O Palmeiras levou seis gols do Figueirense, no Orlando Scarpelli, em 2006
A boa atuação e o triunfo contra o Vitória no Pacaembu na última quinta-feira certamente não apagaram da memória dos palmeirenses a tragédia ocorrida no estádio Serra Dourada no domingo, quando a equipe foi goleada por 6 a 0 pelo Goiás.
Como o Verdão não saiu da zona de rebaixamento nem vencendo os baianos, o técnico Dorival Júnior deverá trabalhar para concentrar seus atletas visando o próximo desafio, o Figueirense, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O problema é que o estádio Orlando Scarpelli, onde o Alviverde tentará manter sua reação no Nacional, também reserva fantasmas de um passado nem tão distante.
A exemplo do que ocorreria no Couto Pereira, em 2011, e no estádio Municipal de Mirassol, em 2013, o maior vencedor de títulos brasileiros também saiu de lá derrotado por seis gols, no ano de 2006.
Aquela derrota foi a última de uma série de oito partidas sem vitórias do Palmeiras e resultou na queda do então treinador Emerson Leão.
Curiosamente, antes de perder para o Figueirense, a equipe ocupava a lanterna da competição, a exemplo da situação anterior à partida contra o Vitória, em 2014.
Outra situação que aproxima aquela derrota a algumas das atuais é a rapidez com que os gols adversários foram saindo.
Em 2006, o Figueira abriu o placar ante o Palmeiras logo no primeiro minuto de jogo, em cruzamento que resultou no gol de cabeça de Schwenck. Até os 12 minutos, os catarinenses já tinham aberto 3 a 0, com Fininho e Carlos Alberto.
A defesa do quadro paulista contava com jogadores como o paraguaio Gamarra, ídolo histórico do rival Corinthians, e Leonardo Silva, que se tornaria o heroi do título da Libertadores do Atlético-MG, em 2013, e também ídolo do Galo. Contra o Goiás, pela 23ª rodada de 2014, Ramon e Esquerdinha abriram 2 a 0 em 11 minutos, e no intervalo o Esmeraldino já marcou mais 2.
A diferença, que não adiantou nada para o Palmeiras-2006, foi o gol marcado por Washington, diminuindo a diferença para 3 a 1. Na segunda etapa, Soares, duas vezes, e de novo Schwenck anotaram outros três tentos que fecharam o placar.
Naquele ano, o Verdão paulista lutou contra o rebaixamento até a 38ª e última rodada, se salvando mesmo após a derrota para o Internacional, em casa, na última partida. A posição final da equipe foi a 16ª colocação, com 44 pontos, uma à frente da atual, de 2014.
Evidentemente, não é a posição que os torcedores esperam da equipe, sobretudo no ano do centenário, mas para evitar um novo vexame em Florianópolis, e principalmente um terceiro rebaixamento em um período de apenas 12 anos, provavelmente seria comemorada.
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