Nobre não cumpriu a promessa de contratar um manager (Foto: Tom Dib/Lance!PRESS)
Em 2009, quando era auxiliar de Muricy Ramalho, Jorginho viajou à Argentina para observar uma promessa do Banfield. Viu só uma partida, o tal jogador não foi bem e a contratação acabou descartada. Além de tudo, ele parecia estar acima do peso.
A história, revelada pelo próprio Jorginho à Fox Sports, escancara uma deficiência antiga do Palmeiras porque seu protagonista era “só” o colombiano James Rodríguez, hoje no Real Madrid.
O clube precisa criar urgentemente um departamento especializado em analisar jogadores. Ver DVDs e assistir a alguns jogos in loco não basta, tanto que o craque colombiano foi descoberto pelo Porto meses depois e hoje é um dos jogadores mais valiosos do mundo.
O último atleta de sucesso garimpado pelo Palmeiras talvez tenha sido o argentino Hernán Barcos, bom achado de Arnaldo Tirone em 2012, já com 27 anos. Tente citar o último jovem que o clube descobriu por meio de análises detalhadas de desempenho. Difícil…
Um clube do tamanho do Palmeiras não pode ser refém de jogadores oferecidos por empresários e indicações de técnicos. Não é aceitável que, após uma difícil negociação, a comissão técnica se assuste com a forma física de Bruno César em sua apresentação.
Um departamento especializado pode até custar caro – talvez seja essa a explicação para a inexistência do manager prometido em campanha por Paulo Nobre -, mas o retorno certamente compensa. Aberrações como o contrato de Weldinho, válido até o fim de 2016, seriam evitadas.
Seria possível perceber que valeria mais a pena investir em Lucas Pratto, melhor jogador em atividade na Argentina, do que em Mouche, Cristaldo e Allione juntos. Além disso, o clube conseguiria apresentar boas opções do mercado brasileiro a Ricardo Gareca, o que evitaria a formação de uma “legião hermana” que ficou órfã com a saída do técnico.
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