Verdão sobreviveu a quedas e virou exemplo provando honra na Série B

26/8/2014 11:08

Verdão sobreviveu a quedas e virou exemplo provando honra na Série B

Verdão sobreviveu a quedas e virou exemplo provando honra na Série B

Marcos recusou oferta milionária do Arsenal e, um ano após ser campeão do mundo, foi santo também na Série B



A história do Palmeiras mostra que o clube “sabe ser brasileiro”, já que é quem mais tem títulos nacionais na história do País. E mesmo rebaixamentos não conseguem parar o gigante quase centenário. Em duas passagens pela Série B, o time ostentou a sua fibra e virou exemplo de superação, sempre definindo suas voltas dentro de campo, levantando-se apenas com suas próprias forças depois de cair.



Envergonhado com o rebaixamento em 2002, o Verdão foi o primeiro clube grande a não apelar para nenhuma forma de virada de mesa. Caiu junto com o Botafogo e transformou sua pior adversidade em reviravolta. Não aprendeu a lição como deveria, já que também sofreu com o descenso em 2012, mas sempre mostrou capacidade para se levantar apoiado na torcida que canta e vibra.



Em 2003, a equipe teve um caminho perigoso e não aceitou se esconder na própria vergonha. O elenco passou por intensa reformulação, trocando o rebaixado Levir Culpi pelo técnico Jair Picerni e encarou uma segunda divisão que só dava duas vagas na elite, tendo o Botafogo como adversário e potenciais surpresas, como Sport e Náutico. O regulamento também dava pouca chance para tropeços.



A Série B de 2003, a primeira com clubes grandes do País, tinha todos os 24 concorrentes se enfrentando em turno único e oito se classificavam, dividindo-se em dois grupos de quatro, com os componentes de cada um se enfrentando em ida e volta. Os dois líderes de cada chave ainda encaravam um quadrangular, também com dois turnos, para definir os dois que subiriam.



A aposta em Jair Picerni se deve ao trabalho do técnico no São Caetano, clube que foi além de seu próprio orçamento chegando às finais dos Brasileiros de 2000 e 2001 e da Libertadores de 2002 com o técnico. A reformulação também passou pela diretoria, com a chegada do diretor de futebol Fernando Gonçalves.



Mas o presidente Mustafá Contursi resistiu aos protestos da torcida, sendo mantido na função graças aos votos dos conselheiros.



Antes da Série B, o palmeirense sofreu em 2003. Caiu na semifinal do Paulista perdendo por 4 a 2 do Corinthians, levando três gols do adversário nos primeiros 15 minutos do jogo que comprovou as deficiências do elenco, já que atuou sem zagueiros por falta de opção. Índio, que poderia atuar, foi dispensado porque Fernando Gonçalves declarou que ele “tinha o diabo no corpo” em convulsões no vestiário, mas, anos depois, virou ídolo e campeão no Inter.





Palmeiras passou vergonha antes da Série B e confiou em jovens para subir sem sofrer sustos em 2003



O vexame aumentou com a derrota por 7 a 2 para o Vitória, nas oitavas de final da Copa do Brasil, no Palestra Itália. O ídolo Zinho acabou rescindindo com o clube, o diretor Fernando Gonçalves saiu e o time se baseou em jovens. Mas tinha alguém maior do que isso: Marcos, que recusou proposta milionária do Arsenal em janeiro e até convocação da Seleção Brasileira para jogar a Série B.



A equipe demorou a engatar, só conseguindo vencer na quarta rodada, mas logo o lateral esquerdo Lúcio, o volante Magrão, o meia Diego Souza e o atacante Vagner Love se tornaram destaque do time que subiu com sobras, passando por cima do perigoso regulamento e até do Botafogo para ficar com o título. Todos os destaques citados viraram motivo de ira para alguns torcedores, mas, na Série B, receberam aplausos, já que a campanha com 74% de aproveitamento e apenas três derrotas pouco deu sustos.



A expectativa era de lição aprendida, tanto que, nas duas participações seguintes na primeira divisão, o Verdão chegou a ser líder e foi à Libertadores. Mas flertou com o rebaixamento em 2006 e, sem regularidade ou poder de decisão desde então, conviveu com altos e baixos até ser vítima da própria euforia pela conquista da Copa do Brasil de 2012.



O técnico Luiz Felipe Scolari não conseguiu mais ter comando sobre o time, quase sempre sem o machucado Valdivia, e foi demitido semanas antes de voltar à Seleção Brasileira.





Gilson Kleina superou goleada em Mirassol e críticas públicas do presidente para fazer festa na Série B



Gilson Kleina não evitou o rebaixamento, mas, por falta de opção e multa contratual, recebeu do recém-empossado presidente Paulo Nobre, em janeiro de 2013, o aval para reerguer o Verdão. O regulamento de pontos corridos com 38 rodadas para definir os quatro que subiriam era mais fácil do que em 2003, mas a reformulação não escapou de vexames.



Kleina logo perdeu Barcos, artilheiro do time em 2012 e negociado com o Grêmio, e tinha 18 jogadores à disposição no início do ano. O goleiro Fernando Prass foi o único que chegou sem contestações e o criticado elenco perdeu por 6 a 2 para o Mirassol no Paulista.



Ainda sem Valdivia em campo, a equipe caiu nas primeiras fases eliminatórias tanto no Paulista quanto na Libertadores. O time chegou à parada da Série B na Copa das Confederações sem ocupar a liderança.



Mas o time teve três semanas só para treinar, conseguiu colocar Valdivia em condições de jogo, contratou Alan Kardec e contou com a boa fase de Leandro, além de Henrique, convocado mesmo jogando a segunda divisão, para encaminhar mais um título que a torcida prefere esquecer, tanto que vaiou a equipe no jogo do acesso, um fraco 0 a 0 com o São Caetano em Pacaembu lotado.



Mas nem as críticas públicas de Nobre a Kleina pela eliminação na primeira fase disputada na Copa do Brasil tiraram o rumo do time, que teve 69% de aproveitamento na Série B.





Torcida chegou a vaiar o time no jogo do acesso, mas elenco fez festa pelo título que nunca desprezaram



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2814 visitas - Fonte: Gazeta Esportiva

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