O Conselho Arbitral, nome dado ao tradicional encontro entre os presidentes dos clubes classificados à segunda fase do Paulistão, costuma ser marcado pelo clima ameno. Mas, ontem, o tempo fechou por causa da discussão entre Paulo Nobre, do Palmeiras, e Marquinho Chedid, do Bragantino.
O motivo: os descontos concedidos pelo Verdão aos seus sócios-torcedores. “Só vamos aceitar que paguem meia-entrada os estudantes e os aposentados, como manda a legislação”, avisa Chedid. “Se o Palmeiras quiser vender ingresso com 50% de desconto para sócio-torcedor, terá de pagar essa diferença para nós.”
O presidente do Bragantino levantou a discussão durante a reunião, mas saiu sem uma posição do Palmeiras ou da Federação Paulista. “Por isso, eu protocolei um ofício. Se o Palmeiras não pagar essa diferença, não haverá jogo”, ameaça.
Apesar de o mando de campo ser do Palmeiras, que teve melhor campanha na primeira fase, a receita com bilheteria será dividida. “Se o Palmeiras quer fazer concessão, faça... Mas com o boné dele, não com o do Bragantino”, acrescenta.
O clube de Bragança se assustou ao constatar que 70% dos palmeirenses que foram ao clássico contra o São Paulo pagaram meia-entrada. “Não posso deixar de ganhar dinheiro para o bem do Avanti.”
4104 visitas - Fonte: Diário de São Paulo