Briga com organizada leva medo e reforço de segurança à rotina do Palmeiras

27/3/2014 14:58

Briga com organizada leva medo e reforço de segurança à rotina do Palmeiras

Briga com organizada leva medo e reforço de segurança à rotina do Palmeiras

A falta de limites da violência por parte dos organizados preocupa a diretoria do Palmeiras. O UOL Esporte apurou que o presidente do clube, Paulo Nobre, passou a ter cuidados extras durante a sua rotina e passou uma série de orientações a seus diretores e membros de sua gestão.



A primeira medida foi reforçar os cuidados que ele mesmo já tinha. Quatro seguranças particulares e carros blindados fazem parte da atual rotina do cartola. Tudo isso para cumprir sua missão de não dar nenhum passo para trás na briga que trava com os uniformizados e manter o sócio-torcedor como o grande beneficiado. Como o próprio presidente havia dito na semana passada, a ideia é "não mudar nenhuma vírgula da atual gestão por causa de pressão e violência".



Os cuidados se estendem a seus diretores e vices. A maioria deles passará a evitar a ida aos estádios e, por vezes, até mesmo à sede social. Já há, inclusive, pedido de alguns para que também consigam segurança reforçada para ir a eventos ligados ao time.



Um dos principais grupos políticos da base de apoio a Nobre, o Fanfulla, também fechou a seu escritório que ficava na região da Arena Palestra para evitar ataques por parte dos organizados, uma vez que as sedes das torcidas estão a poucos metros dali.



A atitude foi um reflexo de atos que não são considerados isolados pelo grupo. Primeiro, Conrado Cacace foi atacado por palmeirenses na saída da Vila Belmiro, no último domingo. Conhecido nas redes sociais também por um site que fala sobre bastidores palmeirenses e pela relação que tinha com o Fanfulla, ele acabou internado e precisou passar por uma operação na face. Conrado reconhece que não deve mais ir aos estádios e também afirmou que "quem me bateu, quis atingir Nobre. Eles me enxergam como uma extensão da gestão Nobre".



Em seguida, integrantes do grupo também passaram a ouvir ameaças. Por fim, no início da semana, a sede sofreu com vandalismo e será transferida em breve para outro lugar onde a segurança seja maior, como em um prédio comercial, por exemplo.



O Palmeiras também trabalha em conjunto com a Polícia Militar no combate às uniformizadas. Marco Aurélio Batista, delegado da 23ª DP, reconheceu que Nobre tem um esquema de segurança reforçado e explicou que já há um suspeito na investigação de outro caso de violência que pode envolver a uniformizada. A depredação da sede do Avanti.



"Estamos cientes dos cuidados do presidente e de sua diretoria. Colocamos o ataque ao torcedor na Vila Belmiro também como outra evidência", iniciou. "Sobre o caso do Avanti, A gente já tem um suspeito, que obviamente não vamos divulgar o nome. E chegamos a ele por causa de algumas indicações. Não conseguimos ter certeza sobre o envolvimento da torcida organizada, mas os indícios de que eles estejam no caso são grandes", completou.



A assessoria de imprensa do Palmeiras foi questionada sobre o tema, mas disse que a diretoria não gostaria de se pronunciar sobre o caso.







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