesões. Nesses momentos difíceis que a equipe precisa, Deus me abençoa e me protege. O que mais importa para mim é ajudar o Palmeiras a vencer as partidas para a torcida voltar feliz para casa.



Agora com três títulos nacionais, você tem mais do que o Edmundo, outro grande camisa 7 do Palmeiras, por exemplo. Um cara que sempre te elogia e é ídolo da torcida. Você tem ideia da sua importância na história do clube?

– Quando a gente vem para o clube, a gente sonha em conquistar títulos. Pude já conquistar Copa do Brasil e dois Campeonatos Brasileiros. É muito bom ganhar aqui no Palmeiras, porque aqui é tudo mais. Quando ganha, é bom demais. Quando perde, está ruim. Fico muito orgulhoso pelas comparações com o Edmundo. Ele dispensa comentários sobre o jogador que foi, não só aqui no Palmeiras, como no Vasco, na seleção brasileira, jogador que disputou Copa do Mundo. Sempre falo que quero conquistar metade das coisas que ele conquistou, chegar à seleção brasileira, que é o topo para o jogador do futebol. Espero que quando pintar oportunidade, eu possa estar bem para aproveitar da melhor maneira possível.



Falando em Seleção, o Tite chegou a conversar com você depois da sua última convocação?

– Não falou nada comigo. A gente sabe que tem muito jogador, e há pouco tempo todo mundo estava focado na Copa do Mundo. Infelizmente, não conseguiram ganhar. Se eu estiver bem, se o Palmeiras estiver bem, eles vão olhar, observar. Como eu falei, quando chegar oportunidade, tem que aproveitar para se manter, porque é muito difícil chegar. E se manter é mais difícil ainda.



Tudo no Palmeiras "é mais", como você disse. Hoje em dia a torcida faz campanha #FicaDudu, mas no meio do ano teve uma meia dúzia que pegou no seu pé. Naquela época, teve a proposta da China. Como o Palmeiras te convenceu a ficar?

– A gente participa de um projeto aqui desde 2015. A gente acreditou no projeto. Quando outros clubes quiseram me contratar, eu acreditei no Palmeiras. Tudo aquilo que conversei com o Alexandre (Mattos, diretor de futebol) na hora de me contratar, está acontecendo. Eu conquistei títulos, me tornei um dos principais jogadores para o time e a torcida. Fico feliz por ter correspondido às expectativas que o Alexandre e o presidente depositaram em mim na época. É só seguir trabalhando para conseguir mais títulos.



Do projeto iniciado em 2015, o que ainda falta?

– O clube sonha, a torcida sonha, o jogador sonha em ganhar a Libertadores, chegar a disputar Mundial. É um campeonato muito difícil, de mata-mata. Neste ano, a gente passou muito perto. Pecamos em sete minutos contra o Boca. Se a gente não toma aqueles dois gols, poderia estar na final. Mas aconteceu, passou. É ver o que a gente errou neste ano para não errar de novo.







Nessa eliminação para o Boca, você e o Prass se abraçaram em campo. Você e ele são os dois jogadores que parecem mais sentir as derrotas, não?

– O Prass ainda mais, por ter chegado antes e disputado a Série B. Não só eu e ele, todos sentem as derrotas. Mas a gente fica mais sentido por estar desde o começo aqui, saber como é difícil. A gente esteve tão perto da final da Libertadores e deixou escapar neste ano. Tenho certeza de que no ano que vem o Palmeiras vai entrar mais forte ainda para poder ganhar.



Vocês têm tido festas de comemoração pelo título brasileiro desde domingo passado. Tem fôlego para a festa da taça no domingo?

– Vai ter que ter. Mas, antes de tudo, a gente tem que focar no jogo. Vai ser um jogo difícil. Pegamos um Paraná rebaixado e empatou, quase perdeu. Para fazer a torcida mais feliz ainda, a gente precisa dessa vitória no domingo para curtir melhor o título.



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Leonir Lima     

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