No novo episódio do quadro "Na Sala do Casa", Walter Casagrande Jr fala sobre o ofício do camisa 9. O ídolo do Corinthians conta que, quando garoto, gritava o nome de um centroavante do Palmeiras ao fazer gol nas brincadeiras com os amigos e depois, mais tarde, se inspirou em outro jogador do rival para fazer adaptações ao seu estilo.
– Quando garoto, quando eu brincava, eu fazia gol e gritava "César", que era o César Maluco, da segunda grande Academia do Palmeiras – diz Casagrande.
– Quando eu comecei (no Corinthians), eu via Roberto Dinamite, Serginho, Toninho Guerreiro, César, Nunes... mas Reinaldo, principalmente. Eu prestava atenção nas características deles. O Leivinha também foi referência pra mim, ele era um 8, não um 9, um ponta de lança, mas eu me inspirava nele. Foi o Oswaldo Brandão, lendário treinador, quem me deu esse toque: "Garoto, olha como se posiciona o Leivinha. Você pode aprender observando ele jogar" (Veja no vídeo acima alguns dos gols de Cesar e Leivinha).
Com 24 anos, Casagrande foi jogar na Itália (primeiro no Ascoli e depois no Torino). Lá, deparou-se com aquele que é o maior centroavante que já viu jogar: Marco Van Basten, do Milan (veja no vídeo acima alguns dos gols do holandês).
– O meu grande ídolo é o Van Basten. Jogamos na mesma época na Itália, e eu vi o Van Basten fazer coisas incríveis. Ele tinha técnica com pé direito, com pé esquerdo, matava no peito, fazia gols de virada, tinha uma presença de área muito forte. O maior centroavante que eu vi jogar foi o Van Basten.
Casagrande vê com preocupação a falta de centroavantes no futebol brasileiro.
– Eu acho que o futebol brasileiro vai começar a ter mais chances numa Copa do Mundo quando voltar a ter um 9.
– O camisa 9 hoje está fazendo falta nos clubes, estão todos procurando um camisa 9, como o Fred, o Ricardo Oliveira, que já são mais velhos. Não estamos mais encontrando camisa 9 porque em um determinado momento os treinadores começaram a montar times com dois atacantes, de velocidade, sem um fixo na área – completa Casagrande.
Chegou nem aos pes