Paulo Nobre emprestou dinheiro de seu próprio bolso ao Palmeiras para dar fluxo de caixa ao clube. Em entrevista ao programa Arena Sportv, no entanto, ele avaliou que o ideal seria não ter feito tal operação financeira. O problema, segundo o cartola, é que essa era a última opção disponível.
"Não considero uma falta de ética. É uma responsabilidade grande, quando você senta na cadeira, não deixar a roda parar. Eu tinha de encontrar maneira menos custosa, e a melhor que encontrei foi aportando dinheiro para o clube. Se eu vou a um banco, a dívida do Palmeiras fica impagável, disse o presidente do Palmeiras, dando o diagnóstico em seguida.
"O ideal seria encontrar outra maneira de resolver que não fosse com dinheiro de cartola. Eu, infelizmente, não encontrei", emendou Paulo Nobre.
Os empréstimos acontecem desde o meio do ano passado. O cartola toma dinheiro junto a bancos, oferecendo garantias próprias, e repassa os valores ao Palmeiras, com juros menores do que os que o clube conseguiria caso negociasse diretamente com as instituições financeiras. Segundo membros do COF (Conselho de Orientação Fiscal), os valores já ultrapassaram a marca de R$ 100 milhões.
Paulo Nobre foi questionado pelos jornalistas presentes no programa sobre a sua política de não divulgação de detalhes desses acordos na mídia. Um pouco contrariado, ele explicou a medida e reiterou que haja falta de ética no processo.
"A coisa é mais transparente impossível intramuros. Não trato os números do Palmeiras na opinião pública. Números são 100% transparentes no COF e foram 100% expostos ao Conselho. A torcida não tem compromisso absolutamente nenhum com a administração. Na minha ótica, expor números do clube não é correto", completou Paulo Nobre.
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