Presidente lamentou medida e defendeu torcida única em clássicos (Foto: Marcos Ribolli)
A vontade do presidente Paulo Nobre de ter casa cheia na inauguração da Arena Palmeiras, no próximo dia 19, em partida contra o Sport, pelo Brasileiro, não irá se concretizar.
Em nova vistoria, a Polícia Militar vetou 4.000 lugares para poder alocar a torcida visitante no novo estádio alviverde. Os assentos cortados são os utilizados para separar os torcedores rivais, além dos com visão prejudicada por causa das grades e tapumes usados nessa operação.
O cartola afirmou ter entendido os argumentos utilizados pelos responsáveis pelo policiamento, mas lamentou a medida. Para evitar situações como essa, o dirigente defendeu que os clássicos passem a ter apenas torcida dos times da casa num futuro próximo.
- Talvez seja a melhor coisa para o torcedor. Quais os recursos gastos para deslocar os rivais até o estádio? Depois eles ficam se matando em estações de trem, metrô, em rodovias. Para ter 2.000 torcedores adversários, a gente perde 4.000 mil lugares – disse Nobre em entrevista à rádio Transamérica.
Segundo o presidente, a polícia bloqueou uma faixa de assentos para separar os palmeirenses dos torcedores pernambucanos, que ficarão no anel inferior. Além disso, a instalação de tapumes criará diversos pontos cegos. Fileiras do anel superior também tiveram a venda proibida, para que objetos não sejam atirados.
- Gostaríamos de jogar com a capacidade máxima do estádio (43 mil pessoas). Estamos falando não só de 4.000 palmeirenses a mais, mas de uma arena que pode proporcionar mais renda ao clube. Mas o papel da PM é visar o que é melhor para a população em segurança. Os visitantes têm que ficar isolados fisicamente e visualmente.
O mandatário também contou que a WTorre, construtora responsável pela obra, prevê instalar divisórias de vidro para separar os setores do estádio a partir do ano que vem, já que não há barreiras físicas que definam onde um começa e outro termina – algo que poderia ser resolvido com a obediência dos assentos marcados, cultura pouco difundida no país.
- Hoje o cara pode comprar um ingresso para o setor atrás do gol e andar até o do meio do campo (mais nobre). A nossa Arena é maravilhosa, a mais preparada para shows.
Mas para o futebol, que não é o europeu ou dos jogos da Copa Mundo, ela não está adaptada ao Brasil – concluiu.
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