O Palmeiras não se tornou "cascudo" de uma hora para outra. O grupo comandado por Abel Ferreira, que busca hoje (10), contra o Atlético-MG, às 21h30, sua quarta semifinal de Libertadores em cinco anos, foi sendo maturado com o tempo. Em média, os jogadores desse time que empatou por 2 a 2 no jogo de ida estão em sua quarta temporada no clube.
Levando-se em conta que Abel Ferreira só chegará a dois anos de Palmeiras no fim de outubro, pode-se dizer que o nível de maturidade deste Palmeiras que entra em campo hoje no Allianz Parque é fruto de uma filosofia institucional.
A construção desse elenco nasceu na gestão Paulo Nobre com diretoria de Alexandre Mattos, passou pelas administrações Mauricio Galiotte, tanto com Mattos quanto com Anderson Barros, e atingiu seu ápice com o atual duo de Barros com Leila Pereira.
A grande diferença entre o modo de enxergar o mercado, pensando nas administrações de Mattos e Barros, está em como financiar a manutenção do elenco e em que tipo de jogador procurar.
Mattos apostava sim em nomes promissores, como Veiga, Gómez e Zé Rafael, mas, em paralelo, investia em medalhões como Luiz Adriano, Ricardo Goulart e Lucas Lima. E para financiar esse elenco, muitos jogadores da base foram negociados sem entrar em campo pelo time profissional.
A gestão atual foi pautada pelo aproveitamento da vencedora base alviverde e pela não contratação de jogadores renomados. O problema é que os promissores da gestão Mattos viraram figurões com o passar do tempo e das conquistas. E, mantê-los, também passa por negociar alguns garotos. A diferença é que os garotos agora são testados. Veron, recém-negociado com o Porto (POR), estreou nos profissionais em 2019. Patrick de Paula, que foi para o Botafogo, bateu o pênalti que deu o título paulista ao Verdão em 2020.
Contrata pouco, mas mantém espinha dorsal
Por mais uma janela de transferências, o Palmeiras vem passando sem contratar atletas de renome. Merentiel e Flaco eram nomes de interesse no futebol argentino, mas não estavam nas pautas de Manchester City (ING) e Barcelona (ESP). Bruno Tabata ainda era visto como aposta no Sporting (POR). E falando da janela anterior, Murilo estava no futebol russo, sem grande alarde.
Por outro lado, alguns dos jogadores que o Palmeiras mantém em seu grupo estão nas prateleiras mais altas do futebol mundial. Weverton, Gómez, Piquerez, Danilo, Veiga e Rony são quatro exemplos de jogadores que caberiam em ligas europeias.
Gustavo Scarpa, aliás, tanto é mais um exemplo de jogador de liga importante que logo estará na Premier League, pelo Nottingham Forest (ING). E se se dispusesse a negociar Zé Rafael, Dudu e Marcos Rocha, o Palmeiras certamente não teria dificuldade de achar comprador. Mas a ideia não é essa.
Em conversa com o UOL Esporte, o diretor Anderson Barros já explicou que a visão do Palmeiras é primeiramente esportiva. E que as contratações têm como norte desempenho, e não nome. Algo com que Abel Ferreira já mostrou fazer eco, ao dizer que o clube quer formar jovens jogadores, e não necessariamente trazê-los prontos. O Palmeiras tem hoje uma casca adquirida. Que talvez, por isso, seja até mais sólida que a de alguns rivais com elencos cheios de medalhões.
Palmeiras, 2022, Libertadores
VEJA TAMBÉM
- Líder de sócios no Brasil, Palmeiras quebra recorde de arrecadação com torcida.
- Novo gramado do Allianz Parque aguarda aprovação da Fifa para uso.
- Endrick retorna ao Palmeiras e destaca período com a seleção antes do Paulista.
1320 visitas - Fonte: uol.com.br
Mais notícias do Palmeiras
Notícias de contratações do Palmeiras
Notícias mais lidas
Júlio Cesar problemas mentais.
Cornetas burros e mimados piram.... Seeeegue o líder
Avante Palestra, para a glória eterna.