Roupeiros de Palmeiras e Portuguesa, Daniel (à esq) é sobrinho de Dirceu (Foto: Felipe Zito)
A família Lima ficou dividida na noite desta quinta-feira. De um lado, Dirceu Lima, roupeiro da Portuguesa há 22 anos. De outro, o sobrinho, Daniel Lima, roupeiro do Palmeiras há dois anos e meio. Durante a semana, a dupla se falou por diversas vezes e trocou algumas provocações. Tudo para animar e aquecer o clássico válido pela 12ª rodada do Campeonato Paulista. Mas sem esquecer o carinho e o respeito dos dois lados. No final, deu Verdão: 1 a 0, gol de Juninho.
– Eu estou no Palmeiras graças ao meu tio. Foi ele quem me incentivou, que me ajudou. A família toda é de enfermeiros e ele sempre me disse que ia conseguir. Cheguei na base do Palmeiras e agora estou no profissional – disse o palmeirense Daniel.
Sem esconder toda a admiração por ver o sobrinho seguir os seus passos no futebol, Dirceu se derreteu em elogios.
– Ele é o meu orgulho. É importante deixar uma semente para o futuro. Estou na Portuguesa há 22 anos e ele está começando agora no profissional do Palmeiras. Isso me deixa muito feliz – completou o rubro-verde.
Dentro de campo, cada um de um lado, palmeirenses e lusitanos viram uma partida bastante movimentada e com boas chances para os dois lados. No fim, o gol de Juninho acabou determinando a vitória alviverde e a classificação da equipe comandada pelo técnico Gilson Kleina para as quartas de final do Paulistão. Para a sorte de Daniel.
– Brincamos um pouco no futebol. É aquela brincadeira sadia do futebol. Um tem de vencer, não tem jeito – disse o roupeiro do Verdão.
Mais experiente, Dirceu fez uma análise da partida, mas minimizou o tropeço da Lusa nesta quinta-feira. O roupeiro fez questão de enaltecer o trabalho desempenhado pelos Lima nos rivais do futebol paulista.
– O jogo foi bom. Tomamos um gol de bola parada, mas o jogo foi muito bom. Amanhã eu ganho, ele vai perder, empata. O importante é o trabalho que nós fazemos por trás dos artistas. Nós fazemos um trabalho para deixar os jogadores melhor. É uma botinha, uma massagem melhor. É como se fosse uma maquiagem para os artistas – completou.
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