Oposição de Nobre promete não colocar dinheiro no Palmeiras, mas buscar parceiros

SERGIO BARZAGHI/GAZETA PRESS





O candidato de oposição Wlademir Pescarmona apresentou na tarde desta quinta-feira o ministério de notáveis que administrará o Palmeiras se a chapa sair vencedora nas próximas eleições, que acontecem entre outubro e novembro. Sob o comando do ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, o grupo garante que não vai colocar nenhum centavo no clube. Sem fazer ataques a atual gestão, na qual Paulo Nobre foi responsável por ajudar com mais de R$ 100 milhões, a equipe prometeu ir atrás do dinheiro para mudar a imagem do alviverde e fazer o time "voltar a ser grande", lema da campanha política.



Além de ter a função de ir a mercado estreitar relações, o comitê empresarial terá ainda uma função mais geral na diretoria, com ligação direta com o departamento de futebol, onde terá também influência.



"Há um acordo tácito entre nós de que isso é inaceitável. Isso não faz parte do que a gente considera correto. O que a gente pode prometer é que vamos atrás desse dinheiro das mais variadas formas. Na minha gestão, era uma outra realidade. Subimos muito a receita do clube. Não vou fazer críticas ao Paulo Nobre. Se ele fez isso, fez porque achou que não havia outra forma. A gente vê generosidade nisso. Mas não concordamos. Não achas correto", afirmou Belluzzo, em conversa com jornalistas em um restaurante no bairro de Pinheiros, em São Paulo.



O grupo pretende se reunir quinzenalmente para tomar decisões no dia a dia do Palmeiras.



"É simples. A ideia é que a gente se reúna quinzenalmente, especialmente no começo. A gente vai receber da parte técnica a necessidade de um lateral, de um meia e de um goleiro, por exemplo, nós vamos tentar ver uma maneira de viabilizar essas contratações", afirmou Marcelo Castelli, empresário do ramo de papel e celulose.



"Vamos ter influência no futebol, sim. Mas sabemos qual é o papel de cada um. No futebol e em qualquer lugar, o mais importante é a gente saber quem sabe fazer, quem é o melhor pra fazer cada coisa", completou Marcos Arnaldo Silva, ligado ao setor de energia.