Valdivia e Verdão prometem ação na Justiça, e meia não teme clima ruim

Clube diz que iria apoiar o jogador juridicamente diante da negociação frustrada com o Al Fujairah (EAU). Mago diz que parte salarial estava acertada com os árabes

Chileno tem feito treinos físicos na Academia (Foto: Miguel Schincariol/LANCE!Press)





Reintegrado ao Palmeiras, Valdivia recebeu apoio do clube diante da negociação frustrada com o Al Fujairah (EAU). Tanto o meia quanto o diretor-executivo José Carlos Brunoro admitiram surpresa por não conseguirem concretizar a transferência do camisa 10. Alegando terem sido lesados pelos árabes, Verdão e atleta prometem ir à Justiça reivindicar seus direitos.



- O Palmeiras, ouvindo as argumentações do atleta, recebendo a documentação necessária, estamos junto com o atleta nesta reintegração. Também ficamos surpresos pela não-conclusão das negociações, e nos sentimos prejudicados em relação a isto.



O jogador estava acertado com o Al Fujairah, e neste momento ele está reintegrado. Faremos alguma ação jurídica por termos sido prejudicados, e acompanharemos o jogador para ele ser preservado - disse Brunoro



A venda do Mago sairia por 5,5 milhões de euros (R$ 16,6 milhões), divididos entre o conselheiro Osório Furlan (dono de 36% dos direitos econômicos do jogador) e o Verdão (dono de 54%, que ficaria também com os 10% dos quais o chileno abria mão).



O clube dos Emirados Árabes topava até assumir uma multa de 2 milhões de euros que o Al-Ain, ex-clube do jogador, cobrava em caso de transferência para equipes árabes.



A alegação de que o negócio melou pela falta de acordo salarial foi algo rechaçado pelo armador. Ele diz que assinou um documento em que deixava claro ter aceitado a proposta do time asiático, e portanto saiu para as férias, que o Al Fujairah topou dar. O contrato, que seu empresário, Wagner Ribeiro, disse ter sido assinado, não foi. Para Valdivia, contudo, estava tudo certo.



- Fui recebido por torcedores, gerentes do clube, imprensa...Fiz exames, esperamos a assinatura do contrato, e pedi as férias, aceitas por eles.



Estava tudo certo até então, mas não assinamos porque no país estava sendo celebrado o Ramadã (comemoração do nono mês islâmico), que é totalmente diferente do que é comum para gente. Quando voltei de férias soube que estava cancelado, dizendo que não tinha acertado valores, mas isto é mentira. Vamos ver com o departamento jurídico qual o próximo passo - acrescentou o jogador.



Já falando sobre sua volta ao grupo, Valdivia não teme um clima ruim com outros atletas por ter tirado férias com seus familiares na Disney, enquanto o time sofria para engrenar sob o comando de Ricardo Gareca. Depois da vitória do Avaí, Wendel e Lúcio foram alguns dos que se animaram com o retorno do camisa 10. Para ele, não haverá problemas no Verdão.



- Clima para ficar no Palmeiras acho que não é ruim, volto com a mesma motivação de sempre, conheço os jogadores. Nem quando acabou a Copa do Mundo eu estava pensando em sair, nem agora. O Palmeiras sempre foi bem claro, de que irá estudar propostas que vierem. Mas falei com o treinador e com os jogadores - completou.