Paulo Nobre e a incrível arte de acabar com sua própria festa

do passado ficaram em segundo plano; Paulo Nobre prometeu surpresa e não cumpriu





Festa do Centenário do Palmeiras. Muita gente importante reunida, ídolos do passado, jornalistas respeitados, celebridades palmeirenses e outros poucos sortudos torcedores que tiveram condições de pagar os R$ 1.200,00 pedidos pela entrada. O ambiente, que deveria ser festivo, ficou com um gostinho de decepção. Faltou o presente aos milhares de torcedores que sofrem com as péssimas campanhas do time nos últimos anos.



Evair, o matador, um dos maiores atacantes da história do clube chega ao local e, quando todo mundo pensa que os jornalistas o perguntarão sobre a data importante e seus feitos pelo clube, eis que o eterno camisa 9 começa a falar sobre a (mais uma) negociação melada com Ronaldinho Gaúcho. Lúcio chega, e o assunto, adivinhem: o ex-camisa 10 do Barcelona. O ex-presidente Arnaldo Tirone, vejam só, dá seus pitacos sobre…a incompetência da diretoria em contratar o ex-meia da seleção brasileira.



Ronaldinho Gaúcho roubou o brilho da festa do centenário alviverde.



Paulo Nobre, o presidente, está se mostrando um executivo dos mais estabanados. E, mais uma vez, ele conseguiu o que poucos acreditariam que seria possível: manchar ainda mais a festa do centenário do clube que ele preside. Se já não bastasse a 16ª colocação na tabela do Brasileirão, uma acima da ingrata zona do rebaixamento e um time que só mancha a história centenária, o ex-piloto de ralí conseguiu atrair todas as atenções da noite para a sua incompetência em contratar craques à altura do time que ele lutou tanto para presidir.



E, pasmem, a missão de Paulo Nobre era até fácil. Nesse momento tão delicado a única coisa que ele poderia fazer seria apresentar uma festa de centenário que respeitasse a única coisa boa que resta do time hoje, a sua história. E estava tudo muito bem organizado, só que, do início, ao fim, o torcedor palmeirense ficou com a expectativa de que, não, dessa vez a diretoria tinha negado a contratação para fazer a surpresa. E ela não veio mesmo.

Aliás, boa notícia para o torcedor palmeirense chega a ser utopia e comemorar, olha só, é só o que o time fez no passado mesmo.



Nos fracassos passados, Nobre culpou Alan Kardec e Barcos. Agora, a culpa pelo papelão no centenário é toda dele. Ele sabia que Ronaldinho e Assis eram sujeitos difíceis. Ainda assim, ele foi atrás, investiu. Segundo o programa Papo de Craque, da rádio Transamérica dessa terça-feira, o mandatário palmeirense anunciou que a festa teria uma “surpresa para os torcedores. Assim, ele chamou todos os holofotes para o tal ‘presente’ do centenário.



E, mais uma vez, o torcedor palmeirense foi judiado, mal tratado, feito de bobo. Ronaldinho, que todos sabem, seria essa surpresa, não vem mais. E mais uma vez, assim como aconteceu com a renovação de Alan Kardec, foi por pouco. E dessa vez, tem um agravante: ele chamou a atenção da mídia para a tal surpresa e sequer pensou duas vezes antes de ceder as exigências de Assis e cumprir a sua surpresa. Não tem desculpa. Conduziu de maneira amadora mais uma negociação.



E a festa da Sociedade Esportiva Palmeiras, que tinha tudo para ser linda ao relembrar a sua gloriosa história, escrita por craques inesquecíveis, se tornou só a festinha do Paulinho. O, espero, mandatário tão esquecível quanto a sua festinha.