Há praticamente consenso no ninho dos periquitos em revista. Desde que Valdivia trocou o chinelinho pela faixa de capitão do time palmeirense, seu comportamento mudou. Da água para o vinho da nono.
O mago tem se empenhado muito e comandado, ao lado do ótimo goleiro Fernando Prass, a recuperação de uma equipe que parecia destinada a mergulhar pela terceira vez no caldeirão do diabo.
O compromisso do chileno se encerra no segundo semestre do próximo ano. Ou seja, Valdivia pode assinar pré-contrato com outra equipe em fevereiro de 2015. Encantado com as últimas atuações do meia, o nobre presidente Paulo Nobre já acenou com a possibilidade de uma renovação.
Contrato de produtividade? Nem pensar. Dificilmente o cartola deixará de oferecer pelo menos o mesmo café no bule ao jogador, que certamente reivindicará um pequeno reajuste nos R$ 500 mil mensais que fatura.
É aí que mora o perigo: vale a pena a renovação de um atleta que disputou 26 jogos nesta temporada (14 pelo Brasileirão, com sete vitórias, dois empates e cinco derrotas) e marcou somente quatro gols?
Em tempo de vacas magras na pátria das chuteiras furadas, seguramente o cardeal Mustafá Contursi torcerá o nariz se o clube continuar pagando uma xepa com champanhe e caviar ao jogador.
Boca de urna mais importante na tentativa de reeleição de Nobre, Mustafá é daqueles que não abrem a mão nem para espantar pernilongo. Dia sim e outro também, ele buzina que o clube tem de cortar até o cafezinho.
Adversário de Nobre nas urnas, Wlademir Pescarmona não deve se curvar aos pés do desafeto Valdivia, embora seu principal articulador de campanha, Luiz Gonzaga Beluzzo, tenha sido o responsável pelo retorno do atleta ao Palmeiras.
As relações entre o candidato da oposição e o chileno lembram o ótimo relacionamento dos amigos de fé Tom e Jerry.
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