O Palmeiras começa a partida bem, mas se desestabiliza após o primeiro sinal de adversidade. A defesa e o goleiro Fábio falham. No ataque, falta organização, e o centroavante desperdiça chances claras. Tudo isso compõe o relato da derrota desta quinta-feira, diante do Atlético-MG, mas poderia ser livremente encaixado na história dos últimos jogos do alviverde.
Prestes a assumir o time, Dorival Júnior foi ao Indepedência. Antes do apito soar para o intervalo, o novo técnico já tinha assistido a um resumo de todos os elementos que compõe a crise que assola o Palmeiras , eliminado da Copa do Brasil e 16º no Brasilerão, com apena s 17 pontos em 18 rodadas.
Fábio já havia falhado contra Sport , São Paulo e Internacional . Nesta quinta, voltou a mostrar insegurança no primeiro gol do Atlético -a falha desordenou o time, que havia começado bem, mas acabou tendo uma das piores atuações do ano.
O bom começo, seguido de apagão após dificuldades também não é novidade: aconteceu no clássico contra o São Paulo e na última partida diante do Internacional , pelo Brasileirão.
Os gols perdidos por Henrique, como o desta quinta, aos 46 minutos, tampouco são inéditos: o atacante havia desperdiçado chances de mudar a história das partidas contra o São Paulo e contra o Cruzeiro , e perdeu um pênalti no primeiro confronto com o próprio Atlético pela Copa do Brasil .
São problemas que precisarão ser resolvidos por Dorival. Na retaguarda, a volta de Fernando Prass, lesionado, ajudará a diminuir a pressão sobre o jovem Fábio. Até lá terá as opções Bruno e Deola -os dois são vistos com ressalvas pela torcida, que pode pressionar caso o comandante opte pela troca.
No comando do ataque, além de Henrique, a alternativa é Cristaldo. O argentino, porém, ainda não está na forma física ideal. Os problemas emocionais da equipe também terão que ser resolvidos para afastar o fantasma do rebaixamento.
A chance de algum grande reforço é remota, já que o clube tem boa parte das receitas comprometidas pelas gestões anteriores, e tem sobrevivido graças a empréstimos repassados pelo presidente Paulo Nobre -já são R$ 103 milhões, que começam a ser pagos em 2015.
Os primeiros 45 minutos testemunhados por Dorival no Independência são um retrato do que o espera, possivelmente um dos maiores desafios de sua carreira. Tempo para treinar também estará em falta: o primeiro confronto é no domingo, diante do Atlético-PR, e o calendário não ajuda: uma maratona de jogos vem na sequência: quarta-feira, sábado, quarta-feira novamente e domingo.
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