De adversário na final para superado nas semifinais, Cuca tem protagonizado reencontros decisivos com Verdão, e em nenhum deles foi capaz de superar Abel. O comandante do Palmeiras tem dois empates e uma vitória nos encontros entre eles em Libertadores. Em 2022, eles se cruzam novamente na competição sulamericana e nunca antes as situações eram tão distintas. Cuca acabou de retornar ao Atlético-MG após 7 meses de hiato e Abel já chegando ao seu segundo ano de cargo.

Nos embates anteriores, o cenário era diferente. Cuca liderava o Brasileirão com alguma folga e caminhava para colocar fim a um jejum de 50 anos sem o Galo conquistar o campeonato nacional. Enquanto técnico do Santos, o status era ainda mais particular. Estava à frente de um time de quem se esperava pouco e que acabou por fazer final de Libertadores, que só não se decidiu nos pênaltis porque Breno Lopes fez o gol decisivo nos segundos finais daquele sábado de janeiro.

E Libertadores e Cuca, no Palmeiras, não promovem assim tantas lembranças boas ao Alviverde. O ex-treinador, no ano em que se sagrou campeão Brasileiro e encerrou 22 anos de hiato, foi eliminado na primeira fase da competição, em 2016. Com uma campanha ruim, que ele já assumiu em andamento, não conseguiu superar a fase grupos. Em 2017, que poderia ser uma jornada com sua assinatura desde o princípio, Cuca preferiu ‘se dedicar à família’ no primeiro semestre, voltou em maio, e foi eliminado nas oitavas, no confronto contra o Barcelona de Guayaquil, nos pênaltis e em casa.

E chegou a vez de Cuca, Palmeiras e Abel Ferreira cruzarem novamente seus caminhos em eliminatórias de Libertadores. Líder do Brasileirão e bicampeão consecutivo da América, o português visita o Mineirão, que estará lotado, em busca de revanche. Alexi Stival faz seu segundo jogo após a volta ao Galo, em busca de mudar os roteiros anteriores, com desfalques e problemas, mas com um elenco forte às mãos.

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