Dúvidas, superação e gols: o caminho de Henrique, o “ceifador” alviverde

14/11/2014 14:43

Dúvidas, superação e gols: o caminho de Henrique, o “ceifador” alviverde

FOXSports.com.br conversa com artilheiro do Brasileirão para relembrar sua trajetória até chegar ao posto de goleador do Palmeiras

Dúvidas, superação e gols: o caminho de Henrique, o “ceifador” alviverde

Em entrevista exclusiva ao FOXSports.com.br, Henrique, atual artilheiro do Brasileirão, relembra dificuldades que enfrentou na carreira (Cesar Greco / Foto Arena)



O Palmeiras não passa pelo melhor momento no Campeonato Brasileiro. A cinco rodadas do término da competição, o time ainda luta para escapar da zona de rebaixamento. Apesar da situação adversa do coletivo, um jogador em especial ainda encontra motivos para estar contente. Se na tabela de classificação o Verdão é apenas o 14º, no ranking da artilharia, o nome de Henrique aparece no topo com os 15 gols marcados até aqui.



"UM PRESIDENTE CHEGOU A FALAR QUE EU NÃO TERIA CONDIÇÕES DE JOGAR NO TIME DELE. AÍ DESANIMEI. CHEGUEI EM CASA BASTANTE TRISTE, DECIDIDO A PARAR DE JOGAR FUTEBOL. AINDA BEM QUE MEUS PAIS SEMPRE ME APOIARAM"



Na próxima rodada, no domingo (16), o desafio será contra o rival São Paulo. A presença do artilheiro no clássico é certa, mas a principal esperança de gols alviverde, em entrevista exclusiva ao FOXSports.com.br, lembra que por pouco não chegou nem perto de viver tantos momentos importantes na carreira. “Um presidente chegou a falar que eu não teria condições de jogar no time dele. Aí desanimei. Cheguei em casa bastante triste, decidido a parar de jogar futebol. Ainda bem que meus pais sempre me apoiaram. Disseram para eu não largar, porque eu já tinha lutado muito. Isso acabou me dando mais força para que eu seguisse minha vida em outro lugar”.



Revelado pelo Flamengo de Guarulhos, o camisa 19 rodou por diversos clubes até chegar à Academia de Futebol, na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo. União São João, Chapecoense, Mirassol, Santos e Portuguesa são alguns exemplos. “Tive um início muito sofrido. Lutei bastante e viajei muito. Passei por clubes de pequeno, médio e grande porte. Hoje, graças a Deus, estou podendo colher os frutos do meu trabalho depois de ralar e suar tanto”, disse o atacante de 25 anos.



"DESDE PEQUENO, ATÉ MESMO QUANDO ESTAVA NA ESCOLA, NA 6ª, 7ª SÉRIE, OS PROFESSORES ME PERGUNTAVAM O QUE EU IA FAZER E EU DIZIA QUE SERIA JOGADOR DE FUTEBOL, QUE NÃO PRECISARIA USAR CONTA PARA FAZER NADA, QUE SÓ IRIA JOGAR FUTEBOL"



Se tornar jogador de futebol, principalmente no Brasil, é uma tarefa árdua para a grande maioria dos profissionais. Para o camisa 19 não foi diferente. A mesma garra e determinação que demonstra dentro de campo, no entanto, são características constantes em seu perfil já há algum tempo. “Desde pequeno, até mesmo quando estava na escola, na 6ª, 7ª série, os professores me perguntavam o que eu ia fazer e eu dizia que seria jogador de futebol, que não precisaria usar conta para fazer nada, que só iria jogar futebol. Acho que se não me tornasse jogador, estaria sem saber o que fazer até hoje”, brincou.



Como um verdadeiro atacante que se preze, Henrique revela que seus ídolos na infância passaram a servir de inspiração nos dias de hoje. “Tivemos grandes jogadores na história. Romário e Ronaldo, que foi a época que eu acompanhei. Todo mundo queria ser um Ronaldo da vida. Mas, independentemente do time, sempre gostei de futebol. Isso que me prendia”, lembrou. Mesmo não tendo a mesma técnica e habilidade de seus admirados, o faro de gol tem sido semelhante. No total, em 34 jogos, foram 17 gols, que o coloca como principal goleador do elenco na temporada.



“Levo tranquilamente o peso de ser artilheiro. Ainda tem mais cinco rodadas, tem muito chão pela frente. Mas, se acontecer, vou ficar muito feliz. O mais importante é tirar o clube dessa situação o quanto antes”, minimizou o ‘Ceifador’. Os gestos, aliás, que lhe renderam o apelido, agrada o jogador, por isso tem sido algo constante em suas comemorações. “Essa história do degolador começou contra o Sampaio Corrêa. Lá surgiu essa comemoração, que pegou. Onde eu vou, todo mundo fala e imita. É bem legal isso”, frisou.



Anunciado oficialmente por empréstimo no dia 28 de abril, os gols começaram a aparecer logo no início da trajetória no Verdão. Nos primeiros quatro jogos, Henrique balançou a rede quatro vezes. Foi o que o atacante precisava para ganhar a confiança da torcida e iniciar um caso de amor com o clube. “De toda minha carreira, o Palmeiras é o time que estou sendo mais feliz. A cobrança é grande todos os dias. É o maior clube do Brasil, então a pressão é enorme. Eu mesmo me cobro diariamente. Depois tem a cobrança dentro e fora de campo”, enfatizou.



"TENHO UM CUNHADO QUE É PALMEIRENSE FANÁTICO, MAS AGORA TEM PESSOAS QUE TORCIAM PARA OUTROS TIMES E QUE VIRARAM A CASACA POR MINHA CAUSA"



O futuro ainda é incerto. Seu empréstimo vai até o fim deste ano. Diretoria e jogador já iniciaram as conversas, mas seja lá qual for o desfecho, a nação palmeirense já ganhou mais alguns adeptos. “Depois que cheguei ao Palmeiras, todos amigos que torcem por mim passaram a torcer pelo Palmeiras. Tenho um cunhado que é palmeirense fanático, mas agora tem pessoas que torciam para outros times e que viraram a casaca por minha causa”, revelou.







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