De volta, estádio do Palmeiras gera R$ 340 mi por ano em receitas para WTorre

26/9/2014 16:38

De volta, estádio do Palmeiras gera R$ 340 mi por ano em receitas para WTorre

De volta, estádio do Palmeiras gera R$ 340 mi por ano em receitas para WTorre

Foi uma longa espera – desde julho de 2010 – para que o Palmeiras pudesse voltar a jogar em seu estádio, cujo primeiro evento-teste, a estreia de um documentário para 3 mil convidados, está marcada para este sábado. Longa espera também para ter toda a receita que o Allianz Parque, como foi rebatizado, promete. Hoje a soma de naming rights, camarotes, alimentação, estacionamento e patrocínios chega a cerca de R$ 340 milhões anuais. A seguir, entenda como a WTorre, construtora que pagou a reconstrução, vai recuperar os R$ 630 milhões que investiu e lucrar durante o período de 30 anos em que terá a gestão da arena palmeirense.



Naming rights

Demorou, mas mercado e público entenderam que vender nome de estádio não dá tanto dinheiro quanto se alardeou anos atrás. A Allianz assinou um contrato de R$ 300 milhões pelo período de 20 anos, portanto R$ 15 milhões por ano, para rebatizar o estádio do Palmeiras. Deu opções, fez uma enquete com a torcida, e se decidiu por Allianz Parque.



Camarotes

O estádio palmeirense tem 188 camarotes. Nem todos estão à venda, porque vários tiveram de ser reservados para Palmeiras e WTorre, times visitantes, parceiros comerciais como Allianz, Gocil e Diletto, e até futuros patrocinadores do clube. Hoje não há nenhuma marca na cota máster da camisa, por exemplo, mas, quando houver, esta empresa vai querer um camarote no estádio. E vai ter. Sobraram cerca de 120 para ser comercializados.





A venda foi feita pela WTorre em parceria com a Traffic. Hoje, com cerca de 85% dos camarotes à venda já reservados, a receita anual chega a quase R$ 80 milhões anuais.



Os preços dos camarotes variam conforme alguns critérios. Os que estão mais próximos do centro do campo, pela melhor visibilidade, são mais caros. Os que estão na região do anfiteatro, onde estão previstos de 40 a 50 shows por ano para 15 mil pessoas, por terem visão do palco, também. E, claro, o custo varia de acordo com o número de pessoas que o local comporta – 12, 17, 18 ou 21.



A operação desses camarotes será feita por uma equipe interna da WTorre, mas haverá parceria com a CSM, dona da Golden Goal, para serviços premium. Esta empresa estará encarregada de dar trato fino aos compradores mais endinheirados. Vai recepcionar, colocar pulseira, levar ao camarote, facilitar no transporte, entre outros mimos.



Há também dois lounges e um espaço que a construtora chamou de Business Club. Nele, grupos de quatro torcedores podem alugá-lo para ter um serviço melhor do que nas arquibancadas, porém sem a exclusividade de um camarote, pois vão dividir um “camarotão” com outros grupos de quatro pessoas. Uma cota dessas custa cerca de R$ 70 mil ao ano.



Valdivia tinha um camarote reservado, mas, como ainda não se sabe se vai ou se fica no Palmeiras, a tendência é que o negócio seja desfeito.



Estacionamento e catering

Há duas empresas terceirizadas pela WTorre para cuidar de estacionamento e alimentação, chamada no mercado de catering. São elas Estapar e Gourmet Sports, respectivamente. Os contratos têm um mínimo garantido, e este número está próximo de R$ 95 milhões por ano. O valor pode aumentar se a demanda for maior do que a prevista, mas nunca diminuir.





Patrocínios

A WTorre criou 14 cotas de patrocínios ao estádio, nas quais as empresas que a comprarem terão marcas exibidas pelo local, pacotes de ingressos para levar clientes e outros benefícios. Dessas, dez já foram fechadas, e a receita delas gira em torno de R$ 150 milhões anuais. Entre as patrocinadoras estão Diletto, Burger King, Dog Häus e, a mais recente, Citröen.



Cadeiras cativas

Esta é uma receita ainda imprevisível, porque cadeiras cativas são motivo de discórdia, e até de processo na Justiça, entre WTorre e Palmeiras. O torcedor que quiser ter uma cadeira só para ele no estádio palmeirense vai ter de pagar duas vezes: uma anuidade, a título de ter a exclusividade sobre aquele assento, e o valor do ingresso jogo a jogo.



Foi combinado que a WTorre ficaria com a anuidade, e o Palmeiras, com o ingresso. Mas chegou a gestão de Paulo Nobre, e o novo presidente decidiu que queria também parte das anuidades. O Palmeiras entende que 10 mil lugares pertencem à construtora e os demais, cerca de 33 ml, a ele. Não é o que diz o contrato, e a questão vai ser decidida na Justiça.



Outro ponto ainda a ser definido é a empresa que fará a venda dessas cadeiras cativas. Há um acerto com a ESM, mas o contrato entre ela e a WTorre ainda não foi assinado.



Shows

Outra fonte de dinheiro, ainda é difícil de prever, mas que já dá sinais de quanto pode gerar, são shows que o Allianz Parque receberá. Neste aspecto a AEG, contratada pela WTorre para ajudar na gestão do estádio, é fundamental. É esta a empresa que tem sob contrato vários artistas internacionais com potencial para encher estádio.



Há espetáculos de grande porte prestes a serem confirmados. Paul McCartney deverá fazer duas apresentações em novembro, e os Rolling Stones mais duas em março do ano que vem. Cada um deverá gerar entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões por evento, mas a conta ainda é incerta, porque envolve venda de ingressos, alimentos e produtos no interior do estádio, todos eles ainda novidades para o Palmeiras e para a WTorre. Esses itens variam conforme o artista – bandas que atraem pessoas mais velhas costumam gerar mais venda de alimentos, por causa de bebidas alcoólicas, enquanto atrações mais jovens movimentam mais bonés, camisetas etc.



Orientação do público

A organização do público nos eventos e jogos dentro do Allianz Parque será feita pela EA, empresa contratada pela WTorre para orientar torcedores. Como a legislação brasileira engessa relações trabalhistas, pois serviços prestados geram vínculos empregatícios que tornam o custo mais alto, a construtora preferiu terceirizar esta área e delegá-la à parceira.



O intuito é fazer, nos jogos do Palmeiras, o que foi feito por voluntários durante a Copa do Mundo: funcionários que orientarem torcedores vão fazer graça, estimular brincadeiras, recebê-los de uma maneira “amigável”. A WTorre acredita que, assim, será criada uma atmosfera de festa, e questões de segurança serão mais facilmente tratadas.



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12936 visitas - Fonte: GloboEsporte

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