Historiador vê reconhecimento da Fifa a título do Palmeiras como reparação

Christianini diz que entidade colaborou com realização da Copa Rio na época e afirma clube nunca deixou de se sentir um "campeão mundial"

Copa Rio 1951; Palmeiras (Foto: Reprodução SporTV)



O Palmeiras completará 100 anos no dia 26 de agosto, mas recebeu uma notícia que valeu como um presente antecipado, o reconhecimento da Copa Rio de 1951, vencido pelo Verdão, como um "torneio de nível mundial".



O historiador oficial do clube, Jota Christianini, comemorou a decisão da entidade, vista por ele como uma reparação a um erro de décadas. Mesmo que a Fifa não coloque o título no mesmo patamar dos torneios promovidos por ela, o históriador diz que os jogadores que venceram o torneio sempre se sentiram campeões mundiais, embora aguardassem o reconhecimento. Todos já faleceram (assista ao vídeo).



- O reconhecimento da Fifa nada mais é do que reparar a verdade. Nós sempre fomos campeões do mundo (...) Jamais passou pela cabeça (jogadores) que não eram campeões do mundo - afirmou.



Oito clubes participaram da competição. Ao lado do Palmeiras, o Vasco representou o Brasil. De fora, vieram Juventus (Itália), Sporting (Portugal), Áustria, Nacional (Uruguai), Estrela Vermelha (Iuguslávia) e Olympique (França).



O Verdão ganhou a taça em cima do Juventus, após vitória por 1 a 0 no primeiro jogo e empate em 2 a 2 no segundo. O torneio foi organizado pela Confederação Brasileira de Desportos, a "CBF da época", mas a Fifa colaborou. Exatamente por esta razão que Jota Christianini não entendia a falta do reconhecimento.





Historiador Jota Christianini diz que clube sempre se sentiu "campeão mundial" (Foto: Reprodução SporTV)



O jornalista Claudio Carsughi lembra que o título palmeirense significou muito para o Brasil dentro do cenário do futebol na época.



- Aquilo (frustração na Copa) não digo que foi esquecido, porque você nunca vai esquecer, mas ficou como uma coisa do passado, um acontecimento que tinha ocorrido, e se encarou o futebol brasileiro de uma forma muito mais positiva, como se vinha encarando antes - disse.