Em entrevista ao UOL Esporte, ele lembrou da chance de ir para o futebol da Arábia Saudita, mas revelou que disse não por ter um compromisso com o Alviverde. O atleta ainda afirmou que não tem posição preferida e que se coloca à disposição de Felipão para atuar em qualquer lugar "que tiver um espacinho".
Scarpa ainda admitiu ter um sentimento ruim que ele nem soube nomear em relação à saída do Fluminense, mas descartou torcer contra os cariocas na luta contra o rebaixamento porque ainda deixou amigos nas Laranjeiras.
Confira a entrevista completa de Gustavo Scarpa:
UOL Esporte: O ano de 2018 te colocou no topo e no poço. Um ano cheio de problemas fora de campo, mas que terminou com um título. Como conseguir equilibrar as coisas?
Gustavo Scarpa: Eu procuro separar muito bem a minha vida pessoal da profissional. Quero que os picos, de coisas muito boas ou muito ruins não atrapalhem a minha vida. Foi difícil, por lesão e questões judiciais, mas eu lidei muito bem. Não me atrapalhou e acho que o título brasileiro veio para coroar o ano difícil que eu tive.
UOL Esporte: No meio das confusões nos tribunais, chegou-se a cogitar que você iria para a Arábia. Teve essa chance?
Gustavo Scarpa: Realmente teve o negócio da Arábia e mais um desses clubes que não me recordo. Mas, cara, o Palmeiras já tinha me ajudado demais. Independentemente de o contrato não ter mais validade por um tempo, a palavra que eu dei vale muito mais do que a assinatura. O Palmeiras, mesmo sem precisar, honrou alguns compromissos comigo. O time me ajudou, então não tinha como não voltar ao Palmeiras.
UOL Esporte: É tão diferente assim a estrutura do Palmeiras em relação aos outros clubes?
Gustavo Scarpa: Sem nenhuma dúvida. Do que eu já vi no Brasil, é a melhor estrutura de longe. É de primeiro mundo. Quando você conhece a estrutura, não tem como não aceitar. Eu fiquei muito feliz de vir para o Palmeiras, a estrutura realmente é fenomenal. São excelentes profissionais e espero crescer mais.
UOL Esporte: Onde você prefere jogar no time? Aberto pela ponta? Centralizado?
Gustavo Scarpa: Eu pergunto onde está sobrando a vaga (risos). Eu não tenho preferência. Eu quero ajudar a equipe no que precisar, não importa a posição. Quando aparece brecha, eles me colocam sem receio, porque estou aqui para ajudar.
UOL Esporte: Você seria titular na maioria dos times da Série A, mas, no Palmeiras, precisa buscar espaço. Como controlar essa vontade de jogar?
Gustavo Scarpa: É mais questão de educação, assim. Saber que tem um cara, na tua posição, lutando pelo mesmo espaço, um cara que é pai de família, treinando e batalhando. E você saber respeitar a oportunidade do cara. Deu muito certo o rodízio aqui, porque disputamos três competições. Que sirva de exemplo para as outras equipes. Precisa saber respeitar.
UOL Esporte: O Paulista é tratado pelo presidente como um campeonato de treinos. Mas você jogou pouco em 2018 e pode usar o campeonato como "vitrine" para garantir posição. O que você espera do Estadual?
Gustavo Scarpa: Independentemente do lugar do Paulista deste ano, não sei se os jogadores vão deixar o Paulista de lado. Porque todo mundo sofreu para ser jogador e você escolher partida para jogar começa a complicar. Eu não vejo isso. É aproveitar a oportunidade, independentemente do campeonato. É dar o melhor e aproveitar essa carreira.
UOL Esporte: Falam que o Felipão é ótimo gestor de grupo e que o Turra tem muita importância nos treinos. A gente não pode ver os treinos. É por aí?
Gustavo Scarpa: O Felipão tem o dom de saber lidar com o grupo. É muito experiente, tem um histórico vencedor, ganhou tudo o que disputou na vida. Você tem mais credibilidade para que as pessoas acreditem em você. É muito gratificante ter um treinador assim e é uma honra fazer parte da história de conquistas dele. O Turra é bem ativo, explica demonstrando para a gente o que ele quer, seja tático ou fundamento. É um homem de confiança do Felipão.
UOL Esporte: No jogo contra o Fluminense, no Rio, você pareceu um pouco nervoso. O que aconteceu? Você tem ressentimento do Fluminense a ponto de torcer por um rebaixamento?
Gustavo Scarpa: Foi diferente ser vaiado o jogo todo. Mas foi legal saber que eu tive uma certa importância mesmo sem conquistar título de expressão. Ganhei a Primeira Liga lá, mas... Bom, sobre ressentimento... Eu tenho que seguir a minha vida. Claro que marcou bastante. Não tem como torcer contra o time por conta dos amigos, de pessoas que trabalharam comigo. Às vezes tem uma mágoa de quem comanda. Na verdade, nem sei se é mágoa, porque você tem mágoa quando espera alguma coisa boa de alguém. Mas nunca esperei nada de bom deles (dirigentes).
VEJA TAMBÉM
- Palmeiras desembarca em Quito com elenco quase completo para partida decisiva.
- Luan elogia desempenho no Palmeiras e ignora "reformulação" no clube
- Romulo busca espaço no Palmeiras durante período de adaptação no clube.
4488 visitas - Fonte: UOL
Mais notícias do Palmeiras
Notícias de contratações do Palmeiras
Notícias mais lidas
Vai jogar muito na próxima temporada. Podem crer.
Gustavo scarpa monstro...excelente contrato