Wesley tem contrato com o Palmeiras até fevereiro (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
Wesley é o pivô de uma disputa envolvendo São Paulo e Palmeiras fora das quatro linhas. Depois de Alan Kardec "pular o muro" do Verdão para o Tricolor, o volante poderia fazer o mesmo. Com o futuro indefinido, ele retorna ao time titular de Dorival Júnior após cumprir suspensão justamente no clássico Choque-Rei deste domingo, às 19h30, no Morumbi, pela 34ª rodada do Brasileirão.
Vinculado ao Palmeiras até fevereiro de 2015, Wesley pode assinar um pré-contrato desde agosto com outros times. O São Paulo seria o principal interessado. Em conversas com o técnico Dorival Júnior e o presidente Paulo Nobre, o volante afirmou não tem nada acertado com ninguém.
A diretoria alviverde procurou Wesley para renovar seu contrato. Nobre designou Mauricio Galiotte, um de seus vices, para perguntar o quanto o volante gostaria de ganhar. O presidente afirma ter oferecido, então, exatamente aquilo que Wesley pediu, com um novo contrato até 2018. O vínculo, porém, ainda não foi assinado. O jogador pediu "um tempo para pensar", segundo Paulo Nobre.
- O contrato está pronto para assinar. Se não assinou, é porque o jogador diz que está pensando ainda. Não podemos obrigar ninguém a nada. As condições de trabalho oferecidas ao Wesley são as melhores possíveis. Ele é um bom jogador. Gostaríamos que ele ficasse no clube. Eu já disse isso a ele várias vezes. Ele tem todo o direito de escolher onde que quer jogar, desde que assuma isso. Foi ele quem propôs os termos (do novo contrato) - diz Nobre.
Wesley não deve se decidir até o Palmeiras se livrar do risco de rebaixamento. Com 39 pontos, na 14ª colocação, o time precisa de ao menos mais seis pontos nas cinco rodadas finais para se livrar de vez, segundo o matemático Tristão Garcia. Ou seja, além do dinheiro, o futuro do clube e a possibilidade de uma equipe forte para as próximas temporadas influenciam o atleta.
Paralelamente a isso, o São Paulo acompanha passo a passo da novela desde o começo do ano. Nos bastidores, há quem garanta haver um acerto alinhavado, versão negada com veemência pelo Tricolor. O clube chegou a se movimentar para diminuir os gastos com outros jogadores da posição, projetando o custo da contratação. E o próprio Wesley se disse contente pelo interesse, apesar de afirmar que não havia recebido nada.
Em setembro, veio à tona o relato de que Wesley contou ao diretor-executivo José Carlos Brunoro ter sido agredido por um torcedor por conta dessa indefinição. O clube confirmou o ocorrido, mas nos bastidores a atitude foi encarada como se isso fosse uma desculpa para não aceitar a proposta palmeirense de renovação, preparando o terreno para sua saída do clube. Posteriormente, o volante se manifestou dizendo não precisar de desculpas para sair.
O que ajudou a amenizar a relação entre as partes foram a contratação de Dorival Júnior, com quem Wesley mantém boa relação, e o crescimento do Palmeiras no Brasileirão. O time, lanterna na 23ª rodada, conseguiu uma sequência de bons resultados e atuações convincentes.
- Não tenho motivo para duvidar do Wesley. Não é minha função colocar um detetive para saber se falam a verdade ou não. Diz ele que não assinou absolutamente nada com ninguém - afirma Nobre, ao ser questionado se desconfiava de um pré-contrato do volante com outro clube.
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