OPINIÃO: Abel Ferreira é melhor dentro de campo, mas parece com Felipão fora dele

2/7/2022 11:07

OPINIÃO: Abel Ferreira é melhor dentro de campo, mas parece com Felipão fora dele

Colunista acredita que ambos os treinadores sabem motivar o elenco e estão marcados por entrevistas polêmicas e rixas com a arbitragem

OPINIÃO: Abel Ferreira é melhor dentro de campo, mas parece com Felipão fora dele

Mais do que receber o Athletico-PR, hoje (2), às 21h, o Palmeiras tem algo especial nesta noite: reencontrar um velho e idolatrado conhecido, o técnico Luiz Felipe Scolari. Esta será a primeira vez que Felipão vai entrar no Allianz Parque, reinaugurado em 2014, na condição de adversário, para encarar o pupilo Abel Ferreira.







Do outro lado, estará Abel, aquele que o próprio Felipão, uma lenda entre os técnicos do Palmeiras, já disse ser o maior treinador da história do clube. Será a primeira vez que dois dos maiores e melhores técnicos que já comandaram o Palmeiras —adjetivos que, para muitos, cabem para ambos— vão se enfrentar.



"Abel é o maior treinador que o Palmeiras já teve em todas as épocas. Conseguiu os títulos, conseguiu fazer com que esses jogadores trabalhassem pelo clube com alegria, com satisfação e pensamento pelo Palmeiras que, quem sabe, nós não conseguimos passar", disse Felipão, ao programa Jogo Aberto, da Band, às vésperas da final do Mundial de Clubes, em fevereiro deste ano.



Não é totalmente verdade. Não quanto ao tamanho de Abel na história do Palmeiras, que diariamente constrói uma lenda maior ao seu redor. Mas porque Felipão foi um dos poucos que também souberam, como o português, ler as arquibancadas alviverdes, absorver aquele sentimento e transformá-lo em motivação para os jogadores.



"O Palmeiras tem essa coisa italiana, aquele sangue quente. Meu Deus, isso sou eu!", disse Scolari, em entrevista ao UOL Esporte, no começo deste ano. "Tivemos problemas com o Palmeiras, de sair, voltar, mas eu nunca mais deixei de gostar do Palmeiras, e o Palmeiras também nunca mais deixou de gostar de mim". E não há como se contestar tal afirmação.



No jogo desta noite, Felipão vai levar a campo um time misto, pensando na partida de volta das oitavas da Libertadores. O Furacão venceu o Libertad, em casa, por 2 a 1 e tentará a vaga na próxima terça-feira (5), em Assunção (PAR). O Palmeiras, que bateu o Cerro Porteño-PAR por 3 a 0, como visitante, tem vida mais tranquila e talvez descanse jogadores no jogo do continental, quarta-feira (6) para ter força máxima hoje.



Técnicos se conheceram em Portugal



A admiração entre os técnicos é mútua e não começou recentemente. Abel e Felipão se conhecem desde 2008, quando o brasileiro, então comandante da seleção de Portugal, convocou o esforçado lateral direito Abel, do Sporting, para fazer parte do grupo. "Foi um cara espetacular comigo. Não consegui realizar o sonho de jogar na seleção, mas foi ele quem me chamou. Foi muito humano e muito sincero comigo. Naquele momento, eu percebi porque aquela seleção tinha aquele ambiente. O Luiz conseguiu unir um país inteiro em torno de uma seleção. Ele foi o máximo responsável por isso", disse Abel, ao programa Roda Viva, da TV Cultura, em maio.



"Foi um cara espetacular comigo. Não consegui realizar o sonho de jogar na seleção, mas foi ele quem me chamou. Foi muito humano e muito sincero comigo. Naquele momento, eu percebi porque aquela seleção tinha aquele ambiente. O Luiz conseguiu unir um país inteiro em torno de uma seleção. Ele foi o máximo responsável por isso", disse Abel, ao programa Roda Viva, da TV Cultura, em maio.



Em 2021, o Palmeiras promoveu um encontro entre Abel Ferreira e Felipão em Caxias do Sul (RS), local em que o Palmeiras tinha ido para encarar o Juventude, pelo Brasileirão. "Se fosse para alguém ser campeão da Libertadores depois de mim, tinha que ser ele", comentou Felipão na época.



Três passagens, seis títulos



Após anos como inimigo, comandando o Grêmio, Felipão chegou ao Palestra Itália em 1997, após comandar o Júbilo Iwata (JAP), permanecendo no cargo até 2000. Nesse intervalo, conquistou a Libertadores (1999), a Copa do Brasil (1998), a Mercosul (1998) e o torneio Rio-São Paulo (2000). Felipão saiu do Palmeiras no meio de 2000, pouco depois de perder a final da Libertadores para o Boca Juniors (ARG), nos pênaltis, em pleno Morumbi.



A segunda passagem de Scolari começou em 2010. No hiato entre os trabalhos, Felipão passou pelo Cruzeiro e conquistou nada menos que o penta com o Brasil, em 2002. Na sequência, fez um ótimo trabalho pela seleção de Portugal e um apenas razoável pelo Chelsea, onde foi boicotado por atletas. Antes de retornar ao Brasil, trabalhou no Bunyodkor, do Uzbequistão.



Em 2012, o Palmeiras conquistou o improvável título da Copa do Brasil contra o Coritiba. Dois meses depois, Felipão e o Palmeiras chegaram a um acordo para a saída do técnico, que deixou o clube em 13 de setembro. Gilson Kleina foi quem assumiu a equipe que seria rebaixada para a Série B do Campeonato Brasileiro.



Quando parecia que a história dele no Palmeiras já estava escrita, Felipão fez um retorno ao Palmeiras que acabou sendo triunfal. Com uma campanha histórica, mesmo jogando com um time reserva por quase todo o torneio, levantou um troféu que faltava na sua galeria pelo Palmeiras: o Brasileirão. Felipão deixou o clube pela terceira vez no segundo semestre de 2019, após a boa campanha do Palmeiras, construída antes da Copa América.



Palmeiras e Felipão viveram rusgas em 2014



Felipão enfrentou o Palmeiras apenas uma vez como técnico. Em 2014, ele comandava o Grêmio, quando enfrentou o time paulista. Na ocasião, o técnico do Palmeiras era Dorival Júnior, hoje no Flamengo. A partida foi disputada no Pacaembu. O Allianz Parque ainda estava a alguns meses de ser reinaugurado.



Ao som de "Não é mole não, o Felipão afundou a seleção", em relação à derrota de 7 a 1 para a Alemanha, na Copa daquele ano, a recepção da torcida para o ex-técnico não foi amistosa. Mas Felipão respondeu insatisfeito às provocações apenas no final da partida.



"Estou calejado. Não espero tratamento carinhoso de ninguém, a não ser da minha família. Eles gritarem A, B ou C não vai mudar nada. Eles têm que lembrar que o último título fui eu que dei para eles", comentou, na saída do gramado.



Mas a animosidade certamente não estará à mesa no confronto deste sábado. Desde sua última saída do clube, Felipão, embora ainda ativo no mercado, passou a tratar o Palmeiras como seu clube de coração, mesmo carinho que sempre reservou ao Grêmio.







Palmeiras, 2022, Felipão, Abel Ferreira



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