Jogador "sem querer", Gómez conta como foi da várzea direto para a seleção

18/2/2020 08:30

Jogador "sem querer", Gómez conta como foi da várzea direto para a seleção

Jogador

Imagem: Alan Morici/AGIF



Em alta com o torcedor do Palmeiras, Gustavo Gómez foi descoberto no futebol de uma maneira totalmente diferente ao normal do esporte. Atuando pelo 31 de Julio, um time de várzea de San Juan Bautista, povoado 200 quilômetros distante de Assunção, capital do Paraguai, ele foi indicado ao treinador da seleção de base de seu país, que o mandou se apresentar imediatamente ao time que disputaria o Sul-Americano sub-17 alguns dias depois.







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Sem nem mesmo ter atuado em uma equipe profissional, ele disputou a competição com 15 anos de idade e viu sua carreira decolar. Em 2010, aos 17 anos, ele foi para a Copa do Mundo da África para ser "sparring" do time profissional, aqueles atletas que têm talento para o futuro e servem para completar os treinos. Foi ali que ele foi contratado pelo Libertad.



"Eu fiz toda a minha base diretamente na seleção do Paraguai", contou o defensor em entrevista ao UOL Esporte. Gustavo Gómez ainda relembrou que planejava ser advogado antes de dar certo no esporte e explicou como tem sido a sua vida no Palmeiras, onde já virou referência e titular absoluto mesmo com as mudanças de treinadores.



Confira a entrevista completa ao UOL Esporte:



UOL Esporte: Você tem um início diferente no futebol e foi descoberto meio que "sem querer". Como foi essa trajetória?

Gustavo Gómez: Eu jogava no time da minha cidade, em San Juan. Eu jogando lá, e o treinador da seleção de base do Paraguai me chamou para treinar com eles. Eu joguei o Sul-Americano sub-17 com 15 anos. Foi assim que começou a minha carreira.



Você começou pela seleção? Sem categoria de base?

Eu fiz toda a base na seleção do Paraguai. Eu ainda fui para o Mundial de 2010 como sparring do time profissional. Só depois disso que o Libertad comprou o meu passe. Fiz a minha estreia com 17 anos, já assim.



E você era volante no início, certo? O que te fez mudar?

Eu joguei sub-17 de volante e joguei no Libertad como volante também. Fui virar zagueiro na seleção sub-20. Deu tempo de aprender um pouco como volante, porque joguei por dois ou três anos. O treinador da base naquela época, por recomendação do Tata Martino, que era o treinador da principal, me orientou a jogar como defensor. Acho que foi uma decisão acertada na minha carreira (risos).



Como era a estrutura do seu time?

Como é normal aqui no Brasil também, o time não tem muita estrutura. Mas era legal, porque eu desfrutei e aprendi muito com eles do time. Graças a eles eu estou aqui hoje, jogando profissional, com uma boa carreira esportiva e isso é muito bom para mim.



Se não fosse jogador, você teria seguido carreira para onde?

Eu trabalhei sempre com procuradores e pensava em seguir como advogado. Mas Deus estava preparando outra coisa para mim.



Por que você considera que não deu certo no Milan?

Foi uma experiência muito boa, um primeiro ano muito bom, com chances em jogos. No segundo ano, o Milan contratou jogadores de alto nível. Eles estavam com Bonucci, Musacchio, Romagnoli, Zapata... a concorrência era difícil. Mas não estou arrependido de ter ido, aprendi muito e acho que me ajudou na carreira.



Como foi a decisão de sair? Por que aceitar o Palmeiras?

Minha intenção sempre foi sair para ir para um time que me desse chance de jogar e brigar por coisas importantes. Poderia ficar na Europa e ficar em times menores que o Milan ou ir para Turquia, mas eu sempre quis ir para uma liga competitiva e acho que a melhor decisão da minha carreira foi vir para o Palmeiras. Eu me adaptei rápido, com ajuda dos companheiros, o Felipão me ajudou muito e conseguimos conquistar o Brasileirão de 2018, que foi muito importante.



Qual era a sua expectativa antes de chegar sobre o Brasileirão?

Eu tinha a informação daqui. Eu falei com Balbuena e Romero, os dois estavam no Corinthians na época. Falei com Barrios, que também estava por aqui. Eles me explicaram que a liga era boa, competitiva, rápida. E acho que é isso. Agora que estou aqui, a liga é assim mesmo. Rápida, com times intensos. A intensidade que se joga aqui com certeza é uma das maiores da América. Eu me adaptei rápido e agora estou desfrutando.



O Flamengo está muito à frente de vocês?

Eu acho que a gente teve nosso momento de 2018 até a metade do ano. Futebol é assim. É o momento. Eles estão bem e nós estamos trabalhando para buscar os títulos.



Felipe Melo e Gustavo Gómez são os zagueiros do Palmeiras com Vanderlei Luxemburgo - Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Felipe Melo e Gustavo Gómez são os zagueiros do Palmeiras com Vanderlei Luxemburgo

Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Como Vanderlei Luxemburgo tem ajudado vocês neste trabalho?

O professor tem muita experiência, tem tranquilidade de lidar com o grupo. Ele gosta muito da posse de bola, de pressionar em cima. Estamos trabalhando devagar, mas com passos seguros. Isso é muito importante para brigar por tudo.



O Luxa recuou o Felipe Melo para jogar ao seu lado. Como tem sido a adaptação?

Estamos bem, nos falando bastante no dia a dia, de jogo a jogo, complementando melhor um ao outro. É mais fácil quando isso acontece com um jogador que é experiente. O Felipe tem as características boas para isso. É forte no jogo aéreo, é forte fisicamente e se posiciona bem. A gente se fala o tempo inteiro, não só nos treinos e não só entre nós, mas com todos da defesa.



Um novo parceiro de idioma chegou no Palmeiras. Como ficou o Viña após a estreia?

Ele ficou muito feliz pela estreia, pela vitória, pela sensação de jogar no Allianz. Ficou muito feliz, acho que vai ajudar muito o Palmeiras. É um jogador de seleção, forte, rápido, tem tudo para jogar bem aqui e ajudar. Vai virar um jogador muito importante.















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