Luxemburgo se reuniu com o palmeirense Paulo Nobre em maio, mas o clube optou por Gareca
As sete vitórias em nove jogos de Vanderlei Luxemburgo à frente do Flamengo garantiram a alegria da torcida mais populosa do Brasil e causaram arrependimento no Palmeiras. Muito arrependimento. O treinador estava praticamente fechado no Verdão em maio, mas o presidente Paulo Nobre desistiu do acordo na última hora, por pressões políticas.
Luxa acabou indo para o Flamengo, tirou o time da lanterna do Brasileiro – hoje é o 9º colocado – e garantiu vaga nas quartas de final da Copa do Brasil. Já Gareca venceu uma vez, empatou uma e perdeu sete no Brasileirão, com aproveitamento pífio de 14% dos pontos.
Além dos péssimos resultados em campo, Gareca causou rombos aos cofres alviverdes. Sua demissão custou quase R$ 1 milhão, entre a multa rescisória e encargos trabalhistas. O treinador ainda indicou quatro jogadores, que custaram R$ 23 milhões.
Paulo Nobre chegou a afirmar que contou com a ajuda de investidores para contratar Mouche, Allione, Cristaldo e Tobio. Porém, o COF (Conselho de Orientação Fiscal) descobriu que todo o dinheiro foi obtido de empréstimos do próprio presidente.
“Eu e muita gente aqui no Palmeiras temos convicção de que o Luxemburgo aplicaria bem melhor esses R$ 23 milhões”, admite um braço direito de Paulo Nobre, que também se arrependeu da investida em um treinador estrangeiro.
Com os R$ 23 milhões, a dívida do Palmeiras para com Paulo Nobre chegou a R$ 126,4 milhões. Ele já havia pegado R$ 103,4 milhões emprestados e repassado ao clube desde que assumiu a presidência, em janeiro do ano passado.
O valor, inclusive, já tem data para ser devolvido: o Conselho Deliberativo aprovou a devolução do dinheiro a partir de maio de 2015 – o prazo para a quitação dos mais de R$ 100 milhões é de 12 ou 15 anos.
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