Alex marcou gol de placa na última vitória do Palmeiras sobre o São Paulo no Morumbi / Reprodução
Dificilmente um torcedor palmeirense (e são-paulino também) não se lembre do gol de Alex na vitória por 4 a 2 sobre o Tricolor no dia 20 de março de 2002, válida pelo Torneio Rio-São Paulo. Quando o Alviverde vencia por 2 a 0, o meia recebeu passe na entrada e, com a parte lateral do pé esquerdo, encobriu o zagueiro Emerson. Rogério Ceni saiu desesperado para abafar o lance e acabou tomando o chapéu. Com o gol livre, o camisa 10 só completou para marcar um gol de placa.
No entanto, o que o palmeirense talvez não recorde é que aquela foi a última vitória do clube sobre o São Paulo no Morumbi, palco do clássico deste domingo, às 19h30, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Ou seja, são mais de 12 anos sem conseguir um triunfo sequer nos domínios de um de seus rivais mais tradicionais. Desde então, muitos acontecimentos relevantes ocorreram dentro e fora do mundo do futebol. Para se ter noção do tempo que passou, o Portal da Band relembra alguns fatos do mundo em março 2002.

Cesar Greco/Foto Arena/Folhapress
O Palmeiras nunca tinha sido rebaixado
No dia 20 de março de 2002, o Palmeiras ainda podia se orgulhar de nunca ter frequentado a Segunda Divisão. Mas isso não durou muito tempo. Vanderlei Luxemburgo iniciou e Levir Culpi terminou a campanha pífia que só rendeu 27 pontos em 25 partidas no Brasileirão de 2002. O Verdão terminou na 24ª posição entre 26 participantes e caiu junto com Portuguesa, Gama e Botafogo. Após 10 anos do primeiro descenso, o Verdão repetiu o feito em 2012. Com Felipão no início e Gilson Kleina no fim, o clube somou 34 pontos em 38 rodadas e foi acompanhou Sport, Atlético-GO e Figueirense rumo à Segundona.

Juca Varella/Folhapress
A Seleção Brasileira ainda era tetracampeã
Hoje em dia todos se lembram da Seleção Brasileira pentacampeã como um grande time, liderado pelos craques Ronaldo e Rivaldo e com o comando do tarimbado Luiz Felipe Scolari. Mas em março de 2002 a equipe ainda era vista com desconfiança devido à campanha claudicante nas Eliminatórias e às dúvidas sobre as condições físicas das duas estrelas do time. No fim das contas, deu tudo certo para o Brasil no Mundial do Japão e da Coreia do Sul. Melhor para Felipão, que foi bastante questionado por não ter levado o meia que marcou o golaço em Rogério Ceni poucos meses antes.

O Tempo/Folhapress
FHC presidia o Brasil
Em 2002, Fernando Henrique Cardoso estava no último ano do seu segundo mandato como presidente da República. No pleito no final do ano, Lula foi eleito pela primeira vez. O petista ainda venceu as eleições de 2006, fez de Dilma sua sucessora em 2010 e, neste ano, ela venceu a disputa contra Aécio Neves, do PSDB, e se manteve no comando do país.

Fabrice Coffin/AFP
Estrelas do esporte sequer podiam dirigir
Na época da última vitória palmeirense no Morumbi, astros do consagrados do esporte como Usain Bolt, LeBron James, Rafael Nadal e Michael Phelps ainda eram adolescentes incapazes de tirar carteira de motorista. A exceção da lista pode ser Phelps, que, aos 16 anos, talvez conseguisse a habilitação em certos estados norte-americanos.

Reprodução
Neymar tinha 10 anos
Quando Alex marcou o golaço no Morumbi, Neymar nem havia ingressado no ginásio do ensino fundamental. A verdade é que o garoto de 10 anos provavelmente comemorou o chapéu em Rogério Ceni, como foto acima indica. (Na imagem, o camisa 10 da Seleção veste um modelo de camisa do Palmeiras de 2005. Portanto, é de se imaginar que anos antes ele ainda praticasse o fanatismo alviverde).

Reprodução
Sequências de filmes incompletas
Em março de 2002, apenas o primeiro filme das trilogias Matrix e Senhor dos Anéis já havia sido lançado. Dos seis capítulos de Star Wars, dois ainda não existiam. E dos oito longas-metragens da série Harry Potter, apenas o primeiro tinha sido exibido ao público.

O Euro acabara de entrar em vigor
Apesar de protestos, a União Europeia substituiu as moedas de 12 países e adotou o euro. Isso ocorreu dois meses antes do triunfo alviverde no Morumbi.

Eduardo Knapp/Folhapress
De lá para cá muitos se foram
Hebe Camargo, Telê Santana, Marlon Brando, Joelmir Betting, João Paulo II, Ronald Golias, Dorival Caymmi, Robin Williams, Chorão, Oberdan Cattani, Rachel de Queiroz, Leônidas da Silva, Michael Jackson, Gilmar dos Santos Neves, Gabriel García Márquez, Sócrates, Dercy Gonçalves, o zagueiro Serginho, Amy Winehouse, Nilton Santos, Leonel Brizola, James Brown, Djalma Santos, Chico Xavier, Fiori Gigliotti, Bellini, Beto Carrero, Armando Nogueira, José Saramago e muitas outras figuras célebres nos deixaram desde que o Palmeiras venceu o São Paulo por 4 a 2 no Morumbi.
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