100 anos de Verdão - 'Engajado' César diz: 'Palmeiras é para gente grande'

22/8/2014 08:25

100 anos de Verdão - 'Engajado' César diz: 'Palmeiras é para gente grande'

Artilheiro maluco das Academias, atacante se mantém sem papas na língua, engajado politicamente e valoriza o manto sagrado alviverde

100 anos de Verdão - 'Engajado' César diz: 'Palmeiras é para gente grande'

César Maluco, ex-jogador do Palmeiras, recebeu o L! em casa (Foto: Reginaldo Castro)



César Augusto da Silva Lemos chegou, a contragosto, ao Palmeiras em 1967, vindo do Flamengo. O carioca, nascido em Niterói (RJ), temia tão jovem, então aos 21 anos, deixar o Rubro-Negro e não encontrar espaço na primeira Academia do Verdão. Uma preocupação hoje sem sentido.



Não só conseguiu notoriedade no Alviverde, como é até hoje o segundo maior artilheiro do clube (180 gols em 324 jogos), e um ídolo que, embora de outro estado, tornou-se um palmeirense maluco, sem papas na língua. Assim é até hoje o César Maluco, de 69 anos.



– Eu só falo a verdade. Se eu estiver errado, me prove. O Palmeiras é muito grande. É um time para gente grande, não para gente pequena. Para homens que amam o clube.



Jogador alviverde entre 1967 e 1974, César Maluco é um dos ex-jogadores com participação mais ativa no clube. É conselheiro, e sempre reclamou pela falta de participação de ídolos no dia a dia do futebol.



– (Ex-jogadores) Não falam porque não têm coragem. Eu brigo pelo conforto para os ex-jogadores. Alguns não sabem o que é este manto sagrado, não sabem o que é o Palmeiras. Tem uma garotada que chega no clube e quer mandar – reclamou.



Incomodado com a falta de times vencedores, como aqueles em que participou, César deve ter papel importante na próxima eleição para presidência, no fim do ano. Próximo de Wlademir Pescarmona, candidato de oposição, o ex-atacante pode até ser candidato a vice na chapa.







Quem vê esta ativa paixão pelo Palmeiras não imagina que ele tenha até passado pelo Corinthians, vendido pelo próprio Verdão, também a contragosto, em uma transferência que gerou uma grande mágoa do técnico Oswaldo Brandão.



Apesar de ter sido bem recebido, nunca se sentiu à vontade no rival. Seu amor é pelo Palmeiras. Sente-se bem quando fala do clube, e tem em sua casa diversas lembranças do Alviverde, cultivadas por sua esposa, Tereza, morta em 2011. Tanto que “fez” suas três filhas serem alviverdes. Apenas um neto, Leonardo, “virou a casaca” e é corintiano.



– Eu amo o Palmeiras, o Palmeiras instituição, clube, este manto.





BATE-BOLA: CÉSAR MALUCO



‘Não admito que falem mal do Palmeiras’



Como é este amor pelo clube?

Eu gosto do Palmeiras e não admito que falem mal do clube, nem dos jogadores do passado. Não aceito presidentes que fazem coisa erradas. Por isso sou cobrado às vezes.



E você gosta do Paulo Nobre?

O Paulo Nobre é meu amigo, meu irmão. Não sei se ele gosta de mim assim como eu gosto dele. Respeito ele como advogado, inteligente. Talvez quem contrata não sabe qual seria o melhor jogador. Tem que ter visão da bola, mas ele que assina, então a responsabilidade é dele.



O que sobrou do Palmeiras da época em que você jogava?



Sobrou o passado, a alegria, todos andavam sorrindo. Esta alegria com o tempo foi virando tristeza. O Palmeiras teve duas quedas, muito triste, e hoje tem obrigação de se manter na elite.



Como foi jogar no rival?



O Corinthians estava na fila, e não casou. Arrumei muita briga em treino. Jogadores indisciplinados são os que têm mais amor pelo clube.





O Palmeiras para mim é...

"Uma vida, minha vida"



A minha maior alegria pelo Palmeiras foi...

"Foi poder vestir a camisa do Palmeiras, este manto sagrado."



A minha maior tristeza pelo Palmeiras foi...

"Foi quando eu saí. Não queria, fui vendido sem saber. Acabou sendo uma dor muito grande."



A torcida do Palmeiras para mim é...

"Em cada torcedor, eu tinha um verdadeiro amigo. Muitos que me tratam até hoje do mesmo mesmo modo que há 20 anos."



Meu jogo inesquecível pelo Palmeiras foi...

"O primeiro contra o Santos. No aquecimento, só fiquei olhando o Pelé. Vencemos e fiz dois gols."



PALMEIRAS 2x1 SANTOS

PALMEIRAS: Valdir; Djalma Santos, Baldochi, Minuca e Ferrari; Dudu e Ademir da Guia; Gallardo, Jair Bala, César (Suingue) e Rinaldo T: Aymoré Moreira

SANTOS: Gilmar; Carlos Alberto, Oberdan, Joel Camargo e Rildo; Zito, Mengálvio (Buglê); Dorval, Toninho (Copeu), Pelé e Edu T: Antoninho

ÁRBITRO: Anacleto Pietrobon (SP)

GOLS: 26’ 1ºT César (1-0) ; 36’ 2ºT César (2-0) e 45’ 2ºT Buglê (2-1)

DATA: 8/4/1967

COMPETIÇÃO: Taça Roberto Gomes Pedrosa

LOCAL: Pacaembu, em São Paulo (SP)



















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