Belluzzo acredita que política é o grande problema do Palmeiras
"Nem eu sei porque eu voltei". Foi assim que o ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo definiu os motivos que o levaram retornar à vida política do Palmeiras, depois de já ter avisado que queria distância dos bastidores alviverdes.
"Minha ex-mulher mesmo me falou outro dia 'ah, esse seu amor por esse Palmeiras...", continuou o economista, em conversa com jornalistas após almoço nesta quinta.
Belluzzo foi convencido por Wlademir Pescarmona a fazer parte da chapa que vai tentar tirar Paulo Nobre do poder alviverde em pleito agendado para o fim do mês que vem. Um dos quatro vices convidados - além de César Maluco, Carlos Degon e João Gavioli, o ex-presidente conseguiu reunir um Conselho de Notáveis que fará parte da gestão, caso consiga a vitória nas urnas.
"Queremos fazer uma gestão compatível com o futebol contemporâneo. Além de uma gestão profissional, de fato com planejamento orçamentário, para avançar e recuperar a reputação do clube", explicou Luiz Gonzaga Belluzzo.
Marcos Arnaldo Silva, importante empresário do ramo petrolífero, Leandro Scabin, dono da Diletto, Marcelo Castelli, presidente da Fibria, José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado Celulose, marcaram presença em almoço com a imprensa nesta quinta, na Mercearia do Conde, em Pinheiros, São Paulo. Eles, junto a Venilton Tadini e Miguel Nicolelis, que não estiveram no encontro, farão parte do grupo unido por Belluzzo.
Os empresários vão tentar, com sua influência no mercado, captar recursos para ajudar o Palmeiras a ter dinheiro em caixa e conseguir montar times fortes para o ano que vem. Uma política diferente da adotada pelo atual presidente Paulo Nobre, que já emprestou cerca de R$ 130 milhões aos cofres do Palmeiras e não arrumou patrocínio no ano do centenário alviverde.
"Nâo acho apropriado. Uma prática patrimonalista no pior sentido. Não quero usar isto como crítica ao Paulo Nobre. Ele teve dificuldades para captar recursos. As receitas do clube caíram verticalmente de 2011 para cá. Uma das questões é não colocar dinheiro. Vamos buscar fontes em uma gestão profissional, a par do que ocorre hoje. Não acho que dá um bom resultado. Reconheço a generosidade, mas não acho correto", avisou Belluzzo.
Para voltar à vida política alviverde de vez, contudo, Belluzzo precisa ainda fazer com que Wlademir Pescarmona seja eleito, no que será a primeira eleição entre os sócios da história do Palmeiras. Além de Nobre, o candidato preferido do ex-presidente ainda terá Luiz Carlos Granieri como rival no pleito.
"Apenas queria deixar claro que só faço a crítica que acho justa. Não vou fazer caça às bruxas, e se ganharmos, vai ser por nosso mérito, não por críticas maldosas aos nossos rivais. Esse grupo vai se comprometer a uma gestão profissional", analisou Luiz Gonzaga Belluzzo. As eleições alviverdes estão marcadas para o próximo dia 29 de novembro.
Pescarmona quer ser presidente do Palmeiras e tem apoio de Belluzzo
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