Palmeiras e São Paulo já disputam shows de 2015; Timão só observa

5/9/2014 13:19

Palmeiras e São Paulo já disputam shows de 2015; Timão só observa

Construtora da Arena do Verdão sonha faturar alto num mercado em que o Tricolor vinha reinando soberano; Corinthians, a princípio, não pretende entrar na briga

Palmeiras e São Paulo já disputam shows de 2015; Timão só observa

Paul McCartney deverá fazer o primeiro grande show do Allianz Parque (Foto: Arquivo / Agência Estado)



Ótima localização, estrutura pronta para produtores e conforto para o público. A construtora WTorre confia nesse tripé para apontar que o Allianz Parque, o renovado estádio do Palmeiras, será o principal palco para grandes shows em São Paulo, roubando atrações – e, principalmente, receitas – do Morumbi. Já a Arena Corinthians, em Itaquera, deve continuar fora da disputa por megashows.



A WTorre, responsável pela obra e gestão da arena de R$ 630 milhões, quer demonstrar seu poderio logo de cara, com duas atrações de peso: Paul McCartney será o responsável pelo primeiro megaconcerto no local, no fim de novembro; em março do ano que vem, será a vez dos Rolling Stones tocarem na casa palmeirense. Os anúncios serão feitos tão logo o estádio, em fase final de reconstrução, tenha superado os trâmites burocráticos para funcionar – os primeiros eventos-testes começam no final do mês.



A ideia é que as principais estrelas internacionais tenham sempre o Allianz Parque como palco quando suas turnês passarem pela cidade. Com capacidade para receber até 55 mil pessoas, a Arena do Palmeiras iniciará uma batalha de bastidores que irá mexer com os cofres dos grandes clubes paulistas.



O São Paulo tem caminhado sem concorrência até agora nessa área. Há anos o Morumbi é o local “oficial” dos maiores shows na capital, o que engorda as receitas do Tricolor.



Em 2013, de acordo com o balanço publicado pelo clube, o estádio rendeu R$ 3,7 milhões em aluguéis – foi um ano magro se comparado a 2012 (R$ 8,4 milhões) e, principalmente, 2011 (R$ 11,8 milhões). Estima-se que a diretoria cobre, em média, R$ 1,5 milhão por data, valor que é a referência dos dirigentes da arena palmeirense.



A diminuição neste tipo de receita, porém, se dá mais por uma retração do mercado do que pela indisposição dos cartolas de ceder sua casa para os shows – o clube não se importa de fazer seu time jogar temporariamente em outros lugares para que o Morumbi possa receber uma apresentação musical. Arena Barueri e Pacaembu são os estádios usados pela equipe tricolor quando sua "casa" está sendo usada para shows.





Beyoncé é uma das artistas que se apresentaram nos últimos anos no Morumbi (Foto: AFP)



Para a WTorre, a região onde está situado o Allianz Parque, entre os bairros de Perdizes e Pompeia, bem próxima ao centro da cidade, é um dos seus maiores trunfos.



Com estações de metrô e trem a distâncias curtas, o público teria sua chegada e saída do estádio facilitadas, uma das principais críticas ao Morumbi, que fica na zona sul, a 15km do centro.



Além disso, a oferta de vagas de estacionamento seria outro ponto a favor: são 2.000 vagas na arena e outras 4.800 em shoppings centers ao redor. Os espectadores também teriam mais conforto, já que todos os assentos de arquibancadas são cobertos e as instalações são mais modernas do que as oferecidas pelo rival.



Mas, para convencer as produtoras, o Allianz Parque faz contas e estima que um grande evento por lá possa ficar até R$ 1 milhão mais barato por conta das estruturas que o estádio já oferece e que não precisariam ser alugadas pelos clientes.



A projeção é que a arena receba ao menos quatro grandes shows por ano – em 2014, por enquanto, o Morumbi teve apenas três datas preenchidas, com o Metallica, em março, e o One Direction, que fez duas apresentações em maio, essas últimas herdadas do Allianz Parque, que não ficou pronto a tempo.



Para alcançar essa meta e a que prevê a realização de até 300 eventos de todos os tipos no estádio anualmente, a WTorre fechou contrato de dez anos com a AEG, gigante americana que já administra uma série de grandes arenas pelo mundo, como o Staples Center, em Los Angeles, e a O2, em Londres.



Não há cláusulas que obriguem a companhia, que também organiza turnês de artistas de renome – Rolling Stones e The Who, entre eles –, a colocar seus músicos para tocar no local, mas isso é tido como um caminho natural da parceria.





Gramado da Arena Corinthians, a princípio, não deverá ser usado para shows (Foto: divulgação/World Sports)



A concorrência com o estádio do Palmeiras preocupa o São Paulo, que chegou a preparar um projeto de reforma do Morumbi de R$ 460 milhões para construir cobertura, estacionamento e uma arena para apresentações menores. A proposta, porém, foi barrada no Conselho. O presidente Carlos Miguel Aidar trabalha em uma nova opção, que deve ser apresentada aos conselheiros até o final do ano.



Ao contrário do São Paulo, o Palmeiras terá que dividir com a WTorre os valores obtidos com esses eventos em seu estádio. O contrato, que dá à construtora a gestão do Allianz Parque por 30 anos, reserva ao clube 20% da receita líquida, percentual que sobre 5% a cada cinco anos.



O outro grande estádio da cidade, a Arena Corinthians não deve brigar com a casa de seus rivais nesta disputa por megashows. O clube não pretende realizar apresentações sobre seu gramado e prevê a realização deste tipo de evento apenas nos estacionamentos do lugar, para públicos menores, de até 20 mil pessoas. O Alvinegro diz que ainda não recebeu sondagens do tipo.



A maior concorrência é comemorada pelas produtoras, que devem se beneficiar em negociações. Para o público, porém, não deve resultar em baixa nos valores dos ingressos. O aluguel do estádio representa cerca de 15% dos custos totais de uma apresentação de grande porte, impacto insuficiente para fazer os tíquetes ficarem mais baratos.





Telão da nova casa palmeirense foi testado com DVD de show dos Stones; em março tem show (Foto: Marcos Ribolli)





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6234 visitas - Fonte: Ge

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