Roque Jr. vê 99 como auge no Verdão e pede que Nobre não seja imediatista

Ex-zagueiro diz que diretoria deve pensar no futuro do Palmeiras. E elege o título preferido no clube, que completa 100 anos na próxima terça-feira

Roque Júnior viveu anos de glória no Palmeiras (Foto: Marcelo Braga)



Roque Júnior faz parte da história do Palmeiras, que completa 100 anos nesta terça-feira. Ganhador de cinco títulos na primeira passagem pelo clube, entre 1995 e 2000, e mais um na segunda, em 2008, ele elege o seu grande momento no clube: o título da Libertadores, em 1999.



- Todos os anos que fiquei lá foram especiais. Não é qualquer jogador que passa tanto tempo dentro de um clube como o Palmeiras. Me sinto feliz por ter feito isso. O ponto máximo foi o título da Libertadores, que é o título mais importante que o Palmeiras tem na história. Tive outros títulos também, mas esse ficou mais marcado pela importância e por ter sido o único até hoje - diz.



Pelo Verdão, o ex-zagueiro venceu dois Campeonatos Paulistas (1996 e 2008), uma Copa do Brasil (1998), uma Mercosul (1998), uma Libertadores (1999) e um Torneio Rio-São Paulo (2000). Diante do bom desempenho, foi titular da zaga brasileira no título da Copa do Mundo de 2002, com Luiz Felipe Scolari. Algo que ele, de forma grata, coloca na conta do Verdão.



- Cheguei na Seleção quando estava no Palmeiras. Saí de um clube pequeno e foi apenas por estar em um clube grande que tive a chance de estar entre os melhores. Tinha sido convocado pelo Vanderlei Luxemburgo e depois pelo Felipão. O Palmeiras tem uma responsabilidade grande nisso, pois disputava grandes títulos e você estava sempre no top. Foi peça fundamental para mim - admite.



A nova realidade do clube, porém, deixa o ex-jogador chateado. Convidado por torcedores para uma festa do centenário do clube na próxima semana, ele já confirmou presença. Mas torce para que essa data tão especial marque uma virada na rotina do Alviverde, que briga contra mais um rebaixamento no Brasileirão. E pede tranquilidade neste momento difícil.



- É difícil passar a marca de cem anos dessa forma. Mas não tem o que lamentar, é trabalhar, cuidar bem da gestão, pensar na frente para sair. Não adianta se desesperar, a realidade que tem é essa, tem de sair e não ver só o agora, não pensar só com imediatismo. Claro que tem de pensar em não cair, mas também em fazer uma equipe forte para o futuro - projetou.



Diretor de futebol do Paraná no primeiro semestre e observador técnico da seleção brasileira durante a Copa, ele não descarta, um dia, retornar à Academia de Futebol em outra função:

- Tenho também os meus objetivos e minha carreira daqui para frente. Se um dia surgir uma oportunidade, será prazerosa, já que é um clube que tenho uma identificação grande e uma história. Seria gratificante voltar ao Palmeiras, faria com muito prazer - admitiu.





Roque Júnior atuou pelo Palmeiras pela segunda vez em 2008 (Foto: Paulo Fischer / Agência Estado)