Dorival dá nesta sexta seus primeiros passos à frente da equipe palmeirense (Foto: Marcelo Hazan)
O técnico Dorival Júnior não terá vida fácil no Palmeiras. Depois de assistir das tribunas do estádio Independência à eliminação na Copa do Brasil, diante do Grêmio, na última quinta-feira, o técnico começa a trabalhar efetivamente nesta sexta-feira.
Ele comandará durante a tarde o primeiro treinamento na Academia de Futebol, com um foco prioritário: afastar o Verdão da zona de rebaixamento do Brasileirão.
Eliminar o risco de queda para a Série B no ano do centenário é a missão número um do novo comandante. Conseguir tal objetivo, aliás, renderá a ele uma premiação, prevista no contrato assinado até junho de 2015.
Para isso, o Verdão terá de melhorar o aproveitamento na competição, hoje de 31,5% (17 pontos em 18 jogos, na 16ª posição). Desde que o Brasileirão passou a ter 20 clubes, em 2006, times com 46 pontos jamais caíram, exceção feita ao caso do Fluminense no ano passado, comandado pelo próprio Dorival.
O Tricolor carioca seria rebaixado com essa pontuação, mas o STJD tirou pontos da Portuguesa por escalar Héverton de forma irregular, e a Lusa caiu com 44 pontos.
Dessa forma, o Palmeiras precisaria de mais 29 pontos em 20 partidas para atingir a pontuação segura (aproveitamento necessário de 48% nesses jogos). A reação pode começar na estreia de Dorival, domingo, contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada, em Curitiba.
No Atlético-MG, em 2010, o treinador obteve êxito na missão de evitar o rebaixamento, feito não repetido com o Vasco, também no ano passado, quando deixou o time antes da consolidação da queda.
Além de resolver os problemas do time no campo, o treinador terá de conviver com a indefinição na situação de Wesley. O volante tem ótima relação com Dorival, construída no Santos de 2010, mas a negociação pela sua renovação está arrastada desde o início do ano.
Com vínculo até fevereiro de 2015, o jogador está apto a assinar um pré-contrato com outro clube, fato que preocupa a diretoria nos bastidores. Interessado no jogador, o São Paulo acompanha a situação de perto e é um dos destinos possíveis do atleta, que tem uma lesão no músculo adutor da coxa direita.
Outras referências técnicas do time, Valdivia e Fernando Prass também se recuperam de lesões e ainda não têm previsão de retorno aos gramados. Problemas acumulados que tornam a situação do Palmeiras preocupante na reta final do ano do centenário.
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