Após Barcos e Henrique, Valdivia se vê negociável e ironiza investidor

“Se o Furlan ajudou o Palmeiras a me trazer de volta, problema dele. Não devo nada a ele, só ao Palmeiras", disse o Mago

"O Palmeiras precisa de dinheiro, aceitou a grana que o Al Fujairah ofereceu e até abri mão dos 10% a que tenho dinheiro para ajudar ainda mais o clube", disse Valdivia (Cesar Grecco/Fotoarena)



Após viajar para os Emirados Árabes Unidos e passar férias na Disney sem acertar com o Al Fujairah, Valdivia fala que quer, mas não consegue garantir que cumprirá seu último ano de contrato com o Palmeiras. O chileno se explica lembrando que a atual diretoria não segurou Barcos e Henrique e acredita no discurso de que todas as ofertas são analisadas.



“O Palmeiras negociou o Barcos, o Henrique, que era capitão, e mais alguns que estavam para se tornar referência. Abrir mão de jogadores importantes não é comum, então precisam de grana. Se o Palmeiras não quisesse me vender, teria rejeitado a proposta do Al Fujairah”, comentou.



Alegando pensar no clube, o meia garante que até abriria mão de valores que tinha direito caso a negociação com o Al Fujairah tivesse se concretizado. “O Palmeiras precisa de dinheiro, aceitou a grana que o Al Fujairah ofereceu e até abri mão dos 10% a que tenho dinheiro para ajudar ainda mais o clube e porque recebi uma proposta econômica boa.”



Enquanto permanece no Verdão, Valdivia aproveita para atacar Osório Furlan Junior, conselheiro que ajudou na sua contratação há quatro anos, detém 36% de seus direitos econômicos e já o chamou de mau caráter por conta de suas polêmicas. “Se for para encerrar a carreira aqui, o Furlan vai ficar triste”, falou o jogador, tão irônico quanto irritado com o investidor.



“Se o Furlan ajudou o Palmeiras a me trazer de volta, problema dele. Não devo nada a ele, só ao Palmeiras. O dono do meu futebol é o Palmeiras. Se ele me quer fora, o problema é dele. Que cuide da vida dele e eu cuido da minha. Ele não significa nada para mim, não me ajudou em nada”, prosseguiu.



Colocando o futuro nas mãos do Palmeiras, Valdivia avisa que não sairá por valores similares ao que já recebe como jogador mais caro do elenco. “A proposta tem que ser melhor para mim, não pode ser pior nem igual ao contrato que tenho aqui. Ninguém é feliz toda a vida com a grana que ganha, tem que pensar no futuro e sempre em melhorar sua vida social e econômica”, ensinou.



O meia, que há um ano e meio alegou que sua motivação era a seleção chilena, acaba de anunciar sua aposentadoria do time nacional depois da Copa do Mundo, mas assegura que terá empenho pelo clube com quem está vinculado até agosto de 2015, apesar de sua saída ainda não estar totalmente descartada.



“Disputar uma Copa do Mundo é uma coisa que você não vive todo dia, mas sempre estou motivado para representar essa instituição que me deu tudo”, afirmou. “Eu não pensava em sair do Palmeiras quando a Copa terminou nem estou pensando agora. Mas o torcedor tem que saber que o (presidente) Paulo Nobre e o (diretor executivo José Carlos) Brunoro sempre foram bem claros ao falar que não tem jogador inegociável aqui. Se chegar uma proposta, o clube vai analisar e decidir se é boa ou não antes de me chamar”, ressaltou.