Dorival estava a cinco pontos da zona de rebaixamento antes de perder dos reservas de Levir Culpi
Na véspera do duelo contra o Atlético-MG, Dorival Júnior avisou os seus jogadores que “a distância do céu para o inferno no futebol é de um palmo”. E o que viu nesse sábado foi o Palmeiras dar um passo atrás. Após perder por 2 a 0 para os reservas do Atlético-MG, o time tenta administrar os prejuízos na briga para não cair a cinco jogos do fim do Brasileiro.
“Mais uma vez, no momento em que nos aproximamos de uma tranquilidade, damos um passo atrás. Foi assim na partida contra o Santos, agora... Não temos esse direito. Nossa situação é muito complicada, muito difícil. É um amadurecimento que vai acontecer sabe lá Deus quando, porque nessa competição vai ser difícil”, analisou Dorival Júnior, sincero.
Os jogadores não esconderam o abatimento. “Bobeamos, em casa, e acreditávamos muito nesses pontos”, lamentou Juninho, “Não foi a noite que desejávamos. Sabíamos da importância de vencer e lutamos, mas não conseguimos apresentar o bom futebol que vínhamos apresentando”, concordou Marcelo Oliveira.
O Verdão iniciou a 33ª rodada a cinco pontos da zona de rebaixamento e precisa torcer para o São Paulo vencer o Vitória nesse domingo, no Barradão, para a distância não diminuir. Uma necessidade que frustra os planos de Dorival Júnior e seus comandados.
“A rodada da semana que vem passa a ser de risco novamente, como vinha sendo. Não tem como relaxar em um campeonato como o nosso, em que tudo pode acontecer. O Palmeiras já errou tudo o que poderia errar”, disse o técnico, que encara o São Paulo no próximo domingo, no Morumbi, sem ver o valor que queria na vitória sobre o Bahia, em Salvador, no último fim de semana.
“O resultado na Bahia só seria valorizado se tivéssemos uma performance igual contra o Atlético-MG. Acabou não acontecendo e muita gente pode encostar. Voltamos à condição que não queríamos, porque o campeonato vai afunilando. O Palmeiras está tendo todas as oportunidades para se confirmar e, infelizmente, não estamos conseguindo”, constatou.
Após o jogo, os atletas pouco conversaram no vestiário, segundo Marcelo Oliveira. Mas trocaram algumas palavras de motivação e rezaram, na esperança de que, na reapresentação de terça-feira, o prejuízo psicológico da derrota de sábado esteja mais controlado. “Claro que perder pontos dentro de casa é ruim, mas não podemos nos abater, precisamos enfrentar essa situação”, indicou o volante.
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