Paulo Nobre não vê falta de ética em empréstimo e diz que não havia opção

4/11/2014 18:49

Paulo Nobre não vê falta de ética em empréstimo e diz que não havia opção

Presidente afirma que não tinha receitas para sustentar o Palmeiras e que não existe sigilo, mas "expor os números do clube não é correto"

Paulo Nobre não vê falta de ética em empréstimo e diz que não havia opção

Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, defendeu empréstimo polêmico (Foto: Reprodução SporTV)



Candidato a reeleição para o cargo de presidente do Palmeiras, Paulo Nobre foi o convidado do "Arena SporTV" nesta terça-feira e comentou a sua gestão à frente do Alviverde. Entre os temas mais polêmicos, está o empréstimo que o dirigente fez ao próprio clube, que estaria na casa de R$ 140 milhões. Nobre não confirmou o valor total, mas reconheceu que a situação não era a ideal. No entanto, o mandatário afirmou que não existiam opções melhores para manter o clube em funcionamento.



- Eu não considero uma falta de ética. É uma responsabilidade muito grande sentar na cadeira e não deixar a roda parar de rodar. Eu tinha que tentar encontrar uma maneira que fosse menos custosa para o clube, para sobreviver a esses dois anos dificílimos, sem receita. A melhor maneira que eu encontrei foi aportando dinheiro para o clube. Se eu fosse ao mercado, ao banco, a dívida do Palmeiras ficaria impagável. Eu tomei o cuidado para que não existisse nenhuma dependência do clube para comigo. Eu perdendo a eleição, não muda uma vírgula. Não tenho ingerência nenhuma sobre futuras administração. O ideal seria ter encontrado uma outra solução que não fosse o dirigente colocar dinheiro no clube. Mas eu não encontrei - afirmou Paulo Nobre.



O presidente do Palmeiras ainda justificou por que os números do empréstimo não são públicos. O dirigente garantiu que existe transparência dentro do clube, que os sócios podem acessar as informações da transação, mas o torcedor não tem esta opção.



- A coisa é o mais transparente possível "intra-muros". Eu não trato os problemas e os números do Palmeiras na opinião pública. Os números são 100% transparentes nos conselhos do clube. A torcida não tem compromisso nenhum com a administração, ela quer ver um time forte, campeão. Na minha ótica, expor os números do clube não é correto. Eu não expunho nenhum número de nenhum contrato, porque acho que não é correto com a instituição. Se o sócio quiser saber, tem acesso total.



Apesar de não criticar seu antecessor, Arnaldo Tirone, Paulo Nobre afirma que, quando assumiu o Palmeiras, em janeiro de 2013, 75% das receitas daquele ano já tinham sido adiantadas. Por isso, precisou fazer o empréstimo em seu nome. O dirigente garante que as taxas de juros cobradas são menores que as dos bancos.



- Quando nós chegamos à presidência, tínhamos apenas 25% das receitas de 2013 para ter. Não estou fazendo crítica às gestões anteriores. Eu tinha ainda 70%. Se juntar os dois anos, eu teria 95% de um ano só. Hoje os bancos adiantam dinheiro fazendo descontos de até 30%. Se eu não tivesse feito nada, eu só teria dinheiro suficiente para até abril. Eu aportei o dinheiro necessário para a roda não parar de rodar. O Palmeiras custa em torno de R$ 13 milhões ao mês. Só o futebol são R$ 10,5 milhões. São folha salarial, futebol profissional, de base, viagens, hospedagem, alimentação, transporte, parte médica. Estamos tentando mudar isso, não adiantamos nenhum dinheiro de uma gestão futura. O Palmeiras vai devolver esse dinheiro em uma condição que nenhum banco faz isso.



Por último, Nobre explicou por que conseguiu condições melhores em seu nome e ainda disse que aceitou garantias que um banco não aprovaria.



- Os bancos não gostam de emprestar dinheiro a clubes de futebol, igrejas e hospitais. Porque, na hora de cobrar, isso arranha a imagem do banco. Executar o Paulo Nobre, na pessoa física, não tem problema nenhum para a imagem do banco. Os clubes também têm que dar garantias, e os bancos pedem direitos de transmissão e patrocínios. As outras fontes, eles não valorizam. No meu caso, eu dei ações como garantia ao banco. Em três dias, vira dinheiro. Agora, o Palmeiras vai devolver com 10% de todas as receitas, não importa se são direitos de transmissão, patrocínios, mensalidades de sócios, bilheterias.







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