Meia é líder após gerar estranheza anunciando aposentadoria via Twitter (Carlos Parra/ANFP)
Há no Palmeiras quem tenha a esperança de ver Valdivia enfrentando o São Paulo, no domingo, mas a própria importância do meia no clube dificulta sua liberação. Recepcionado com aplausos do elenco na seleção chilena, o jogador, que tinha se aposentado do time nacional, é visto como líder pelos compatriotas até por ser capitão no Verdão.
“Ele é um capitão na sua equipe. Aqui, no vestiário, oferece muito por ser um grande jogador, ajuda muito mais do que um jovem porque tem muita experiência. Ele é um líder dentro do nosso vestiário porque já viveu muitas coisas positivas e negativas”, discursou Claudio Bravo.
O goleiro do Barcelona fez questão de recepcionar Valdivia quando todos o aplaudiram. “A volta do Jorge Valdivia é importante. Na parte futebolística, nos oferece muito, é talentoso e mostrou isso todas as vezes em que jogou conosco, sempre nos ajudou muito”, continuou Bravo.
A importância dada a Valdivia dificulta a dispensa da seleção. O Palmeiras não pode deixar de cedê-lo, já que os amistosos contra a Venezuela, na sexta-feira, e o Uruguai, na terça-feira, são datas da Fifa. A força teria que ser feita pelo próprio jogador, mas o meia não está disposto a se “queimar”, como dizem seus amigos, com o técnico Jorge Sampaoli.
O camisa 10 voltou a ser chamado mesmo após anunciar aposentadoria depois da Copa do Mundo – argumentou que estava indo para o Al Fujairah, dos Emirados Árabes Unidos, país com nível baixo de futebol, mas a negociação não deu certo. “Ele sempre será bem-vindo. A forma como renunciou à seleção não foi correta, através do Twitter. Sempre falamos que foi estranho. Nós que, o conhecemos, sabíamos que existia a opção de voltar”, comentou Bravo.
Uma possibilidade remota de Valdivia jogar o clássico de domingo é enfrentar a Venezuela na sexta-feira e solicitar sua liberação a Sampaoli, mas o estafe do jogador duvida dessa opção. Por enquanto, como disse o próprio meia, sua presença só é certa na reabertura do Palestra Itália, contra o Sport, na próxima quarta-feira, dia seguinte ao amistoso diante do Uruguai.
O meio-campista deve ser usado nos dois compromissos pelo Chile, até a pedido dos colegas. Após o empate da seleção com a Bolívia, por 2 a 2, no mês passado, o atacante Alexis Sánchez deixou clara a importância do capitão do Verdão.
“Às vezes, me entristeço um pouco porque me desespero, a bola não chega. Tenho que voltar para tê-la. Sinto falta de passes decentes, como os do Valdivia. Mas a decisão da volta de Valdivia é do Jorge Sampaoli, não vou me meter nisso”, disse o jogador do Arsenal.
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