Crise do Palmeiras: veja os 'sete pecados' que levaram o clube à lanterna

22/8/2014 08:44

Crise do Palmeiras: veja os 'sete pecados' que levaram o clube à lanterna

Diretoria se perde, Gareca demora a se adaptar e time tem problemas em todos os setores. Em menos de cinco meses, centenário vira pesadelo e degola vira realidade

Crise do Palmeiras: veja os 'sete pecados' que levaram o clube à lanterna

Gareca tem aproveitamento pífio no Brasileiro: menos de 5% (Foto: Aldo Carneiro/LANCE!Press)



Paulo Nobre, Ricardo Gareca, jogadores? Quem é o culpado pela derrocada que levou o Palmeiras, semifinalista do Paulistão, à lanterna do Campeonato Brasileiro? O LANCE!Net listou sete fatores que contribuem para a péssima fase: da confusão da diretoria à demora na adaptação de um técnico que tem menos de 5% de aproveitamento na competição, passando por um time que tem problemas em absolutamente todos os setores.

Veja abaixo os 'sete pecados' do Verdão, que buscará interromper a série de dez jogos sem vencer no Nacional neste sábado, às 21h, no Pacaembu, contra o Coritiba.



1. DIRETORIA

No desembarque do Palmeiras após a derrota para o Sport, o diretor-executivo José Carlos Brunoro ficou atordoado ao ser questionado sobre a possibilidade de ver o clube comemorar seu centésimo aniversário, terça que vem, na lanterna do Brasileirão.

- O centenário começa na semana que vem, não é agora, estamos pensando mais para o futuro - disse.

A frase contradiz o marketing alviverde, cujas ações consideram que o centenário começou há um ano - curiosamente, o próprio Brunoro virou diretor da pasta após a demissão de Marcelo Giannubilo.

Desde a queda no Paulista, diante do Ituano, em 30 de abril, uma série de escolhas mal feitas atolou o time. A maior, como se sabe, foi "pechinchar" para renovar com Kardec, que acabou no São Paulo. William Matheus e Marquinhos Gabriel saíram rápido, mas os reforços demoraram mais que o esperado. Domingo, 15ª rodada, ainda havia jogador estreando (Cristaldo).





2. GOLEIRO





Fábio não consegue substituir Prass à altura (Foto/Ale Cabral)



Fernando Prass era um dos principais destaques do Palmeiras quando fraturou o cotovelo direito durante o jogo contra o Flamengo, pela terceira rodada do Brasileirão. Com retorno previsto para o mês que vem, o camisa 25 não tem sido bem substituído por Fábio, que coleciona falhas.

O dono provisório da meta alviverde marcou um gol contra na derrota por 2 a 1 para o Sport, quarta-feira. No domingo, errou na saída e iniciou a jogada do primeiro gol do São Paulo e depois deu azar no segundo, em outra derrota por 2 a 1. Já havia falhado contra o Santos, no revés por 2 a 0 na Vila. Deola, Raphael Alemão e Vinicius são as outras opções para o setor.



3.DIRETORIA





Victorino, sem ritmo, não é um reserva de confiança (FOTO: Miguel Schincariol)



Ninguém sofreu mais gols que o Palmeiras no Brasileiro: em 16 jogos, já são 23 (média de 1,4 por partida). O saldo de gols é de -10, superior apenas ao do Criciúma, que tem -12.

Os titulares do setor já foram definidos por Gareca, mas a formação não agrada à torcida. Volante de origem, Wendel é titular na direita por falta de opção - Weldinho é o reserva. Enquanto Tobio tem acumulado falhas na zaga, o reserva Wellington está lesionado e Victorino, outra opção, não tem ritmo.

Lúcio vem bem, assim como Victor Luis, antes esquecido, na esquerda. Juninho, seu reserva, chegou a ser liberado pelo clube para acertar com o Fluminense e acabou ficando.



4. CRIAÇÃO



O Palmeiras está acéfalo. Sem Valdivia, que virou esperança após o fracasso de sua venda e não demorou mais que 14 minutos para se lesionar em seu retorno, Felipe Menezes virou o principal armador do grupo. Isso não foi suficiente para Gareca utilizá-lo contra o Sport, jogo que ele assistiu do banco. Bruno César, Mendieta e Bernardo nem viajaram. Wesley, mal como volante, foi testado como meia: pior ainda.

Mas também há o que destacar: apesar de ter falhado na quarta, o volante Renato é um dos únicos pontos positivos da crise. O polivalente Marcelo Oliveira, titular nos últimos dois jogos, vai se fixando como volante.



5. ATAQUE





Henrique é o único que tem marcado gols no Verdão (FOTO: Reginaldo Castro)



O time tornou-se dependente de Henrique: dos 13 gols palmeirenses no Brasileirão (é o segundo pior desempenho do torneio), o atacante fez sete. O problema é que o próprio Henrique tem sido contestado por perder chances incríveis e ter grandes dificuldades técnicas ao sair da área, o que pode abrir espaço para Cristaldo, recém-chegado.

O setor sofre com a péssima fase de Leandro, em quem Gareca insistiu muito. Diogo vinha bem quando sofreu nova lesão, às vésperas do clássico contra o Corinthians. Os argentinos Mouche e Allione têm sido os titulares, mas só o segundo tem acumulado boas atuações, apesar de ainda não ter feito nada brilhante.



6. INGRESSOS CAROS



O Palmeiras tem apenas a oitava melhor média de público do Campeonato Brasileiro, com 12.091 pessoas por partida no Pacaembu. A maior reclamação dos torcedores é sobre o elevado preço dos ingressos, prática adotada desde o início da gestão Nobre, em janeiro de 2013.

Sob a justificativa de priorizar quem é sócio-torcedor, o clube cobra R$ 60 por um bilhete de arquibancada para os palmeirenses “comuns”. Para sentar na Cadeira Coberta Azul, é preciso pagar R$ 250. O ingresso mais barato custa R$ 40, para o Tobogã.

Conhecido internamente por ser teimoso, o presidente não dá sinais de que pode dar o braço a torcer. O máximo que o clube fez, já durante a crise atual, foi disponibilizar um combo com 25% de desconto para quem comprasse ingressos para os duelos contra São Paulo e Coxa.



7.COMANDO TÉCNICO



Desde que foi escolhido para substituir Gilson Kleina, Ricardo Gareca é unanimidade. Mas sua adaptação está demorando mais que o esperado: em sete jogos no Brasileiro, perdeu seis e empatou um, com aproveitamento de 4,76%.

Além das dificuldades com a língua, a frequência das entrevistas e o trânsito, o gringo já utilizou 30 jogadores em dez partidas (contando a Copa do Brasil e o amistoso contra a Fiorentina) e ainda não encontrou a formação ideal. Wesley, reserva contra o São Paulo, foi titular e capitão no jogo seguinte, diante do Sport. Renato, um dos únicos destaques do time, já foi barrado para Josimar jogar.

Ele teve toda a pausa da Copa para treinar o time a seu gosto e recebeu quatro reforços que pediu: Tobio, Mouche, Allione e Cristaldo.























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