Jovens que não costumam ter tanto espaço em suas equipes, como Jackson Porozo, do Santos, ou Iván Angulo, do Palmeiras, ganharam oportunidades nas respectivas seleções.
Outros, como o corintiano Ángelo Araos e o santista Yeferson Soteldo, se destacaram e encheram de esperança as torcidas de seus clubes.
O quadrangular final do Pré-Olímpico começa nesta segunda-feira. Argentina, Brasil, Colômbia e Uruguai se enfrentarão e apenas os dois melhores garantirão vaga nos Jogos de Tóquio.
Ángelo Araos - Corinthians
O meia de 23 anos começou bem a competição. Na estreia, diante do Equador, ele saiu do banco de reservas no intervalo para mudar o jogo. O camisa 10 chileno teve boa atuação, deu uma assistência e ainda chamou a atenção por conta de uma áspera discussão com Morales, seu companheiro de seleção.
Na segunda rodada, novamente Araos deixou o banco e decidiu, marcando o gol da vitória por 1 a 0 diante da Venezuela.
O bom início levou o corintiano ao time titular, mas ele não conseguiu manter o rendimento na derrota por 2 a 0 para a Argentina. Contra a Colômbia, ele se esforçou, quase fez um gol de fora da área, mas não conseguiu evitar a eliminação de La Roja.
Fernando Pacheco - Fluminense
Recém-contratado do Sporting Cristal, o atacante usou a camisa 10 do Peru e foi titular nos quatro jogos do Pré-Olímpico.
Apesar da derrota para o Brasil na estreia, ele foi um dos melhores da seleção. Depois, teve boa participação na vitória contra o Paraguai e foi discreto nas derrotas para Uruguai e Bolívia.
Segundo dados da Conmebol, acertou 81,4 % do total de passes e 56% dos realizados no campo de ataque. Atuou tanto na ponta direita como na esquerda.
Iván Angulo - Palmeiras
O atacante de 20 anos foi reserva da seleção colombiana, mas entrou nos quatro jogos da primeira fase, tendo ficado em campo por 72 minutos.
Angulo não chamou a atenção. Segundo dados da Conmebol, ele criou uma chance de gol e acertou 85,7% dos passes (66,7 % no campo de ataque).
Jackson Porozo - Santos
O zagueiro equatoriano, de apenas 19 anos, não teve uma boa jornada no Pré-Olímpico, assim como a seleção dele.
Logo na estreia, fez um gol contra na derrota por 3 a 0 para o Chile. Depois, também teve atuação ruim na goleada sofrida por 4 a 0 para a Colômbia. Suspenso por dois cartões amarelos, foi desfalque diante da Venezuela, e voltou na despedida contra a Argentina, quando acertou seu próprio goleiro com um carrinho ao tentar evitar o gol de Mac Allister.
Demonstrou deficiência na saída de bola e chegou atrasado em alguns lances na marcação.
Yeferson Soteldo - Santos
Acostumado a ser convocado para a seleção principal da Venezuela, foi chamado de última hora para o Pré-Olímpico, assumiu a camisa 10 e foi o melhor da "Vinotinto".
Chamou a responsabilidade da criação, deu bons passes e cruzamentos e foi até fominha em alguns lances. A maioria das jogadas venezuelanas passaram pelos pés do jogador santista, que está na mira do Atlético-MG.
Fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Equador e, em pênalti com cavadinha, marcou o de honra na goleada por 4 a 1 sofrida para a Argentina.
E na nossa seleção?
A maioria dos titulares do técnico André Jardine atua no Brasil. Porém, um dos protagonistas da seleção sub-23 neste Pré-Olímpico passou a maior parte do tempo no banco de reservas: o gremista Pepê marcou três gols e é um dos artilheiros da competição.
Também merece destaque outro jogador tricolor, o volante Matheus Henrique. Ele é um dos capitães da seleção, já deu duas assistências e acertou nada menos do que 94% dos passes.
O são-paulino Antony é outro que vem tendo boas atuações. Pedrinho, do Corinthians, começou bem, fez um dos gols na vitória por 3 a 1 sobre o Uruguai, mas machucou a coxa esquerda e ficou fora das duas últimas partidas.
O setor defensivo é o ponto negativo da equipe canarinho até o momento. O goleiro Ivan, da Ponte Preta, deu alguns sustos e foi mal jogando com os pés. O zagueiros Robson Bambu, do Athletico-PR, também destoou.
Na última partida, contra o Paraguai, Jardine aproveitou que o Brasil já estava classificado e deu chance aos reservas. O são-paulino Igor Gomes deu bela assistência, mas cometeu muitos erros. Afora Pepê, nenhum dos suplentes chamou a atenção.
Seleção Pré-Olimpica, 2020, Colômbia, Brasil
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