Dorival Júnior se isenta de responsabilidade
O Palmeiras não era o favorito para o clássico deste domingo, assim como na maioria dos jogos em enfrentou os rivais paulistas neste Campeonato Brasileiro.
Dentro de campo, a lógica prevaleceu. Com um time mais qualificado, o São Paulo não precisou fazer uma grande partida para garantir a vitória por 2 a 0 no Morumbi. Ao analisar o confronto, Dorival Júnior aceitou o duro cenário.
"É uma realidade e temos que reconhecer. O elenco do São Paulo tem cinco ou seis jogadores que podem fazer a diferença. O Palmeiras tem que se preparar para isso, pois precisa de um algo mais para encarar essa condição em que estamos. Temos que buscar essa correção internamente e melhorar nas rodadas seguintes", destacou o comandante.
Dorival Júnior também falou sobre as falhas nos dois gols sofridos neste domingo. No primeiro, Hudson recebeu nas costas de Juninho e encontrou Luis Fabiano livre entre dois zagueiros.
Já no segundo, o mesmo Juninho errou no lance que gerou o escanteio para o São Paulo ampliar com Rafael Toloi."Se você perceber, nós tínhamos quatro jogadores para um do são Paulo, uma bola esticada que poderia ter saído, numa zona morta, e foi cruzada para o Luis Fabiano.
Nosso time entrou antes na área, e deixamos aberto para o atacante aproveitar e fazer o gol", explicou o treinador do Palmeiras.
Para melhorar o desempenho da equipe nas próximas rodadas, Dorival Júnior tira o segundo tempo como lição. Depois de levar o gol e aceitar o domínio do São Paulo antes do intervalo, o Palmeiras chegou a dominar o início da etapa complementar, mas não teve qualidade para chegar efetivamente com perigo ao gol de Rogério Ceni.
"Jogamos corretamente quando voltamos da segunda etapa, a equipe começou a trabalhar no campo adversário, criou oportunidades e não conseguiu fazer o gol. No primeiro ataque que o São Paulo deu na segunda etapa, nós sofremos o segundo gol, e não tivemos a possibilidade reação", completou.
Após a derrota no clássico deste domingo, o Palmeiras permaneceu com 39 pontos, apenas a três da zona de rebaixamento. Para afastar o fantasma da degola, o Verdão precisa vencer o seu próximo compromisso, contra o Sport, na quarta-feira, às 22 horas (de Brasília). O duelo também marca a reabertura do Palestra Itália.
Sem vencer clássicos, técnico passa responsabilidade: “Tenho 16 jogos"
A derrota para o São Paulo, por 2 a 0, no Morumbi, confirmou mais uma marca negativa do atual elenco do Palmeiras. O time do Palestra Itália vai terminar o Campeonato Brasileiro sem vencer os seus principais rivais: são cinco derrotas e um empate nos clássicos paulistas. Ao ser questionado sobre o assunto, no entanto, o Dorival Júnior prefere analisar apenas o tempo em que esteve no comando.
"Eu não tenho condições de falar a respeito disso, estou há 16 jogos. Eu joguei apenas dois clássicos, um contra o Corinthians, que eles empataram no final, e contra o São Paulo, que aconteceu a derrota. Me responsabilizo daquele momento pra cá, não tenho o direito de falar, pois envolve muita coisa", explicou o treinador palmeirense, sem fazer críticas aos trabalhos de outros treinadores que passaram pelo clube.
Ao ver o planejamento do ano do centenário fracassar, o Palmeiras de Paulo Nobre começou o Campeonato Brasileiro com Gilson Kleina, e depois foi treinado pelo interino Alberto Valentim. A solução para afastar a crise seria Ricardo Gareca, mas foi com o argentino, estreante em uma das derrotas em clássicos (2x1 para o Santos), que o time chegou à lanterna da competição.
Dorival Júnior conseguiu melhorar o desempenho, tirou a equipe da degola, chegou a fazer a torcida pensar que o fantasma do rebaixamento estava exorcizado, mas, depois de ver o Z-4 próximo mais uma vez, não quebrou o tabu. Após duas derrotas para o Santos, um empate e um revés para o Corinthians, o Palmeiras também acumulou dois resultados negativos diante do São Paulo.
Agora, apesar do fracasso contra os rivais, Dorival Júnior tem sua prioridade estabelecida: confirmar a permanência na primeira divisão para começar a reformulação do elenco que disputará a temporada 2015. As duas derrotas seguidas, aliás, não assusta o treinador, que acredita no potencial do time que tem em mãos.
"Eu estou pensando que o ano acabe bem para o Palmeiras. O Palmeiras fez grandes partidas na competição, podendo atingir um nível melhor, estes dois resultados não foi como esperávamos, temos força para buscar uma recuperação rápida, e prefiro confiar nisso.
É uma equipe que está sendo reformulada dentro da competição, é natural que vá oscilar em alguns momentos", projetou o comandante palmeirense.
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