Wesley, volante do Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli)
Horas depois de o GloboEsporte.com publicar a informação de que Wesley disse à diretoria palmeirense ter sido agredido por um torcedor há pouco mais de um mês - relato confirmado pela assessoria de imprensa do Palmeiras e também por membros do estafe do próprio volante -, o jogador usou uma rede social para se manifestar. Ele fala em "inverdades e fatos distorcidos" e afirma que não precisa "arrumar desculpas para uma possível saída". Vale ressaltar que o termo "agressão" foi usado pela assessoria de imprensa do Palmeiras, e que o estafe do volante fala em "entrevero".
- Bom, gente, venho aqui esclarecer algumas coisas que andam publicando ao meu respeito, algumas inverdades e fatos distorcidos. Quero deixar bem claro que aonde passei nunca tive problemas individuais e muito menos com os grupos dos quais trabalhei. Agora vieram com mais essa história de agressão. Bom, eu nunca me pronunciei e sempre fiquei quieto para não criar tumulto em torno disso e vir a prejudicar a equipe. Tenho um carinho e respeito muito grande pelo Palmeiras, por isso vim aqui falar principalmente a toda nação palmeirense que tudo isso vai ser bem esclarecido. Não preciso arrumar desculpas para uma possível saída. Hoje estou focado na minha recuperação para poder ajudar o quanto antes, porque o Palmeiras é muito grande para nos deixar abater nesses pequenos detalhes. Boa noite - disse Wesley, em depoimento no Instagram.
Entenda o caso
Wesley procurou a diretoria do Palmeiras para relatar uma suposta agressão por parte de um membro de uma torcida organizada, em frente ao prédio dele, em São Paulo. O caso teria ocorrido há mais de um mês, segundo o jogador, mas o relato foi feito duas semanas depois. Por conta da demora e da falta de provas - não há, por exemplo, um Boletim de Ocorrência -, dirigentes do Verdão suspeitam que Wesley esteja "forçando a barra" para sair. O contrato dele termina em fevereiro.
Procurada, a diretoria do Palmeiras, via assessoria de imprensa, confirma ter ouvido de Wesley a história de que ele foi agredido por um membro de uma organizada - o diretor executivo José Carlos Brunoro foi quem ouviu do jogador o relato da agressão.
Em off - ou seja, com a condição de que não fosse identificado na reportagem -, outro dirigente disse duvidar da versão do volante, afirmando que ele estaria usando isso como desculpa para não aceitar a proposta palmeirense de renovação, preparando o terreno para sua saída do clube.
O dirigente salienta que Wesley levou o caso à tona justamente ao ser cobrado por Brunoro sobre uma resposta para a oferta de prorrogação do vínculo. Brunoro, aliás, chegou a perguntar se Wesley poderia identificar quem o agrediu, e o volante respondeu que não queria mais tocar no assunto.
Também em off, uma pessoa do estafe de Wesley usou a palavra "entrevero" para se referir ao ocorrido, negando que tenha havido uma "agressão de fato". Segundo a fonte, o volante "levou uma prensa" de um torcedor.
A renovação de contrato é vista como improvável tanto pelo Palmeiras como pelo estafe do jogador. Com uma lesão na coxa, Wesley não joga desde o fim de agosto e até já poderia assinar com outro clube. O Palmeiras tentou abrir negociação para renovação, mas encontrou resistência. Em entrevista à rádio Jovem Pan, o diretor executivo José Carlos Brunoro cobrou uma resposta de Wesley sobre a oferta para prorrogação do vínculo, mas o empresário do jogador, Antonio Bahia, rebateu, deixando claro não ter pressa para acertar com o Verdão. O São Paulo seria um dos clubes interessados no volante.
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