Dorival demonstra preocupação com ataque, sem marcar há quatro jogos

Em meio a uma série de quatro derrotas consecutivas que recolocaram o time na luta contra o rebaixamento, setor ofensivo do Palmeiras não faz gols desde a 32ª rodada

Com risco de queda, Dorival diz que tenta passar tranquilidade aos jogadores (Foto: Marcos Ribolli)



Defesa mais vazada do torneio e um ataque que não marca há quatro rodadas. Esse é o Palmeiras que luta contra o rebaixamento nas últimas duas rodadas do Campeonato Brasileiro, quando enfrenta o Internacional, no próximo sábado, em Porto Alegre, e o Atlético-PR, no dia 7 de dezembro, na nova casa alviverde.



Com 39 pontos e na 16ª posição, o Verdão briga para não ser ultrapassado por nenhum integrante da degola. Hoje, Vitória, com 38 pontos, Bahia, com 34 e Botafogo, com 33, ainda podem terminar o campeonato na frente do time comandado por Dorival Júnior.



Ciente das dificuldades, o comandante já alertou para a ineficiência do setor ofensivo. Mesmo com Henrique entre os artilheiros do Brasileirão, o último gol do Verdão foi marcado por Mazinho, na vitória contra o Bahia, em Salvador, no dia 2 de novembro, pela 32ª rodada. De lá para cá, quatro derrotas, sempre por 2 a 0, para Atlético-MG, São Paulo, Sport e Coritiba.



- O problema não é só não fazer os gols. O problema é molestarmos pouco o goleiro adversário. Esse sim é o fato preocupante. Eu sei que tivemos dificuldades ao longo de todo o ano. O Palmeiras fez quatro gols apenas em uma partida (contra a Chapecoense).



Nos demais jogos o máximo que conseguiu atingir foi dois gols. Foi assim em todas as partidas do campeonato. É uma condição que naturalmente temos de repensá-la. Nesse momento, quero tentar passar o máximo de tranquilidade aos jogadores, que eles busquem o seu melhor, porque precisamos de cada um dentro de campo - avaliou Dorival Júnior.



Da série de quatro derrotas consecutivas, o Palmeiras não contou com seu principal nome ofensivo em duas delas. Convocado para a seleção chilena, Valdivia não participou do duelo contra o São Paulo e retornou para o Brasil com uma lesão na coxa esquerda que o tirou da partida contra o Sport.



Sem um substituto à altura, Dorival preteriu nomes como Bruno César, Mendieta e Bernardo. A solução foi dar mais uma chance para Felipe Menezes e liberar Wesley para atacar. A tática não deu certo, tanto que o chileno fez tratamento intensivo para participar do confronto no Paraná.



Após um sábado de exames e testes na Academia de Futebol, Valdivia desembarcou em Curitiba no fim da noite, quando se integrou ao plantel alviverde na concentração. Após tratamento, ele foi escalado como titular, mas, longe de suas condições ideias, apenas caminhou em campo.



Com dificuldades para correr, principalmente após três faltas duras antes dos dez minutos de jogo, o Mago evitou dar arrancadas e caminhou lateralmente em alguns lances de ataque. Pouco participativo, foi substituído no intervalo para a entrada de Diogo. Mas nada que pudesse alterar a falta de criatividade e objetividade do setor ofensivo palmeirense. Para Dorival, agora é momento de encontrar forças no grupo para superar esse momento delicado.



- Me foi dada a certeza de que ele (Valdivia) teria condições (de enfrentar o Coritiba). Não voltaria atrás, colocaria em campo como foi feito. Ele foi até onde deu, até o limite. Nós temos de reconhecer o profissionalismo dele, a maneira como ele tentou nos ajudar. Isso é um fato importante. Nós agora precisamos completar tudo isso, buscarmos essa ajuda interna e trazermos para dentro de campo porque a situação é ruim. E ela tem ficado a cada momento pior, mas ela ainda só depende do Palmeiras. Nós temos de tomar uma posição - completou o treinador.



Artilheiro do Campeonato, Henrique não marca há cinco partidas (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)

3321 visitas - Fonte: Ge

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