Luxemburgo e Edmundo fazem as pazes e ficam próximos de acordo

Técnico e ex-jogador voltaram a se falar na final da Copa do Mundo e tentam acertar pendência judicial relativa à dívida de Luxa com seu antigo comandado

Dois importantes personagens da história do Palmeiras voltaram a se falar recentemente. Vanderlei Luxemburgo e Edmundo iniciaram uma reaproximação no dia 13 de julho, no Maracanã, antes da final da Copa do Mundo conquistada pela Alemanha sobre a Argentina. Ambos trabalharam como comentaristas do torneio e se encontraram no centro de imprensa.



A relação entre Edmundo e Luxemburgo, historicamente, tem brigas e reconciliações. O último episódio foi uma cobrança judicial feita pelo ex-atacante, relativa a dois cheques que recebeu do atual técnico do Flamengo, cada um no valor de R$ 200 mil. Edmundo alegou que não havia fundos.



Na versão de Luxemburgo, ele pagou e não teve recibo. Em 2011, a Justiça determinou o pagamento de uma dívida de quase R$ 2 milhões.



- No dia da final da Copa, nós voltamos a nos falar, fomos jantar. Ele entendeu que estou apenas correndo atrás dos meus direitos e dos direitos dos meus filhos. Foi um problema pessoal, mas estamos bem próximos de um acerto - disse Edmundo, que teve a versão ratificada pelo técnico.



- Estamos conversando para acabar com essa coisa que não tem nada a ver. Algumas coisas na vida vão ficando para trás. Está caminhando para o bem.



Luxa e Edmundo se conheceram no Palmeiras, em 1993. Comandante e atleta tiveram uma relação conturbada. Atos de indisciplina do atacante causaram reações fortes. Em 1994, por exemplo, durante um jogo contra o São Paulo, pela Libertadores, o jogador foi substituído e reclamou.



- Com o dedo em riste, falei para ele: “Se for para me tirar, é melhor nem me colocar”. Nem falei nada de mais, mas o dedo em riste e a fama... Fui afastado, tenho certeza que esse episódio me tirou da Copa de 94.



Meses depois, já no Flamengo, Luxemburgo disse que ambos haviam feito as pazes e que Edmundo era como um filho para ele. Juntos no Palmeiras, eles ganharam dois títulos brasileiros, dois paulistas e um Rio-São Paulo.



- Eu sempre o tive como o melhor treinador da minha carreira. O mais importante foi o Antônio Lopes, que me deu a primeira chance, mas ele foi o mais capacitado. Eu o tinha como um pai, enfim... Ele se sentiu traído quando soube da ação e ficou um período distante, mas não desgosto dele nem mudo minha opinião por causa de um problema particular - afirmou o Animal.