100 anos de Verdão: Crônica especial e a visão do fim da fila por Sérgio

26/8/2014 12:23

100 anos de Verdão: Crônica especial e a visão do fim da fila por Sérgio

12 de junho de 1993: o amor ao Palmeiras foi celebrado. Foi o fim da longa agonia de palmeirenses de todos credos e idades

100 anos de Verdão: Crônica especial e a visão do fim da fila por Sérgio

Time perfilado antes do jogo da final no dia 12 de junho de 1993 (Foto: Gazeta Press)



'Visão do título', por Thiago Salata



O garoto de dez anos abraça o pai de 38, emocionado. O adolescente de 16 vibra como nunca havia vibrado em toda a vida. O fanático de 22 vai ao delírio: é o fim de anos de gozações.



O senhor de 60 volta a sentir o gosto de gritar: “é, campeão!”. Várias gerações de palmeirenses entraram em êxtase no dia 12 de junho de 1993, o Dia dos Namorados em que só o amor ao Palmeiras foi celebrado. O primeiro esquadrão da “Era Parmalat” evitou que o jejum, iniciado em 18 de agosto de 1976, completasse 17 anos.



A conquista é, para muitos, a maior da história do Alviverde.

Sérgio não passava confiança ao palmeirense, mas nenhuma bola passou naquela tarde de sábado. Mazinho dominou a lateral direita no mesmo ano em que tornou-se um monstro no meio de campo.



Antônio Carlos, sem dúvidas um dos melhores da história do clube na posição, tomou conta da defesa, dando força ao pouco talentoso, mas muito raçudo e ainda mais idolatrado, Tonhão. Roberto Carlos deixou Araras para encantar primeiramente os palmeirenses e, depois, o mundo.



Frasson, dos dos “desconhecidos” do time, jamais será esquecido. César Sampaio, um dos maiores em 100 anos de Verdão, ergueu a primeira de muitas taças importantíssimas. Zinho acertou de direita um chute que, não fosse aquela uma tarde mágica, só acertaria de esquerda. Edilson era um rápido capeta ainda querido pelos palmeirenses.



Edmundo saiu do Rio para conhecer um novo, verdadeiro e eterno amor. Evair... Bem, Evair. O camisa 9 sabe o que sofreu nos anos amargos que antecederam 1993. Foi o símbolo do título, de abraços abertos para os milhões de torcedores que se sentiram abraçados depois dos 4 a 0.



Todos sob o comando do talentoso e “faminto” Vanderlei Luxemburgo, que soube controlar egos para montar seu primeiro grande time.



O maior jejum em 100 anos terminou contra o maior rival. O sabor não seria o mesmo se corintianos não estivessem do lado aposto da arquibancada do lotado Morumbi. Em 100, 200 ou 300 anos de história, o Palmeiras sempre exaltará e celebrará o histórico dia 12 de junho de 1993.



'Foi o melhor time da minha carreira', por Sérgio



Goleiro campeão paulista em 1993



"Esse título ficou marcado para sempre na minha carreira. Foi o meu primeiro Campeonato Paulista. Eu substituí o Velloso no quarto jogo e aí eu segui com o time até as finais, quando nós conseguimos o título que o Palmeiras não ganhava havia 17 anos.



Por onde eu passo, os palmeirenses têm esse time como uma seleção. Eu, jovem, com 22 anos, fiquei marcado junto com essa seleção porque fui o goleiro do time que tirou o Palmeiras da fila. Isso me deixou muito conhecido na história do clube.



Um fato que muito nos ajudou no último jogo foi a comemoração do gol do Viola no primeiro jogo. Até hoje muita gente pergunta sobre a imitação do Viola do porco. Quando nós ficamos uma semana concentrados em Atibaia, trabalhamos com muitas adversidades e isso foi o motivo pelo qual o Palmeiras teve aquela reação.



Eu lembro bem que foi uma semana tumultuada, com cobranças duras dos torcedores porque perdemos o primeiro jogo. O Vanderlei trabalhou muito em cima do que foi feito pela imprensa das imagens do Viola imitando o porco, que menosprezou o Palmeiras.



Outra coisa que não esqueço. Quando o Evair foi bater o pênalti na prorrogação, como eu tinha treinado com ele a semana inteira, ele tinha batido dez pênaltis e eu não tinha pego nenhum, eu sabia que ia ser muito difícil de ele perder.



Eu senti que ele poderia fazer o gol. Evair o fez e nos deu o título. Quando terminou, eu e o Roberto Carlos nos abraçamos e comemoramos muito porque foi o nosso primeiro título na carreira.



Foi o melhor time que joguei na minha vida. Eu estava começando e, como todo goleiro que começa, tinha defeitos e, com o tempo, fui aprendendo e melhorando. O importante é que eu tinha aquele pé-quente, pois quando eu era exigido, estava no time certo e na hora certa. Fui o goleiro daquela seleção.



A oportunidade apareceu, eu aproveitei e consegui ficar marcado na história do clube."





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