A sequência positiva que sobrou para ficar na história envolve diretamente o setor mais forte do time nesta passagem de Luiz Felipe Scolari: a defesa. O time não sofreu gols nas últimas 11 partidas no Allianz Parque, maior período no quesito na arena inaugurada em 2014. Se a defesa passar em branco diante do Vasco, completará 12 jogos sem ter suas redes balançadas no estádio, igualando a maior marca do Palestra Itália, estabelecida entre 1988 e 1990.
Mas o momento não permite que esse número sozinho seja comemorado. O Verdão já está há quatro partidas sem vencer, todas fora de casa. Se completar a quinta, selará o maior período de jejum de vitórias em mais de três anos: a última vez que completou cinco compromisso sem ganhar foi em fevereiro de 2016, no começo do Campeonato Paulista e da Libertadores da temporada, minando o trabalho do técnico Marcelo Oliveira, que seria demitido em março.
Não derrotar o Vasco compromete diretamente a campanha no Brasileiro. O Palmeiras é líder com os mesmos 26 pontos do Santos, superando a equipe de Jorge Sampaoli no saldo de gols (14 contra sete). Caso tropece, terá de torcer contra o time litorâneo, que recebe o lanterna Avaí no domingo, na Vila Belmiro - improvável que desperdice pontos. Além disso, na rodada seguinte, o Verdão visitará o Corinthians, enquanto o Peixe joga em casa de novo, diante do Goiás.
Uma pressão sobre o Palmeiras, que terá do outro lado um rival em ascensão, que deixou a zona de rebaixamento sob o comando de Vanderlei Luxemburgo. E Felipão, possivelmente, escalará diversos reservas, já que, nesta terça-feira, define seu destino na Libertadores, contra o Godoy Cruz - na ida das oitavas de final, empatou por 2 a 2, na Argentina, e se classifica se vencer ou empatar por 0 a 0 ou 1 a 1, já que balançar as redes fora de casa é critério de desempate.
É a consequência de um período longe de casa nada positivo. Em 10 de julho, no primeiro jogo após a pausa dos torneios por conta da Copa América, o Palmeiras bateu o Inter por 1 a 0, na ida das quartas de final da Copa do Brasil, manteve a zaga formada por Luan e Gustavo Gómez sem sofrer gols e alcançou a 11ª vitória consecutiva em partidas oficiais, algo que o clube não tinha atingido no século. Parecia que a ascensão se manteria.
Até que, no primeiro compromisso fora de casa, no dia 13, ficou no 1 a 1 diante do São Paulo, no Morumbi, pelo Brasileiro, interrompendo a sequência de vitórias. No dia 17, no Beira-Rio, 1 a 0 para o Inter, que selou em exatos 1200 minutos o período da dupla Luan e Gómez sem sofrer gol atuando junta, e eliminação nos pênaltis, com Moisés errando a cobrança antes de concluir, no dia seguinte, sua saída para o Shandong Luneng, da China.
No dia 20, Scolari abriu mão do rodízio, escalou titulares e perdeu por 2 a 0 para o Ceará, encerrando uma invencibilidade de 33 rodadas no Campeonato Brasileiro. O tropeço permitiu ao Santos igualar a pontuação na liderança e marcou a estreia de Ramires, porém, apresentou problema muscular que o deixará sem condições de entrar em campo nas próximas semanas.
O último compromisso fora de casa, ao menos, teve ponto positivo. O Palmeiras chegou a estar perdendo por 2 a 0 para o Godoy Cruz, na Argentina, mas teve Weverton defendendo pênalti e melhorou no segundo tempo a ponto de alcançar o empate. A expectativa é de que o desempenho depois do intervalo, em Mendoza, seja a inspiração para a retomada de rumo da equipe.
Palmeiras, Vasco, Godoy, Brasileirão
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