O Verdão, bicampeão brasileiro em 1972 e 1973, começou mal o torneio. Apesar de ter cedido seis atletas à Seleção Brasileira para a Copa do Mundo da Alemanha (Leão, Luís Pereira, Alfredo Mostarda, Ademir da Guia, Leivinha e César Maluco), o time do técnico Oswaldo Brandão não se encontrou.
No segundo turno, tudo começou a dar certo. O Alviverde terminou invicto, com 9 vitórias e 4 empates, e chegou à decisão de ânimo renovado.
A primeira partida foi disputada no estádio do Pacaembu e terminou empatada em 1 a 1.
O zagueiro Luís Pereira, com sua habilidade peculiar, simplesmente anulou o talentoso Rivellino. Aos 24 minutos do segundo tempo, inclusive, o ‘Chevrolet’ desarmou o meia rival na intermediária e lançou para Jair Gonçalves (após o lance, o atleta palmeirense consolou o adversário e protagonizou uma imagem emblemática do dérbi). O volante cruzou na área e achou Leivinha, imbatível na bola área. O atacante ajeitou para Ronaldo, que, de pé direito, venceu o goleiro Buttice, emudeceu o Morumbi e deflagrou a festa palestrina: "Zum, zum, zum, é 21!" – canto em alusão ao 21º ano de fila que o rival entrava a partir daquele momento.
Anos depois, Ronaldo (que ganhou vaga no time por conta da situação de César Maluco, fora por problemas de doping e indisciplina) confidenciaria que quase ficou fora da decisão. “Tive um grave problema muscular na coxa no primeiro jogo. Minha perna inchou demais. Nem o pé no chão eu conseguia colocar. O Brandão chegou para mim e disse que eu começaria atuando. Dentro de mim, sabia que isso seria impossível”, afirmou o mineiro, salvo por uma água milagrosa. “O massagista e o Brandão entraram no meu quarto com uma garrafa de água mineral, jogaram em mim e começaram a espremer a região com muita força. Enquanto o Brandão segurava minha perna, o massagista esfregava. Fiz isso até de madrugada. Quando acordei no domingo, estava zerado”, contou.
Para Ademir da Guia, maior ídolo da história do clube, em entrevista ao Site Oficial na ocasião dos 40 anos da conquista, disse que o título de 1974 foi o mais marcante de toda a sua carreira. "A conquista de 74 realmente marcou e ficou gravada. Ganhar do Corinthians sempre foi especial e nós conseguimos mantê-los no jejum e fazer com que ultrapassassem os 20 anos. Foi o título mais marcante de toda a minha carreira", afirmou.
1º turno
Palmeiras 2 x 2 Saad
Ponte Preta 0 x 0 Palmeiras
Corinthians 3 x 1 Palmeiras
Palmeiras 1 x 0 Guarani
Palmeiras 0 x 0 Juventus
Palmeiras 0 x 0 Santos
São Bento 0 x 2 Palmeiras
Noroeste 1 x 2 Palmeiras
América 0 x 1 Palmeiras
Portuguesa 1 x 1 Palmeiras
Botafogo 2 x 3 Palmeiras
Palmeiras 0 x 2 Comercial
São Paulo 1 x 1 Palmeiras
2º turno
Palmeiras 2 x 0 América
Palmeiras 1 x 1 Portuguesa
Palmeiras 4 x 0 São Bento
Palmeiras 1 x 0 Ponte Preta
Palmeiras 3 x 1 Botafogo
Palmeiras 2 x 1 São Paulo
Palmeiras 1 x 0 Saad
Comercial 1 x 1 Palmeiras
Palmeiras 2 x 0 Santos
Palmeiras 1 x 0 Noroeste
Palmeiras 2 x 2 Juventus
Guarani 0 x 0 Palmeiras
Palmeiras 4 x 1 Corinthians
1º jogo da final
Corinthians 1 x 1 Palmeiras
2º jogo da final
Palmeiras 1 x 0 Corinthians
Data: 22/12/1974
Local: Estádio do Morumbi
Árbitro: Dulcidio Wanderley Boschillia
Renda: Cr$ 2.322.658
Público: 120.522 torcedores
Gol: Ronaldo, aos 24 minutos do segundo tempo.
Palmeiras: Emerson Leão; Jair Gonçalves, Luis Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Leivinha, Ronaldo e Nei. Técnico: Oswaldo Brandão.
Corinthians: Buttice; Zé Maria, Brito, Ademir e Vladimir; Tião e Rivelino; Vaguinho, Lance, Zé Roberto (Ivan) e Adãozinho (Pita). Tecnico: Sylvio Pirillo.
Palmeiras, Corinthians, Campeonato Paulista, 1974
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Eu vi. Nesse dia a festa foi tanta que entrei em coma alcoolica.quase morro
A maioria dos torcedores do Palmeiras não estavam em cima da terra e muito menos assistido esse campeonato só conhecem pela história do clube!