De valsa palmeirense a cem camisas, "Periquito" faz loucuras pelo Verdão

10/8/2014 08:31

De valsa palmeirense a cem camisas, "Periquito" faz loucuras pelo Verdão

Márcio de Souza adotou nome do mascote ao se caracterizar de periquito na festa de 15 anos da filha. No centenário, coleção de camisas do Palmeiras chega a 100 peças

De valsa palmeirense a cem camisas,

Um fanatismo que lhe rendeu o apelido de “periquito”, mascote oficial do clube de coração. Em Mogi das Cruzes, cidade da região metropolitana de São Paulo, muitos podem não saber quem é Márcio de Souza, mas o "Periquito de Mogi" é bastante conhecido, especialmente pelos palmeirenses.



O curioso é que, ao contrário do que alguns pensam, ele nunca entrou em campo com a equipe do Palmeiras vestindo a fantasia do mascote alviverde. O torcedor, que guarda uma coleção de 100 camisas do clube, se tornou periquito por um dia de forma inusitada em um momento muito importante da vida da filha Carolline: a valsa dos 15 anos.





Márcio é mais conhecido como "Periquito" entre os palmeirenses (Foto: Cairo Barros)



– Quando a Jéssica (filha mais velha) fez 15 anos, nós fizemos uma festa aqui em casa. Na hora da valsa, todo pai se veste super arrumado, de terno, gravata, mas aqui nós somos diferentes. Colocamos uma peruca colorida e ficou um negócio muito legal. Já quando a Carol completou 15 anos, pensei em fazer alguma coisa diferente mais uma vez. A minha ideia era entrar em contato com o periquito oficial do Palmeiras, mas era difícil. Aí eu mesmo fui atrás de uma fantasia de periquito, me vesti e nós dançamos a valsa ao som da música “O Amor é Verde”, do Moacyr Franco – comentou o mogiano.



"Eu plantei palmeiras no coração", diz a letra da música escolhida. Isso explica porque ficou mais difícil separar o Periquito de Mogi do Márcio a partir desse dia. Nas redes sociais, por exemplo, o palmeirense opta pelo nome "artístico".



Além disso, a máscara do mascote usada na valsa da filha é presença garantida em muitos dos jogos que ele vai ao lado da família. Ao comentar sobre esse costume do pai, as filhas dão risada e naturalmente se mostram orgulhosas por terem herdado dele a paixão pelo Palmeiras.





Valsa no aniversário de 15 anos da filha foi com o Periquito (Foto: Arquivo Pessoal / Periquito de Mogi)



– Pouco? Ele é muito maluco... Mas vale a pena. A herança de ser palmeirense é uma das mais bonitas que ele e meu avô me deixaram. Tenho de agradecer muito aos dois – disse Carolline Bittencourt.



– Desde pequeno é tudo verde. Na época da escola o pessoal sempre tirava sarro, porque era diferente uma menina gostar tanto de futebol, mas eu nunca dei bola. Lembro que o primeiro jogo que fui foi contra o Paraná. Eu tinha só cinco anos – comentou Jéssica.



Se o amor do Periquito de Mogi passou para as filhas, o mesmo aconteceu com ele décadas atrás. Márcio se tornou palmeirense graças ao pai, que desde cedo dava a ele de presente camisas do time e o levava para assistir aos jogos nas arquibancadas.

Com emoção surgem as recordações da primeira vez em um jogo do Palmeiras no estádio, uma derrota por 3 a 0 para a Portuguesa, no Pacaembu, em uma época em que o clube de Palestra Itália contava com jogadores que mais tarde se tornariam lendas do time, como Dudu e Ademir da Guia.



– Infelizmente, nos meus 10 primeiros jogos no estádio, o Palmeiras não ganhou. Meu pai tinha uma preocupação muito grande de eu não me tornar palmeirense, mas eu cheguei nele e falei: "fica tranquilo, porque é isso que eu quero". Eu sou palmeirense. Mesmo na derrota eu me feria muito. Acabava com a minha semana. Mas alguma coisa no meu peito me falava que valia a pena continuar – relembrou.





Márcio ao lado do pai e das filhas, Carolline e Jéssica, no Palestra Itália (Foto: Arquivo Pessoal / Periquito de Mogi)



O primeiro uniforme alviverde que ganhou do pai foi aos oito anos de idade. E ele nem imaginava que, tempos depois, as camisas do Palmeiras se multiplicariam em sua casa em Mogi das Cruzes.



Recentemente, o Periquito cometeu mais uma loucura envolvendo o time: chegar a 100 camisas no ano do centenário do clube. E ele atingiu essa marca no mês passado, antes de o Palmeiras completar os tão aguardados 100 anos, em 26 de agosto.



– Em janeiro deste ano, eu cismei em contar quantos uniformes tinha. Eu tinha 72 camisas. Como é o ano do centenário, pensei: por que não chegar a 100? Coloquei isso na cabeça e fui atrás, até chegar à centésima camisa – disse, orgulhoso da coleção que fica na sala de sua casa.





Na sala de casa, mogiano exibe orgulhoso coleção de 100 camisas do Palmeiras (Foto: Cairo Barros)



A camisa número 100 não poderia ser de outro jogador. O goleiro Marcos, um dos maiores ídolos da história do clube, foi o escolhido. Mas além do primeiro e do centésimo uniforme, outros dois, de épocas bem distintas, têm um significado especial para o dono.



– Um deles é a que eu usei na final do Paulista de 1993. Com ele eu fui ao Morumbi e vi o Palmeiras sair da fila ganhando do Corinthians por 4 a 0. Já o outro foi o que eu usei no último jogo oficial do Palestra Itália antes da reforma, na vitória por 4 a 2 sobre o Grêmio. Foi com ele que eu apareci no filme “Primeiro Tempo” (documentário sobre o Palestra Itália) ao lado das minhas filhas – explicou o palmeirense com lágrimas nos olhos.



Além da imensa coleção de camisas, o Periquito exibe diversos outros objetos relacionados ao time, como maquetes do antigo Palestra e da nova arena e um pequeno boneco do goleiro Marcos com as mãos erguidas para o céu, um dos gestos que caracterizaram o “santo”.



Toda a residência é pintada de verde por fora e a parte de dentro é decorada por paredes com o símbolo do clube, faixas de títulos palmeirenses e porta-retratos com fotos da família no estádio. Na pele, uma tatuagem do símbolo do Verdão na perna direita. A paixão também se manifesta na esperança por dias melhores da atual equipe.



– Todos nós imaginávamos um Palmeiras diferente no ano do centenário. Estou um pouco preocupado, mas otimista. Acredito que as coisas vão mudar com a nova arena e com o Gareca, que é um técnico que tem uma visão de jogo muito boa.



Hoje ele não tem tanto material humano para trabalhar. Porém, acho que no segundo turno, com essa festa do centenário, não vai ter quem não se empolgue com a torcida. Os torcedores vão fazer uma festa bem legal e motivar muito os jogadores. Eu acredito nisso – disse o Periquito de Mogi.





Em referência ao centenário, Periquito forma número 100 com seus uniformes (Foto: Arquivo Pessoal / Periquito de Mogi





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13731 visitas - Fonte: Ge

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