Candidato quer unir inimigos históricos Mustafá e Belluzzo no Palmeiras

28/9/2014 11:45

Candidato quer unir inimigos históricos Mustafá e Belluzzo no Palmeiras

Candidato quer unir inimigos históricos Mustafá e Belluzzo no Palmeiras

Conselheiro Granieri será candidato à presidência do Palmeiras



Em pleno ano de seu centenário, o Palmeiras vive uma das situações mais delicadas de sua história: na briga contra o rebaixamento do Campeonato Brasileiro, sem dinheiro em caixa, com uma das maiores guerras políticas dos últimos anos nos bastidores e às vésperas do que será a primeira eleição social em 100 anos.



Nesse cenário, o candidato Luiz Carlos Granieri espera unir inimigos políticos, reformular o elenco com atletas que se orgulhem da camisa palestrina e promete: 'vão ter que respeitar o Palmeiras'. O conselheiro concedeu entrevista exclusiva ao ESPN.com.br na última terça-feira, em seu escritório no centro de São Paulo, e falou sobre os mais diversos temas envolvendo a eleição presidencial marcada para o fim do mês de novembro no clube alviverde.



Na conversa, que durou pouco mais de uma hora, Granieri foi acompanhado de seu candidato a vice, Osimar Morais, e falou como pretende unir o conturbado bastidor do Palmeiras, há anos considerado uma bomba-relógio com a guerra entre situação, ligada ao ex-presidente Mustafá Conturso, e oposição, com o ex-mandatário Luiz Gonzaga Belluzzo como nome forte. Mas será possível juntar inimigos políticos históricos?



Luiz Carlos Granieri será candidato a Presidente

"A partir da hora que nós lançamos uma premissa de semear o bem dentro do clube eu acredito que sim. Existem pessoas mais radicais, lógico, que vai ser difícil. Mas o Palmeiras está passando por uma transformação muito grande. Nessa ala política que montamos eu encontrei aquilo que queria, que são pessoas que vão semear o bem dentro do Palmeiras e vão trabalhar incessantemente pelo Palmeiras. E vamos trazer pessoas de todas as alas políticas com certeza", explicou Granieri.



O candidato analisou a complicada situação do time alviverde dentro de campo, tendo sofrido na semana passada sua maior goleada na história do Brasileiro - 6 a 0 contra o Goiás - e na briga contra a degola. "Eu acompanho o Palmeiras desde que eu aprendi a ler. Mas como vi outras vezes no Palmeiras, nós precisamos de um choque. Jogador que não tem vontade de vestir a camisa do Palmeiras tem que ser afastado. Para que outro sinta orgulho de vestir a camisa do Palmeiras", avisou.





Granieri espera unir inimigos no Palmeiras



Se for eleito, Luiz Carlos Granieri promete reformular o elenco e trazer jogadores que conheçam a história centenária do Palmeiras. "Para jogar, ele tem que ter conhecimento da grandeza do Palmeiras. Saber os títulos que o Palmeiras conquistou. Que o Palmeiras foi o campeão do século passado. Que foi o único time que vestiu a camisa da seleção brasileira. Tem que saber disso. Sentir essa camisa na pele. A gente vê infelizmente alguns jogadores que saíram do nosso clube e renegaram a nossa camisa. Isso é muito triste. E vamos tentar resolver", decretou.



Ao longo de 77 minutos de conversa, o conselheiro ainda falou a respeito da gestão de Paulo Nobre, comentou sobre a chapa que montou para o pleito - com os vices Osimar Morais, Ebem Gualtieri, Faustino Caputo e Flávio Buongermino -, enumerou seus planos de governo, avisou que vai investir nos departamentos sociais e prometeu: "todos que vão ler essa entrevista podem ter certeza de uma coisa: o Palmeiras vai ser respeitado. Isso nós não vamos abrir mão. Todo mundo vai ter que respeitar as tradições do Palmeiras e te digo isso com muito orgulho e até arrepiado de falar isso".



Vale lembrar que o ESPN.com.br já entrevistou o candidato Wlademir Pescarmona e tenta há algumas semanas agendar conversa com o presidente Paulo Nobre, que ainda não confirmou candidatura e avisou por meio de sua assessoria de imprensa que não pretende dar entrevistas sobre o tema por enquanto.



Confira a seguir, na íntegra, a entrevista de Luiz Carlos Granieri ao ESPN.com.br:





Granieri espera trazer jogadores que se orgulhem do Palmeiras



ESPN - Pode começar falando um pouco de você?

Luiz Carlos Granieri - Sou conselheiro do Palmeiras, conselheiro vitalício e atualmente eleito para o COF nesse biênio. Já estive em dois outros mandatos anteriores. Exerci alguns cargos no Palmeiras, desde cultura e arte, propaganda e comunicações, social, financeiro, tesoureiro, e ultimamente tenho sido eleito para o COF, uma área que te dá uma visão muito ampla do clube. Tenho aproximadamente 59 anos de sócio do Palmeiras, desde 1980 como conselheiro. Atualmente a gente se uniu e fez a nossa chapa de pessoas que vivem o clube, que conhecem o clube, pessoas que acompanham diariamente o futebol, enfim, pessoas com muita condição de imprimir ao Palmeiras uma nova mentalidade, uma nova filosofia de trabalho.



ESPN - Quando você entrou na política do Palmeiras?

Luiz Carlos Granieri - Fui convidado pelo presidente Nélson Duque, que ainda era candidato à presidência, isso em 1982, e tive a satisfação de por indicação dele pegar dois anos do presidente Paschoal Walter Byron Giuliano, com o qual eu tive o cargo de diretor de cultura e arte. Foi uma escola para mim, um grande presidente, e tenho esse orgulho.



ESPN - Tradicionalmente, as eleições do Palmeiras sempre tem Belluzzo de um lado e Mustafá do outro. O que uma terceira via como a sua muda nesse debate?

Luiz Carlos Granieri - Nessas nossas idas diárias ao Palmeiras percebemos que existem algumas pessoas que de uma forma ou de outra não estão satisfeitos com a atual gestão e nem com a opção que foi apresentada. Então resolvemos formar esse grupo de pessoas que são também do bem do Palmeiras, como outros também são, e decidimos formar essa chapa. Achamos que era hora e a aceitação tem sido muito boa.



ESPN - O fato de ser a primeira eleição social é diferente de que forma?

Luiz Carlos Granieri - Eu acho benéfico e acredito que devido a isso que você citou, que no passado as eleições eram resolvidas por duas alas políticas, vejo que nesse atual momento temos uma chance muito grande. Pois precisamos de poucos votos no Conselho. O que acontecia antigamente era o seguinte: os conselheiros estão filiados a dois ou três grupos políticos. Então seria muito difícil para nós se fosse no modelo antigo ganharmos essa eleição. Agora, nesse momento que somos neutros, vejo que vamos passar pelo Conselho e temos a certeza que o associado também vai nos prestigiar. Pois na nossa chapa são pessoas vividas no clube. O Osimar foi o mais votado entre os conselheiros em um ano, outro foi no outro ano, o Flávio Buongermino é querido no clube, Ebem Gualtieri tem uma bagagem de serviços no clube, e eu que fui um bom diretor, sou reconhecido como tal em todos os cargos que passei. As pessoas pediam que eu estivesse nessa condição e nós estamos aqui.



ESPN - Como vocês vão fazer para passar pelo filtro do conselho e, posteriormente, conseguir os votos dos associados?

Luiz Carlos Granieri - Primeiramente estamos mais preocupados em conseguir os votos dos conselheiros. E devido ao nosso relacionamento, às pessoas que confiam em nós, não estamos tendo dificuldades. Hoje, confirmados conosco, te digo que chegamos a 75 votos no conselho. Dando uma margem de erro nós temos a absoluta certeza que tendo 45 votos, que é o mínimo, teremos mais do que isso. O associado é imprevisível, não sabemos o que está pensando, mas a gente sabe o nível do trabalho que nós executamos nos cargos que passamos, no cargo que nossos vices passaram, e é reconfortante você percorrer as dependências do Palmeiras e ver as pessoas te apoiando, as pessoas reconhecendo que você fez um bom trabalho e que vão te apoiar. Acho que temos grandes chances de ganhar essa eleição. A passagem pelo conselho já acho certa, e depois a votação do associado é uma incógnita, mas por isso tudo que te falei não vejo dificuldades para nós.



ESPN - Temos, entre os associados, 28% que não torcem para o Palmeiras. Existem aqueles que são sócios por causa da parte social e os que são sócios por causa do futebol. Como separar as duas coisas?

Luiz Carlos Granieri - Na verdade tem um percentual de sócios no Palmeiras que não são palmeirenses, mas a maior parte ficou sócio porque gosta de futebol e gosta do Palmeiras. O Palmeiras é um clube e é um time de futebol, são duas coisas distintas. No clube social te digo mais uma vez que fui diretor social atuante, peguei uma época boa e fiz grandes eventos. O Osimar é recém saído do departamento social e fez um excelente trabalho, tendo em vista as condições que o clube se encontra, e nossos outros vices também são populares no clube, conhecidos e que sempre fizeram um bom trabalho. Não vejo nenhum tipo de dificuldade com o associado. Acho que vai nos prestigiar.

Osimar Morais - Só para complementar, mesmo os 28% que não são palmeirenses gostam do clube e nós, eu como ex-diretor social, o Luiz como ex-diretor social e hoje no COF, o Faustino ex-diretor de sede, o Flávio ex-diretor do clube de campo, entregamos o cargo agora para concorrer, e temos boa convivência com o associado que não é palmeirense. Esses são os que mais cobram para o clube ter condições de curtir o final de semana com a família. Eles com certeza vão participar da eleição, pois todo dia nos cobram melhorias



ESPN - Você era aliado do Belluzzo e do Pescarmona. Por que deixou o grupo?

Luiz Carlos Granieri - Há mais ou menos 20 anos eu fundei uma chapa chamada Verde Esmeralda. Era como essa que nasceu agora, Aliança Verde, com muitos ideais, trabalhamos alguns anos, colocamos novos conselheiros durante duas ou três eleições e depois esse movimento sofreu uma união com outras pessoas que vieram e se formou a chapa UVB. Fiquei algum tempo, teve nessa chapa o Cipullo, o Seraphim Del Grande, muita gente boa, mas muita gente que participou dessa chapa. Essas pessoas depois de um tempo, por insatisfação, se desligaram. Eu fiquei um pouco mais, também encontrei coisas que não me agradavam, tenho boas relações com as pessoas dessa chapa, mas eu preferi me colocar em uma situação neutra e procurar novos ideais. Novos caminhos dentro do Palmeiras, do meu modo de ver. Alguns posicionamentos não me agradaram e achei que deveria me desligar.



ESPN - Se assumir, como acha que vai encontrar o clube?

Luiz Carlos Granieri - O clube Palmeiras sofreu uma transformação muito grande com essas obras da arena. Praticamente hoje o clube é um canteiro de obras. Temos obras que estão por ser executadas, os prédios entregues estão inacabados, então é uma preocupação muito grande, é dessa forma que vamos encontrar. Vamos precisar de muito trabalho para deixá-lo como ele era e como eu aprendi a gostar do clube.



ESPN - O que faria primeiro quando assumir?

Luiz Carlos Granieri -vamos dirigir o clube com 10 mãos. As decisões vão ser tomadas em conjunto entre presidente e os quatro vices. Acho que vão ser medidas em um todo. Junto com o futebol, temos que atacar as duas áreas. No futebol, início de temporada e jogadores que vão voltar de empréstimos. Outros terminam o contrato no fim do ano vão sair. E a partir daí vamos sanear tudo isso e formar um elenco que seja condizente com o futebol do Palmeiras.



ESPN - E como você pretende alavancar recursos?

Luiz Carlos Granieri - Temos hoje uma grande possibilidade. Vejo que o próximo presidente do Palmeiras vai ter um trabalho mais tranquilo do que os passados. Alguns patrocínios estão voltando, o Palmeiras estava até agora com parte da sua renda comprometida por empréstimos efetuados por antigas gestões e a partir de 2015 vamos ter a liberação dessas verbas, mais ou menos 70%. Uma das coisas que já estamos trabalhando e já temos conversações é a respeito do patrocínio master. A situação financeira do Brasil não é boa e não adianta bater o pé em altos valores. Podemos diminuir nossa pretensão e fazer um patrocínio por um tempo menor. Isso tudo lembrando que vamos ter que ouvir a fornecedora de material esportivo, pois não adianta fazer o patrocínio por muito tempo e a fornecedora ficar com uniforme de antigos patrocinadores encalhados. Mas podemos pleitear patrocínios em menor prazo, com valores menores, mas que cubram o nosso caixa. Outra possibilidade seria de analisar as pessoas que trabalham no clube, tanto no social quanto no futebol, alguns dirigentes também terão os contratos vencidos agora e vamos em comum acordo analisar os contratos e ver a possibilidade financeira de continuar com eles ou não.



ESPN - Você falou que já tem um patrocínio máster sendo conversado. No ano passado, o Paulo Nobre teve uma proposta de R$ 15 milhões, mas achou pouco e não fechou. Em que faixa de valores vocês trabalham?

Luiz Carlos Granieri - Acredito que o que está sendo pedido hoje está na faixa de R$ 18 milhões. Mas acho que um pouco menos, uns 10%, 15%, dentro disso, a partir da hora que a gente consultar a diretoria e os vices, poderíamos aceitar. Estamos há dois anos sem patrocínio, imagina o prejuízo que isso traz. Se fosse um valor menor, nós teríamos um bom rendimento, deixaríamos de pagar juros e o valor seria maior. Eu sou empresário além de advogado e sou uma pessoa que sei negociar. Então vamos negociar sempre, procurar patrocínio, estamos negociando e negociando com pessoas que têm condição. Estamos buscando o patrocínio máster, e se vier um patrocínio menor, como para a manga, vamos discutir. O Palmeiras não é uma empresa, mas tem que trabalhar como uma empresa. Não adianta acumular um déficit mensal que lá na frente vamos pagar a conta.



ESPN - Por que o Palmeiras está há tanto tempo sem patrocínio?

Luiz Carlos Granieri - O que a gente escuta da atual gestão é que íamos ter um patrocínio da Caixa Econômica Federal, que ia ser implantado no clube. Houve o problema por causa da Certidão Negativa de Débitos que parece que agora foi resolvido. Acredito que esse seja o principal motivo. Mas empresas que não sejam do governo não têm esse tipo de problema. Se não tivermos a Caixa, teremos outro, que seja menor, mas que pelo menos nos dê a oportunidade de arrecadar.



ESPN - Como vocês pretendem resolver a questão com a WTorre?

Luiz Carlos Granieri - Esse é um assunto delicado, que está em juízo, existe um conselho arbitral. O que aconteceu é que em 2008 foi aprovado a construção da arena pelo conselho. Posteriormente, foi assinado um contrato em 2010 e as obras começaram a ser entregues com os dois edifícios que estão lá hoje em dia, o esportivo e o administrativo. Mas eles foram entregues em desacordo daquilo que pleiteamos e aprovamos. O edifício esportivo requer mudança de fiação elétrica que vai impactar em 10 milhões o clube. Com isso surgiram outras dúvidas, como o problema das cadeiras, que traz interpretações dúbias. Mas isso está sendo muito bem conduzido pelo nosso departamento jurídico. Qualquer candidato vai dizer que vai se aproximar da WTorre, eu também vou, mas tudo que eu conseguir tenho que levar ao conselho deliberativo para uma posterior aprovação.



ESPN - O preço dos ingressos é um dos motivos de reclamação da torcida atualmente. Já pensou como serão os preços de ingressos no estádio novo?

Luiz Carlos Granieri - Nós pretendemos não cometer o mesmo erro que foi cometido nesse início pelo nosso adversário dentro do campo, o Corinthians no caso. O preço dos ingressos têm que ser de acordo com a possibilidade das pessoas e isso será muito bem estudado. O modelo da Allianz Parque é alemão, privilegia o torcedor, vamos ter uma área sem cadeiras, coisa que aconteceu agora lá (com o Corinthians). Então, teremos a área para a nossa torcida.



ESPN - Como será a sua relação com as organizadas?

Luiz Carlos Granieri - Quando eu fui diretor social peguei uma época áurea na história do Palmeiras. Fazia bailes de Carnaval, nós tínhamos cinco ou seis pessoas e minha maior preocupação era acomodar as torcidas organizadas. Tinha acordo com a TUP, com a Mancha, a Savoia não existia ainda, hoje você também tem a Porks, mas todo mundo ficava satisfeito. Cobrava das torcidas como se fosse sócio e nunca tinha problemas. Pelo contrário, quando precisava de apoio, pedia das organizadas e eles apoiavam. Queremos relacionamento estreito com a torcida, queremos ouvi-los, os pontos de divergências, vamos convidar líderes para acompanhar nosso trabalho. Quero ter um relacionamento muito estreito com as torcidas.



ESPN - Como será essa ligação com o torcedor?

Luiz Carlos Granieri - A gente que convive com o Palmeiras vê gente representante de torcida. Todos me abraçam e nos querem bem. Vamos ter essas pessoas conosco. Acho importantíssimo, dentro de uma linha de conduta, conosco fazendo prevalecer a condição de dirigentes e eles de torcedores.



ESPN - O que achou de o Nobre ter emprestado mais de R$ 100 milhões do próprio bolso ao Palmeiras? Acha que a forma de pagamento discutida é nociva ou boa ao clube?

Luiz Carlos Granieri - Não poderia dizer que se trata de algo nocivo aos cofres do Palmeiras. Quero deixar muito bem claro que jamais você vai ver a gente criticando o atual presidente ou o nosso concorrente Pescarmona. A nossa ideia é de unir o clube, queremos que todas as alas políticas estejam conosco. Todos são pessoas que o ideal é o mesmo, que é o bem do Palmeiras. Acho que o Paulo Nobre pegou o clube em uma hora difícil, administrou com 25% de receita (no primeiro ano, e 70% no segundo ano) e o restante todo comprometido. Em todas as gestões que passaram pelo Palmeiras vão existir erros e acertos. O Paulo Nobre errou em muita coisa, mas acertou em outras, como todos os outros. Belluzzo, Tirone, Della Monica, todos eles. Ele (Nobre) teve esse lado do empréstimo, com 10% da receita anual que ele vai receber (a partir de maio de 2015 até quitar a dívida, Nobre receberá 10% das receitas do Palmeiras). A gente pode contestar as críticas? Deixo a critério de vocês, da mídia. Podemos contestar contratações, negócios do futebol, coisas que talvez a gente não concorde. Só isso tenho a dizer sobre isso.



ESPN - Você falou em unir a política do Palmeiras, que dizem ser o principal problema do clube. Isso não ocorre na prática nos últimos anos...

Luiz Carlos Granieri - Não, infelizmente não. Devido àquela premissa que você disse no começo da entrevista, que duas alas só comandavam o Palmeiras. Eu sou uma pessoa extremamente católica, a minha mãe teve um defeito na minha criação que foi não me ensinar nada de mau. E eu sempre procuro o lado bom das coisas. Eu via que no Palmeiras o ambiente era muito hostil. As pessoas se criticando, se odiando. Então, devido a isso, nunca houve essa união. E somente essas mesmas pessoas é que estavam no poder. Então hoje, com essa possibilidade de nós sermos eleitos pelo associado isso acabou. Então vamos poder convidar as boas pessoas de qualquer ala política para trabalhar conosco. Aquele conselheiro, aquele associado que pertence à UVB, vai, é uma boa pessoa para determinada área do clube? Vamos precisar dele. Se pertence à chapa Palestra e é influente, tem capacidade em determinada área? Também vamos convidar. Meu braço direito é o Osimar. Vamos ouvir todo mundo, mas vamos tomar nossa decisão.



ESPN - Você acha possível unir inimigos políticos de tantos anos?

Luiz Carlos Granieri - A partir da hora que nós lançamos uma premissa de semear o bem dentro do clube eu acredito que sim. Existem pessoas mais radicais, lógico, que vai ser difícil. Mas o Palmeiras está passando por uma transformação muito grande. Hoje nós temos ótimos novos conselheiros. Wellington (Almeida), que vai entrar no conselho agora, uma pessoa maravilhosa. Temos gente nos apoiando que infelizmente ainda não pode se candidatar, mas seria gente com plenas condições de ser presidente do Palmeiras. Baseado nisso e nas reformas estatutárias, eu vejo essa possibilidade. Sempre me debati e achava que era um sonhador. Então, você me perguntou, e te respondo. Nessa ala política que montamos eu encontrei aquilo que queria, que são pessoas que vão semear o bem dentro do Palmeiras e vão trabalhar incessantemente pelo Palmeiras. E vamos trazer pessoas de todas as alas políticas com certeza.

Osimar Morais - Por isso tem o nome de Aliança Verde. Não foi por acaso. O que o Luiz acabou de falar? O Wellington, por exemplo, está na diretoria com o Paulo Nobre, mas não tinha partido e está com a gente. O Faustino estava desgarrado, estava com o Pescarmona, agora está com a gente. A ideia é aproveitar gente com capacidade da ala do Paulo, do Pescarmona, da chapa Palestra, que hoje não tem candidato. Você trazendo essa turma, com certeza os radicais começam a se aproximar. E vamos decidir com grupos de conselheiros, dois, três do Nobre, dois ,três da UVB, dois, três do Pescarmona... Vamos ouvir todos e ver o que será melhor para o Palmeiras.



ESPN - Esse é o diferencial da chapa de vocês?

Luiz Carlos Granieri - Eu vejo que hoje o que seria um problema para nós, não termos o apoio de uma ou outras alas políticas, para nós é motivo de satisfação, pois seremos aquilo que queremos: neutros. E trabalharemos em prol do Palmeiras. Sem dar satisfação a ninguém.



ESPN - Qual é o seu diferencial para o perfil do Pescarmona e o perfil do Paulo Nobre?

Luiz Carlos Granieri - Eu não gostaria de falar a respeito dos meus concorrentes. Falando a meu respeito, do Osimar, somos pessoas que trabalham pelo Palmeiras, que ocupamos vários cargos, que não temos medo do trabalho, negociamos todos os dias e nos sentimos em condições plenas de dirigir o Palmeiras. Pessoas que amam o Palmeiras.



ESPN - Você já pensou em como será sua diretoria de futebol?

Luiz Carlos Granieri - Penso em trazer um executivo do futebol. Fora isso, vamos ter um vice de futebol e mais um diretor de futebol. Esses seriam pessoas não remuneradas. E teríamos um executivo remunerado, que aí sim vamos definir nomes. Temos algumas ideias de nomes, peço desculpas por ainda não dizer, mas serão pessoas de nossa confiança.



ESPN - Você disse ao UOL semana passada que tem jogadores que não podem mais atuar no Palmeiras. Portanto, pretende reformular o elenco atual se assumir?

Luiz Carlos Granieri - Eu hoje como presidenciável é um momento complicado. O Palmeiras está na última colocação (a entrevista foi feita após a derrota por 6 a 0 contra o Goiás e antes do triunfo por 2 a 0 contra o Vitória, quando o Palmeiras era lanterna) e correndo o risco de ser rebaixado pela terceira vez, então tudo aquilo que eu disser é temeroso. Então repito que hoje o Palmeiras, depois dos 6 a 0, precisa de um choque. O técnico é um bom técnico, mas existem alguns jogadores que não têm condição de vestir a camisa do Palmeiras. Meu querido, eu acompanho o Palmeiras desde que eu aprendi a ler. Tenho 66 anos e há pelo menos 60 acompanho o Palmeiras. Eu sei tudo o que acontece no futebol. O que o técnico vai fazer, o jogador que vai por, quem vai tirar, sei tudo. Agora, tem jogadores que foram dadas muitas chances. Não quero criar clima ruim nessa hora que o Palmeiras precisa. Temos três ou confrontos diretos agora que vão fazer muita falta. Mas como vi outras vezes no Palmeiras, nós precisamos de um choque. Jogador que não tem vontade de vestir a camisa do Palmeiras tem que ser afastado. Para que outro sinta orgulho de vestir a camisa do Palmeiras. É isso que eu acho.



ESPN - O que você quer dizer com "choque"?

Luiz Carlos Granieri - Digo choque no sentido de afastar dois ou três jogadores que não têm condição de vestir a camisa do Palmeiras. Não quero me indispor citando nomes para não criar um clima ruim. Outra coisa seria trazer neste momento um diretor de futebol, para que nós tivéssemos uma esperança de não ir à segunda divisão de novo.



ESPN - Você teme assumir com o Palmeiras na Série B?

Luiz Carlos Granieri - Eu não poderia dizer que não, do jeito que estamos caminhando. Eu li hoje que o atual dirigente está tomando medidas, vai trazer jogadores da Série B, dá um pouco de esperanças. Mas do jeito que estou vendo, o time do Palmeiras não reage. Veio o Gilson Kleina, o Valentim, o Gareca, o time não anda, não tem vontade parece, não sei o que acontece. Queria dizer pelo que eu sei de futebol que hoje o Palmeiras tem que jogar retrancado. Com dois ou três zagueiros, dois ou três volantes e lutar primeiro pelo empate. Digo isso o Palmeiras de agora, deixo bem claro, pois o Palmeiras não tem que jogar assim, é um clube muito grande. Mas hoje para nos livrar do rebaixamento ele tem que jogar dessa forma. Se eu fosse presidente hoje ia conversar com o técnico. Não adianta, como eu via o seu Gilson Kleina jogar com o time aberto, o seu Ricardo Gareca jogar com time aberto e agora o seu Dorival Júnior jogar com time aberto. O time tem que jogar retrancado hoje, lutar primeiro pelo empate e depois pela vitória.



ESPN - Para jogar no Palmeiras, então, tem que ter o perfil do clube? Saber a história do Palmeiras, quem é o Palmeiras...

Luiz Carlos Granieri - Eu acho que sim. Para jogar, ele tem que ter conhecimento da grandeza do Palmeiras. Saber os títulos que o Palmeiras conquistou. Que o Palmeiras foi o campeão do século passado. Que foi o único time que vestiu a camisa da seleção brasileira. Tem que saber disso. Sentir essa camisa na pele. A gente vê infelizmente alguns jogadores que saíram do nosso clube e renegaram a nossa camisa. Isso é muito triste. E vamos tentar resolver. E vamos trazer ex-atletas para serem treinadores específicos de determinadas posições. Você pode ter um ex-atleta zagueiro que dá fundamentos aos garotos que querem ser zagueiros, um meio de campo que dá fundamentos ao meio de campo e um ex-atacante que vai se dedicar. E também esses ex-atletas podem dar fundamentos aos profissionais. Por que não um César, que foi um grande centroavante, dando fundamentos ao Henrique, ao Cristaldo? Atletas ídolos do passado, isso que vamos procurar.



ESPN - O que se passa com o Palmeiras que nos últimos 15 anos enfrenta pelo menos um vexame por temporada?

Luiz Carlos Granieri - Conforme eu já disse a princípio, eu assisto aos jogos do Palmeiras há 60 anos. Eu vi Valdir; Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar e Ferrari; Zequinha e Ademir; Julinho, Vavá, Servílio e Chinesinho. Eu vi Leão, Eurico, Luis Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir, Edu, Leivinha, César e Nei. E vi outros times do Palmeiras. Atualmente a gente não sabe nem a escalação do Palmeiras. Não sou capaz de lembrar o time que jogava ano passado, tanto que muda. Mas eu também diria a você que o Palmeiras começou nesse calvário e eu me recuso a dizer palavras que denigram a imagem do Palmeiras como eu vejo na imprensa, de dizer que o Palmeiras se apequenou, jamais eu diria isso. O Palmeiras é muito grande! Mas eu vi o Palmeiras começar esse calvário em 1978, quando perdeu a final para o Guarani. Foi o primeiro time a perder uma final para um time pequeno. Depois teve a Inter de Limeira, aí passou um tempo sem títulos, depois vieram os ASAs de Arapiraca, os Tijuanas, e os maiores vexames que eu pude ver na minha vida. Mas hoje em dia tem uma coisa, não tem mais bobo no futebol, todos os times estão equiparados. Não é o Palmeiras que decresceu, os outros que cresceram. Se bem que para nós está mais difícil, pois todo rival é difícil para o Palmeiras. Um cara que não faz gol há 10 jogos, mas faz contra o Palmeiras. Entendeu? O time que não ganha de ninguém, ganha do Palmeiras. Infelizmente.



ESPN - O que precisa ser feito para mudar isso?

Luiz Carlos Granieri - Um dos graves problemas do Palmeiras nos últimos anos, sem fazer crítica a ninguém, é contratar o atleta sem ter nenhum conhecimento sobre ele. A nossa ideia é ter uma rede de olheiros, sem contratar por informações ou vídeos. Vamos mandar o olheiro ver dois, três ou quatro jogos e ver se o jogador tem condições de vestir a camisa do Palmeiras. Em janeiro é a hora da verdade. Atletas que estão emprestados voltam. E digo que tem muito jogador emprestado que hoje tranquilamente vestiria a camisa do Palmeiras. Então vamos avaliar os atletas que voltam, ver com quais vamos ficar, quais vamos negociar e vamos emprestar sem custos ao Palmeiras quem não vai ficar. E vamos abrir para empresários, inclusive. Pode colocar um determinado atleta com a nossa aprovação, com os nossos olheiros aprovando, esse empresário pode colocar o jogador no clube, desde que atenda aos requisitos que queremos. Pouca idade, futuro, etc. Então esse empresário compra os direitos, coloca no Palmeiras e nós teríamos 20% na hora da venda. Isso para criar uma espinha dorsal no time. Então vamos procurar jogadores que não estejam em exposição na mídia, mas que são eficientes, coisas que vimos em adversários nossos. Contrataram jogadores que ninguém conhecia, cresceram e chegaram à seleção e tudo. E é isso que vamos buscar. E principalmente dar atenção especial à categoria de base. Antes do atleta, vamos pensar no homem. Vai ter que conhecer um pouco a história do Palmeiras quando chegar para treinar. Vamos em conjunto do Sindiclube, um sindicato com uma universidade, e o Palmeiras é uma universidade do futebol, campeão do século, então temos que resgatar isso e formar jogadores dentro disso que almejamos. Primeiro homem, depois atleta. E esse atleta vai participar de palestras, cursos, e com isso vamos ter condição de criar uma rede para expor esses jogadores depois que derem retorno técnico, e depois disso temos o retorno financeiro. Depois que formar, podemos vender a um clube estrangeiro, por outro no lugar e melhorar a situação do nosso caixa.

Osimar Morais - Precisa de uma reestruturação no futebol, trabalhar muito a categoria de base, mas o Palmeiras não tem tempo. Na próxima gestão, junto de uma comissão técnica, o próximo diretor tem que fazer uma reestruturação. E trazer três ou quatro grandes nomes, pois quando o adversário entrar em campo olha e vê ‘esse é o Palmeiras'. Pois além do Valdívia, que é acima da média, não tem ninguém que o pessoal tenha um respeito maior. Categoria de base tem que trabalhar já, ontem, o que não concordo é que cada gestão muda os diretores da categoria de base, não tem continuidade. Esse é um trabalho em médio ou longo prazo. Em todo começo de ano pega alguns da base e leva ao principal, treina, joga com a equipe, entra quando está definido o jogo. Hoje lançam quando está mal e queima os meninos, por isso não tem uma reestruturação há muito tempo. Nós estamos muito abaixo dos grandes de São Paulo hoje. Isso tudo é muito ruim, então o primeiro passo é uma reestruturação no futebol sem deixar o clube social, com um administrador, que serão as primeiras ações.



ESPN - Como funcionaria essa ação de empresários e como se livrar dos empresários das categorias de base?

Luiz Carlos Granieri - Esse é o maior problema. A gente que acompanha o Palmeiras, viu o Palmeiras ser passado para trás nos últimos anos. Teve o caso do Ilsinho, David Braz, o lateral do Criciúma, mas veja os prejuízos que tivemos. O Elias, do Corinthians, por exemplo. Foi por incompetência nossa que deixamos ele ir embora. Era nosso, do time B, ninguém teve olhos. O Zé Love era nosso. O Bruno César que hoje voltou era nosso. Então essa será nossa maior preocupação. Quando começar a treinar, portanto, o jogador precisa de um compromisso com o clube, e o departamento jurídico precisa ser melhor ainda, e já é eficiente. Precisa de alguém na base para amarrar esses jogadores. O Palmeiras tem hoje o Gabriel Fernando como maior promessa, pelo que eu vi, mas tem que tomar cuidado. O contrato dele não é favorável ao Palmeiras, então é essa a preocupação. Conforme foi feito com o João Pedro. O jogador só joga quando tiver um contrato amarrado ao Palmeiras. Não adianta nós, universidade do futebol, formar e depois dar de mão beijada, servindo de barriga de aluguel.



ESPN - Como evitar que situações como as do Barcos, Kardec, Martinuccio, e por aí vai, voltem a se repetir no Palmeiras?

Luiz Carlos Granieri - O problema do Barcos, quando o Paulo Nobre assumiu, o Palmeiras tinha uma dívida muito grande vencida e devia também ao Barcos. Então ele se viu desesperado e acabou vendendo o Barcos, na melhor das boas intenções, mas eu reputo que não faria esse tipo de negócio. Pois ficamos com jogadores que não vingaram no Palmeiras. O Vilson usou o Palmeiras de trampolim, o Léo Gago nunca jogou, o Leandro compramos por R$ 8 milhões... Eu não quero criticar, sou amigo do Paulo Nobre, inclusive, mas acho que poderíamos ter conseguido um valor melhor na ocasião. Se conversasse com o presidente do Grêmio, teria conseguido uma condição melhor para isso.



ESPN - Pensa em trazer algum reforço de peso?

Luiz Carlos Granieri - É tudo uma questão de equacionar as coisas, o equilíbrio financeiro. Os empresários vão poder nos trazer grandes jogadores para formar a espinha dorsal do time, com jogadores eficientes e que tenham um futuro pela frente. Um astro, tipo Ronaldinho, também vamos buscar. A situação a partir do ano que vem é outra, lembre-se que vamos ter os nossos jogos na nossa casa. Tudo isso vai ser equacionado e vamos montar time condizente com grandes jogadores.



ESPN - Pretende retomar relações com o São Paulo, cortadas na gestão do Nobre?

Luiz Carlos Granieri - Voltando a dizer da minha época de diretor, sempre tive bom relacionamento com todos os clubes. São Paulo, Corinthians, Portuguesa, Santos. Acredito que a gente assumindo o clube tenho certeza que vamos procurar ter bom relacionamento com todos. O Carlos Miguel Aidar é meu amigo de infância, eu sou palmeirense e ele são-paulino. Mas todos que vão ler essa entrevista podem ter certeza de uma coisa: o Palmeiras vai ser respeitado. Isso nós não vamos abrir mão. Todo mundo vai ter que respeitar as tradições do Palmeiras e te digo isso com muito orgulho e até arrepiado de falar isso aqui para você.



ESPN - Para finalizar, o que o torcedor do Palmeiras pode esperar se você for eleito?

Luiz Carlos Granieri - Eles podem esperar que nós trabalhemos com muito afinco, que somos pessoas que vivem o clube, pessoas que conhecem os problemas do Palmeiras, pessoas que vão procurar trazer cada vez mais glórias ao Palmeiras. Queria dizer também aos associados que temos várias ideias de retomar alguns departamentos que foram esquecidos, como é o caso do hóquei, do boliche, a menina dos nossos olhos no clube é o social, vamos criar local para eventos, fazer grandes eventos, fazer uma praça de alimentação embaixo do edifício administrativo, vamos colocar os departamentos em um só andar no prédio administrativo. Reformar quadras, fazer uma brinquedoteca para que os pais deixem seus filhos e possam desfrutar do Palmeiras, temos uma série de medidas que vamos tomar em prol do associado. Vamos criar uma ouvidoria atuante e imediata. Uma ouvidoria aos finais de semana, durante a semana, sempre teremos um vice-presidente de plantão no clube. Imediatamente após ser eleito vamos convocar o Grupo de Apoio ao Palmeiras, vamos convidar todos os ex-presidentes para que se reúnam conosco, uma vez a cada 15 dias, como for melhor, para termos conselhos e ideias. E vamos pedir ao presidente do conselho deliberativo que forme comissões de conselheiros para acompanhar nosso trabalho nas diversas áreas do clube. Então o conselheiro, o associado, não tenha dúvida de nos apoiar, pois prometemos um trabalho de primeira ao Palmeiras. Quer falar alguma coisa, Osimar?



Osimar Morais - Já temos um plano de governo definido, estamos ouvindo o associado e a cada dia esse plano melhora. O que o Luiz falou é que hoje no clube não tem um diretor de plantão, que o associado cobra todo dia, dificilmente tem um vice no clube, então nós vamos trabalhar dentro do clube, e não dentro da Academia. Se precisar a Academia é do lado, mas o associado verá o Luiz, o Osimar, o Faustino, o Flávio, então estaremos dentro do clube.

Luiz Carlos Granieri - Outra ideia que temos é fazer do sócio da cidade um sócio da cidade e campo, que dá direito ao associado do campo também votar nas eleições, deixando bem claro que precisamos da aprovação do conselho deliberativo, conforme eu disse que também acontece com a Wtorre. Outra coisa é que vamos pleitear junto à Globo é que transmita mais jogos do Palmeiras, pois vemos que hoje poucos jogos do Palmeiras são transmitidos. Essa é uma forma de resgatar também nosso torcedor. Vamos sentar com a Globo e conseguir algo melhor nos direitos de transmissão condizente com o campeão do século. Outra coisa no programa é manter entendimentos com a Allianz para tornar o Palmeiras internacional, para que a gente possa explorar outros hemisférios, como Ásia. Vamos tentar, não prometer. Outra coisa que eu não disse e me lembrei é que pretendemos criar centros de treinamento no litoral. Pois eu joguei na várzea de São Paulo. No Parque Ibirapuera, na Avenida Eusébio Matoso. Hoje não dá mais. O que fazia de bom a várzea ao futebol paulista hoje é papel da praia. Então vamos tentar com a prefeitura, tenho por exemplo um amigo palmeirense em Caraguatatuba que já cedeu uma área para ser um CT do Palmeiras, uma escolinha. Limitar o número de atletas no departamento profissional. Hoje tem 36, acho exagerado, acho que com 28 e alguém da base que surja, com atletas de bom nível, você enfrenta todos. Vamos também criar uma comissão técnica permanente, mais ou menos como existe hoje. Vamos ter nosso preparador físico e um diretor técnico, um gerente. Isso para evitar que cada técnico que seja contratado pense em trazer sua própria comissão. O Palmeiras fisicamente anda muito mal hoje e penso que é devido às constantes trocas de preparadores físicos. A partir da hora que, por exemplo, tem Carlinhos Neves como preparador físico, não precisa de ninguém mais. Tem um técnico, como o Valentim, que será ouvido pelo técnico que assumir. Outra coisa: contratos com técnicos que virão ao clube têm que ser melhor equacionador. Veja o prejuízo que tivemos com o Kleina e o Gareca. Estamos drenando os recursos financeiros. Quem vier então terá que se enquadrar na nossa política e com a nossa vontade.



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