Claudecir admite surpresa com goleada do Palmeiras em 2002

15/11/2014 13:25

Claudecir admite surpresa com goleada do Palmeiras em 2002

Ex-volante marcou o seu e ainda testemunhou o gol antológico de Alex na última vitória alviverde jogando no Morumbi

Claudecir admite surpresa com goleada do Palmeiras em 2002

Claudecir (à esq.) anotou gol, mas viu show de Alex (ao centro) na vitória por 4 a 2 diante do São Paulo no Morumbi em 2002



Depois que Alex anotou o gol de placa em pleno Morumbi no Torneio Rio-São Paulo de 2002, o Palmeiras jamais sentiu o gostinho de vencer novamente o São Paulo no Estádio Cícero Pompeu de Toledo. O ex-volante do time alviverde, Claudecir esteve em campo naquele 20 de março e anotou o segundo dos quatro gols contra o rival.



Em entrevista ao Estado, ele relembra os bastidores daquele clássico, a palestra motivacional do então técnico Vanderlei Luxemburgo e o clima de surpresa geral no intervalo com o placar já elástico. Confira!



CLAUDECIR



Claudecir estava em campo na última vitória do Palmeiras no Morumbi, por 4 a 2

Naquela partida, além do seu gol, ex-volante lembra a pintura de Alex ao marcar após chapéu em Rogério Ceni



Como foi a preparação para aquela partida de 2002 contra o São Paulo, a última que o Palmeiras ganhou no Morumbi?



Claudecir - Nós tivemos uma palestra motivacional do Luxemburgo antes do jogo. Ele fez aquela rodinha com os jogadores na hora de rezar, daí entrou no meio, pegou a bola pediu para que todos olhassem para ela. Disse: 'Pessoal, pensem que esta bola é um prato de comida. Cada lance, cada dividida, encarem como se fosse um prato de comida'. Se o Christian ficasse cara a cara com o Rogério Ceni, ele tinha de fazer o gol. A estratégia era explorar os pontos fracos do São Paulo. Na dividida, a gente encarava como se fosse nossa última opção. Foi uma estratégia que o Luxa passou, de explorar os pontos fracos do São Paulo, e que os jogadores levaram para dentro de campo. E deu no que deu. Em 30 minutos, já estava 3 a 0 para o Palmeiras. O Magrão fez o primeiro gol, depois tive a felicidade de fazer o segundo, e então o Alex fez aquela pintura, um gol magnífico. Posso dizer que foi um dos melhores jogos que fiz com a camisa do Palmeiras, ainda mais se tratando de um grande adversário como é o São Paulo, que tinha Rogério Ceni, Kaká e França.



Vocês foram para o vestiário com o placar de 3 a 1. Como estava o clima entre os jogadores no intervalo?



A gente estava empolgado, mas ao mesmo tempo ficamos com os pés no chão. Restavam ainda 45 minutos, tratava-se de um clássico com o São Paulo, com grandes jogadores e que poderiam fazer a diferença. Tanto que logo na volta para o segundo tempo, eles fizeram o segundo gol. Nós esperávamos ir para o intervalo com uma vantagem, sim, era nosso objetivo, mas ficamos surpresos por aquele placar e da forma em que foi construído. Só que naquele momento, colocamos na cabeça que tínhamos a responsabilidade de manter a vantagem nos próximos 45 minutos.



Como foi a reação do Luxemburgo no vestiário?



Ele tem aquele jeitão né (risos). Mesmo com o placar, exigiu atenção. Não podíamos nos empolgar, porque se tratava de um clássico, então não era para deixar a peteca cair. Ele pediu que mantivéssemos a pegada do primeiro tempo para consolidar a vitória, sem a possibilidade de surpresas.



Quais as principais dificuldades de se jogar no Morumbi?

Quais os motivos que fazem o Palmeiras amargar esse jejum contra o São Paulo?




É um estádio grande, mas acho que a pressão não é o principal fator. A distância é grande entre o torcedor e o gramado. Com todo o respeito ao time atual, mas antes o Palmeiras tinha mais referências. Antigamente o adversário entrava e via um Alex, um Arce, titular da seleção paraguaia, o Marcos no gol, jogador de seleção brasileira. Tudo isso influencia muito em um clássico, o adversário te respeita mais. Hoje vemos que quem pode decidir para o Palmeiras é o Valdívia. Se compararmos a qualidade individual hoje, o São Paulo leva vantagem.



O fato de o São Paulo ter tido melhores times foi determinante para prolongar a invencibilidade sobre o Palmeiras no Morumbi?



Isso acabou fazendo a diferença nos clássicos. Quando você entra em campo e tem jogadores que fazem a diferença, isso acaba sendo positivo. E ultimamente temos visto o São Paulo com um time mais equilibrado, bem melhor tecnicamente que o Palmeiras. Se o Henrique estiver em dia inspirado, pode decidir. Apesar da diferença técnica, acredito que esse jejum vai acabar.


7428 visitas - Fonte: Estadão

Mais notícias do Palmeiras

Notícias de contratações do Palmeiras
Notícias mais lidas

Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!

Enviar Comentário

Para enviar comentários, você precisa estar cadastrado e logado no nosso site. Para se cadastrar, clique Aqui. Para fazer login, clique Aqui ou .
publicidade