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A aposentadoria dos campos ocorreu em 1969. Dois anos depois, Valdir começava a trabalhar na comissão técnica de Oswaldo Brandão e sugeriu que se dedicasse a preparar os goleiros do time. A presença de um especialista deu certo e se espalhou por outros clubes; inclusive com o próprio Valdir, que obteve resultados nos dois rivais palmeirenses na capital.
No Corinthians, Valdir Joaquim de Moraes foi preparador de goleiros da Democracia Corintiana, conquistando o bicampeonato paulista em 1982 e 1983. Como supervisor técnico, levantou os troféus do Campeonato Brasileiro (1998 e 1999) e do Mundial de Clubes de 2000. Também fez parte dos títulos do Paulistão (2001), do Torneio Rio-São Paulo e Copa do Brasil (2002). Já pelo São Paulo, Valdir Joaquim de Moraes exercia a preparação dos goleiros na denominada "Era de Ouro" de Telê Santana no início dos anos 1990. O profissional como são-paulino foi campeão Paulista (1991 e 1992), Brasileiro (1991), Libertadores (1992 e 1993), Mundial (1992 e 1993), Recopa (1993 e 1994) e Supercopa (1993).
O reconhecimento vem de gerações. Cesar Maluco, ao site do Palmeiras, classificou Valdir como "um dos melhores goleiros que viu jogar". Como preparador, o elogio recai sobre o pioneirismo. "Como o primeiro na carreira de preparador de goleiros, ele foi muito importante para o Palmeiras e para o futebol brasileiro. Ele passou esta escola para as demais equipes e, por isso, está marcado na história. Hoje, essa é uma profissão", destacou o ex-centroavante.
"Sem contar a 'Academia de Goleiros' que se iniciou no Verdão. A maioria aprendeu coisas sobre colocação, reflexo e outras habilidades com ele", destacou César Maluco. Pelo Palmeiras como membro de comissão técnica, fez história na Era Parmalat e somou duas passagens até deixar o clube em 2011. Na "Academia de Goleiros alviverde", criou nomes como Velloso, Sérgio e Marcos.
Um dos "pupilos" e grandes nomes criados pelo pioneiro na preparação dos goleiros, Velloso destacou como "Seu Valdir" o lado profissional e pessoal, como destacar a questão psicológica no dia a dia com os goleiros. "Ele era uma pessoa muito especial no dia a dia. Ele me ajudou demais no Palmeiras. Quando eu estava afastado, ele foi uma das pessoas que pediu minha volta. Minha volta foi por causa dele em 94, para ser campeão paulista contra o Corinthians. Ele foi uma pessoa que me ajudou desde a base, me acolheu, me orientou", comentou ao UOL Esporte.
"Não era só o trabalho técnico, ele era um conselheiro para gente. Sempre conversava muito com a gente. A parte psicológica do goleiro é algo muito importante e ele fortalecia muito, deixava a gente confiante para jogar. Muitas vezes, mais importante que o treino era a conversa que a gente tinha pós-treino, antes dos jogos. Isso sempre foi algo marcante", encerrou Velloso.
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