Nobre detalha 'caso Blackstar', explica racha com Leila e diz que Galiotte é um dos que mais o decepcionou na vida

9/9/2019 08:28

Nobre detalha 'caso Blackstar', explica racha com Leila e diz que Galiotte é um dos que mais o decepcionou na vida

Nobre detalha 'caso Blackstar', explica racha com Leila e diz que Galiotte é um dos que mais o decepcionou na vida

Paulo Nobre é um dos presidentes mais icônicos da história do Palmeiras.



Em seu mandato, entre 2013 e 2016, a equipe ganhou a série B (em sua primeira temporada) e venceu a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro (em seus últimos dois anos). Entretanto, Nobre sempre é lembrado pela reestruturação econômica que fez no clube.



Nesse domingo, foi exibida uma entrevista exclusiva do ex-presidente para a TV Gazeta. Nela, Paulo falou muito sobre Maurício Galiotte e Leila Pereira, além de explicar todo o 'Caso Blackstar'.



"Fiquei extremamente decepcionado com o rumo que a política tomou no Palmeiras após o dia 15 de dezembro de 2016."



Galiotte

O atual presidente do Palmeiras foi definido por Nobre como 'um grande braço direito' durante seu mandato. Entretanto, quando Galiote assumiu, ele não quis o ex-mandatário como parte de sua equipe:



"Imaginei que eu seria, naturalmente, o braço direito do meu sucessor, assim como ele foi o meu braço direito, e um grande braço direito, durante os quatro anos que eu estive na presidência. Se ele preferiu montar uma equipe e eu estar fora dessa equipe, dói, claro que dói, mas é um direito dele."



Entretanto, Nobre viu sua confiança ser traída pelo ex-parceiro:



"Vem a confiança de uma pessoa que você conviveu quatro anos, e não só quatro anos dentro do clube, nossas famílias eram muito amigas, a gente passava todos os feriados juntos. É aquela confiança no caráter da pessoa. No amigo de verdade que eu sempre fui. Eu jamais tentaria ofuscá-lo."



Entretanto, não foi isso que o decepcionou em Galiotte, disse Nobre:



"O que aconteceu que me decepcionou demais não foi isso, foi que nós tivemos uma filosofia de trabalho, que o que era certo era certo, o que era errado era errado, não tem meio termo nisso. E, a partir do dia um, eu vi tudo sendo trabalhado do jeito que era trabalhado em gestões anteriores à nossa e que a gente tanto criticou. Foram políticas que jogaram o Palmeiras numa lama, mas numa lama. O Palmeiras não estava só na segunda divisão, o Palmeiras não tinha dinheiro para pagar luz e água."



Finalmente, teve que definir Maurício em poucas palavras: "Foi meu braço direito durante quatro anos. E entra no time das pessoas com as quais eu mais me decepcionei na vida inteira. Eu achei que era um grande amigo meu."



Leila

"Durante os dois anos em que convivi com esse casal (Leila Pereira e José Roberto Lamacchia, proprietários da Crefisa), tiveram algumas situações extremamente desagradáveis, deselegantes e com uma má educação muito grande em relação ao clube."



A Crefisa começou a patrocinar o Palmeiras em 2015, no meio do mandato de Paulo Nobre. O ex-presidente fez questão, então, de contar como as coisas funcionavam:



"Eu sempre defendo o Palmeiras, e enquanto presidente todos os nossos parceiros da melhor maneira possível, sem deixar nenhum parceiro se sobressair ao clube. A quantidade de dinheiro que esse casal tem é realmente uma coisa fora da normalidade. Discordo plenamente quando alguém fala que a camisa do Palmeiras não vale os milhões que eles pagam. Acho que vale o quanto se paga. Ou porque está tendo um retorno em seu negócio que compensa, ou porque está tendo um retorno de satisfação pessoal que compensa. Não importa. Acho que o Palmeiras é um clube gigante, acho que o patrocínio está no tamanho que tem que ser mesmo."



Sobre os choques que teve com Leila e Lamacchia, Nobre diz ter mostrado que, no Palmeiras, as coisas eram diferente:



"Eu diria que eu tenho a personalidade forte, que o marido dela tem personalidade muito forte, e ele tem uma maneira de ser, talvez pela quantidade de dinheiro que tenha, pelo tipo de negócio que ele toca, onde ele está acostumado a chegar e dar ordens. Onde ele chega ele chega mandando. Mas no Palmeiras não foi assim, e comigo na presidência não seria assim nunca."



"Patrocinador não é co-gestor. Patrocinador tem que ter respeito, tem que aparecer da melhor maneira possível e das maneiras mais positivas possíveis para que a marca do patrocinador cresça junto com a marca do clube."



Caso Blackstar

Enquanto o Palmeiras negociava a renovação com a Crefisa, após a conquista do Campeonato Brasileiro, a Blackstar, empresa supostamente sediada em Hong Kong, ofereceu ao clube uma oferta de parceria que girava em torno de R$ 1,4 bilhão por um acordo de 10 anos. Após investigação sobre a companhia, porém, o Verdão acusou o fundo de falta de credibilidade e ainda de apresentar documentação falsa com emblema do banco HSBC, encerrando negociações.



Paulo Nobre, então, explicou o que aconteceu e qual foi sua participação, uma vez que ele foi apontado como responsável por apresentar a empresa a Marino.



"Acontece uma entrevista extremamente infeliz com a mulher do dono do patrocinador (Leila Pereira), falando que caso o candidato dela não ganhasse, ela sairia do clube. Uma pessoa me procura e diz que quer fazer uma proposta para o Palmeiras. Eu falei: "Olha, eu estou 100% fora da política do clube". A pessoa tinha meu telefone da época em que eu era presidente. Eu falo: "Se você quiser, posso te apresentar à cúpula da oposição. Só te faço uma exigência: o patrocínio tem que ser para o Palmeiras, ganhe a oposição, ganhe a situação. Quando eu recebi uma sindicância, como se eu pudesse ter feito alguma coisa prejudicial ao clube, depois de tudo que eu me matei 4 anos - e não é 4 anos de presidência. Eu milito na política do Palmeiras desde 1997. São 22 anos que eu faço parte da política do clube. As pessoas estão cansadas de saber qual é meu caráter, quais são minhas intenções. Achei extremamente ofensivo."



Voltar a ser presidente?

"Para me candidatar a presidente novamente, basta me tornar conselheiro. Não faz parte dos meus planos voltar a militar na política do clube. Mas são sou babaca aqui de renunciar à política do clube para depois renunciar à própria renuncia."



Nobre não pretende voltar, mas promete jamais fechar as portas ao clube e explica o motivo dessa decisão:



"Mas jamais vou deixar de ajudar o clube. Sem Palmeiras, não há vida. Se algum dia, algum presidente do clube com quem eu me alinhe, em quem eu confie, precisar de alguma ajuda minha, eu nunca vou negar. Agora, é diferente você estar militando, você ser o presidente. Eu perdi o tesão em militar na política do clube. Essa é a grande verdade. Eu fiquei decepcionado com as pessoas."





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56196 visitas - Fonte: ESPN

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